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Vizualizar Versão Completa : Pensamentos do Diácono Luís - Arquivo


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Diácono Luís
01-01-2009, 0:50
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Mensagem de Ano Novo


O Provedor deseja a todos um 2009 Feliz, e que os que não têm o privilégio de ter um Porsche, o consigam neste ano.

Este Fórum, não é demais relembrá-lo, nasceu há pouco mais de três meses, e nesse curto espaço de tempo congregou um conjunto de pessoas amantes marca (grande parte deles proprietários, e outros futuros, assim a vida lho permita), difícil de encontrar em qualquer modelo de Associação Porsche existente no País.

Deste pouco mais de um cento de pessoas, encontram-se, do ponto vista profissional/académico, as mais variadas profissões e formações.

À semelhança do dito atrás, também no tocante aos Conhecimentos Porsche, existe uma panóplia de especialistas, com particular relevo para a parte histórica, não exclusivamente sobre os modelos, mas também sobre os aspectos envolventes à criação dos mesmos, da família Porsche, e da genialidade de Ferdinand Porsche.

Este aspecto torna o LK Café, num Fórum referencial e de acolhimento de todos os estudiosos da marca, e leigos com vontade de aprender. Não há idades… porque todos somos meninos perante e beleza e a sedução de um Porsche.

Todo este “saber estar”, das pessoas que dão corpo ao projecto realizado, concedeu-nos o privilégio de sermos recebidos no passado dia 13 de Dezembro no Centro Porsche Faro – um Espaço Oficial Porsche.

Perante tal responsabilidade, e porque essa é a ideia dos Fundadores, e dos seus seguidores, o LK Café vai continuar na directriz traçada, reforçando em todos a paixão e avidez de ter cada vez mais conhecimentos Porsche.

Naturalmente que esta filosofia de favorecimento ao rigor histórico, o mesmo é dizer, à originalidade dos modelos Porsche, acabam tornar pouco atractivo o local para os amantes das “modificações de garagem doméstica”, que respeito profundamente, mas que claramente não encontram eco neste espaço.

Sendo um Fórum um sítio, onde mais que escrever se explanam emoções, quero-vos pedir encarecidamente o uso de moderação nas palavras, gestos, fotos, e link’s colocados, etc., que para além do que consta do Regulamento do Fórum, o bom senso de cada um deve ser a primeira pedra de toque.

Como sempre nestes locais vão aparecer e conviver (mais ou menos virtualmente), pessoas com quem nos identificamos, pessoas que nos são menos próximas em matéria de coincidência de opiniões, e, até pessoas de quem não gostamos, mas que têm todo o direito de comungar deste espaço pelo amor e devoção à marca Porsche.

Por isso, e uma vez mais, peço moderação, e recomendo a todos que releiam o Regulamento do Fórum, agora que já o conhecem bem os cantos da casa.

O ano de 2009 vai ser um ano particularmente difícil em termos económicos, e logo sociais. E isso vai-nos afectar a todos – directa ou indirectamente. É pois altura de nos “abrigarmos da tempestade”, e também aqui este Fórum pode ser um sítio onde possamos aliviar do stress imenso que nos vai invadir. O Lounge (Off-Topic) está à vossa disposição, e serve para isso mesmo.

Estão em preparação alguns eventos, mas como é norma da casa, a sua maioria partirão dos membros, e adoptados pelo Café como evento seu à semelhança do Evento do Algarve, que para além da Visita ao Centro Porsche Faro, contou com a participação num Track-Day organizado pela Drag Racing quase em exclusivo para carros da marca Porsche.

Está desde já a ganhar forma uma visita à Fábrica Porsche em Leipzig, que relembro por já ter sido sugerida, recaindo a escolha sobre a data de 11/09/2009 – altura em que o novo ano de produção já se iniciou.

A modalidade de participação deverá ser a colocação de link’s indicativos, e cada um trata das suas reservas.

Assim, desejo a todos os Membros um 2009 fantástico, e que cada dia dos 365 que compõe o ano, sejam todos Dias Porsche.

Antecipadamente agradeço todos, tudo de bom que façam por esta nossa casa:

O LEHRENKRAUS CAFÉ
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Diácono Luís
03-01-2009, 19:31
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PENSAMENTOS DO PROVEDOR


Nos dois últimos dias contactou-se uma agitação grande no Fórum relativa à importação dos usados.

Tal facto tem origem em bonificações pela antiguidade, que se traduziam em descontos, que poderiam ir até aos 80% de desconto.

Essa situação alterou-se, e neste momento o desconto máximo é de aproximadamente 50%, e em antiguidade fica pelos 5 anos.

Mas o pior nem é isso, já que aqueles que importavam carros relativamente novos, ficavam imunes a este problema.

Foi então que se lembraram de que o desconto sobre o CO2 era extinto. Ou seja, e no caso de um exemplo concreto, um carro um ano, com um desconto de 20% sobre as duas variáveis, passa a ter só sobre uma!

Para esta situação existir muito contribui a avidez de cobrar impostos, e a pressão exercida pelos importadores de novos, cuja situação se estava a tornar insustentável.

Só que nestas coisas, 2+2 não são 4.

E se assim fosse o governo não teria a quebra de impostos que está a ter, e que se vai acentuar no próximo ano, uma vez que… não há dinheiro. E quem o tem não o gasta ou rentabiliza-o de um modo diferente.

Portanto podem os importadores e concessionários das marcas “caras” perder a esperança de que o seu negócio vai aumentar. Ao contrário, vai-se reduzir, por dois motivos:

a) – A não entrada de carros importados vai retirar trabalho de manutenção às oficinas;
b) – Os potenciais clientes vão começar a substituir os seus carros de gama Premium, por uma gama abaixo…

Veja-se o meu caso pessoal: - Antigamente eu tinha como carro de todos os dias AUDI e mais tarde MERCEDES.

Há cerca de dois anos tomei uma decisão, motivada pela queda abrupta da cotação de usados: - Não comprar mais essa gama de carros. No seu lugar tenho uma Citroën C4 Grand Picasso, com todo equipamento (Som, Pack Anti-Agressão, Bi-xenon Direccional, Mãos -Livres, etc.).

Ou seja, num estalar de dedos, eu potencial cliente e com capacidade financeira para isso, mandei às ortigas as minhas marcas de eleição, e substituiu-as por outras cuja qualidade, não sendo igual, está muito mais próximo e são completamente fiáveis.

Quanto à fiabilidade, e pela minha experiência com a Mercedes, posso dizer que a Citroën é francamente mais fiável. Pelo é minha experiência.

Posto isto decidi que gastar dinheiro em carros - só em Porsche, ou algo que me faça sonhar… Meios de transporte, NÃO.

Mas voltando aos impostos, à partida a única vantagem que pode existir é melhorar a balança de pagamentos, que importando menos, sai menos dinheiro do País.

Só que também neste domínio não me parece que nunca tenha havido grande preocupação! É que há anos que diariamente saem milhões para Espanha, em numerário (logo nem se conseguem contabilizar), que vai gerar mais-valias e impostos para o Povo Espanhol, e até agora nunca ninguém se preocupou.

E o problema não é só a gasolina. São montes de coisas cujo IVA é de 7% em Espanha e cá é de 20% para os mesmos produtos.

É que os Governantes esquecem-se de que Portugal tem 100% das suas fronteiras terrestres com Espanha, e que as mesmas estão completamente abertas e livres a pessoas, bens e capitais…

Isto é uma realidade que qualquer Alentejano percebe à primeira!

Por outro lado quem gasta dinheiro em carros, salvo as Empresas com bons lucros que têm que gastar dinheiro, ou as pessoas que tendo dinheiro não o abdicam de os ter, os demais, e porque as coisas começam a não ser “Cobrança de Impostos”, mas Roubo de Dinheiro por Decreto, começam-se a retrair, e gastam o seu dinheiro noutras coisas supérfluas,

Agora pensem em que é quem comprava carros, ao não o fazer, onde gasta/emprega o dinheiro?

. Constitui um Depósito a Prazo – Pouco provável. Um investidor não pensa desta forma. Por outro lado é perder dinheiro…
- Fica em casa a ver o Canal 1 – Não é demente a esse nível.
- Vai mais para os copos com os amigos – Não é o seu género.
- Passa inúmeros fins-de-semana em Hotéis/Pousadas de Luxo – Não tem tempo.
- Etc.

Assim esse dinheiro vai ser gasto em coisas que há partida não deixam um tostão em Portugal, e pior que isso, não trazem património para Portugal (é que por ex. os carros clássicos neste momento são um património valioso em qualquer país que se preze).

São exemplos a compra de casas de férias e investimentos no exterior, ou até viagens milionárias que não deixam um tostão em património e impostos no país.

Outra situação mais radical, mas nem sempre possível, é o abandono do país, para um outro em que as coisas tenham lógica, o mesmo é dizer: - Principio, Meio e Fim

Portanto esta gestão, é mais uma machadada do país, e não em ninguém, porque a paciência tem limites, e há muito tempo que os Portugueses a começaram a perder.

pbserra
03-01-2009, 20:45
Acho que este desabafo tem muito de real.
Ha mais um tema que não referiu, que é o agravamento em 100% ( de 5% para 10%) da tributação autónoma das despesas relacionados com carros almoços etc.. às empresas Portuguesas, e com efeitos retroactivos a Janeiro de 2008 , sim em Dezembro lembram-se de Roubar mais dinheiro às empresas passado a ser tributado o dobro do imposto com efeitos retroactivos.
Como sabem grande parte das despesas de empresas de serviços e comerciais é relacionada com com viaturas e com despesas de representação tais como almoços com clientes etc.., além de não ser deduzido o IVA ainda sobre o valor já com iva, taxar mais 5% agora passando para 10% destas despesas.
Pois é assim é facil dizer que querem ajudar as empresas e reduzir os impostos e depois dizem que existem incenctivos às empresas por muito que reduzam o IRC este imposto é muito mais fácil de retirar das empresas.
Depois criam emprestimos baratos para as PME's, motivado pela propaganda fui ver afinal se valeria a pena, e tive a desagradavel surpresa que seria para uma pme apenas de 50k€, só me apetece rir 50k€ não dá para fazer nada numa empresa mesmo uma PME.
Cada vez mais compreendo e quase aceito aqueles empresários que tentam tudo por tudo fugir ao fisco, coisa que eu sempre fui contra mas à medida que vou "crescendo" infelizmente vou ter que lhes dar razão um dia destes :@ .


Com toda esta conversa parece que sou dono de uma empresa mas não sou apenas um empregado mas estas situações revoltam-me.
Abraços e que o 2009 não seja tão mau como dizem.

jorge
03-01-2009, 21:36
...Pensamentos claros e uma análise, infelizmente, real ao que se vai passando pela Tugolândia :worried:

Ace
03-01-2009, 22:20
Brilhante, Provedor

...nos confins da Ibéria há um povo tão bárbaro que não se governa nem se deixa governar...

Não me lembro quem o disse, creio que foi um Consul ou general romano mas, 2 milénios depois, continuamos a ter (provavelmente) o que merecemos

9eleven
03-01-2009, 22:45
Subscrevo totalmente as palavras do provedor.

Neste momento sinto um raiva tal para com o nosso governo que a unica vontade que tenho é tornar-me Espanhol. Só não o faço porque não posso. Este mês faço 3 anos de residência e descontos em Espanha. Mas se continuar por cá.....não sei não.

Já repararam que Portugal foi advertido pela União Europeia devido a estar a cobrar um imposto (IA) ilegal ao Portugueses. E como se não bastasse em cima do IA levamos com o IVA em cima. Dupla tributação grátis para os Portugueses..... E o que aconteceu???? nada
Portugal disse que ia deixar de cobrar o IA aos Portugueses. E assim o fez. Cumpriu a palavra. Retirou o IA e substituiu-o pelo ISV. A situação manteve-se. E ainda por cima piorou.
De facto Mario Soares tem toda a razão quando diz que em 2009 Portugal será ingovernável. Mas se já não temos governo como poderá ser algo ingovernável se já o é à partida????

Há um ritual que eu cumpro sempre que vou a Portugal. Nunca me esqueço de antes de entrar em Portugal de encher o depósito. Longe vão os tempos em que me preocupava em meter sempre gasoleo em Portugal. Afinal se o dinheiro ficar em Portugal...........para mim chega. Já não me lembro de meter gasoleo em Portugal. Só meto a gasolina no Porsche porque não tenho opção. Afinal ao meter em Espanha, de cada vez que encho o depósito a empresa está a poupar entre 6 a 8 €. Eu atesto o depósito mais ou menos 3 a 4 vezes por semana. Ao final do mês é muito dinheiro. Dá para os pneus.

Agora com a situação do meu carro passar a pagar em vez de 5.000 €, os 20.000€ de ISV sinto uma raiva dentro de mim que voçês nem imaginam. Afinal portugal tem que ser exclusivo e único em vários aspectos. Este é um deles. Este mesmo carro pagou para ser matriculado em Espanha cerca de 2.000 €. Isto não vos revolta????? A mim dá-me cá uma volta ao estômago que voçês nem imaginam.......O que será que o nosso governo pretende com isto??? Construir uma muralha tipo a da China e não deixar entrar carros usados vindos de outros paises? Criar um monopolio de vendas de carros usados exclusivamente Portugueses???? Muito sinceramente não entendo isto. Afinal será que vivemos numa democracia? Parece que não.

Sinto-me completamente defraudado por ser Português.

Enter Sandman
03-01-2009, 23:41
Excelente reflexão sobre o que se vai passando neste país caro Provedor.

Cada vez mais ter um automóvel é um luxo e uma vaca leiteira para o Estado.

Em relação à ideia que refere das pessoas preterirem marcas premium pelas outras,

conheço o caso de uma família que sempre teve (e tem) Mercedes e que, actualmente,

optaram por um 307 SW e um C4 Grand Picasso como meios de transporte.

Não obstante as posses deste caso concreto (e com certeza haverá muitos outros),

os "Mercs" só clássicos.


Se conjugarmos estes pensamentos do Provedor com as expectativas de emprego

(ou falta dele) e restante conjuntura económica mundial, o futuro parece-me bastante cinzento :( .


Cpts e Viagens Seguras ;).

Racer
03-01-2009, 23:49
Começa a ficar assustador o panorama do País e o que é pior é que vamos deixando... :doh:

Provedor, grande post e viu como o conselho que lhe dei sobre o detalhe ao Mercedes fez o maior sentido ;)

vrum
04-01-2009, 0:12
Tiro o chapéu ao Sr.Provedor pela sua análise...de facto é o que eu estou a pensar, tenho utilizado ao longo dos ultimos 20 anos para o dia a dia carros premium (o actual é um BMW) que compro novos e troco ao fim de 5 anos perdendo sempre imenso dinheiro. Se para o dia a dia comprar um carrito que desvalorize menos,(actualmente os carritos até estão muito catitas e cheios de mariquices), e investir num Porsche para passear aos fins de semana, talvez até poupe uns euros e realizo um sonho.

nineeleven_turbo
04-01-2009, 1:04
Brilhante, Provedor

...nos confins da Ibéria há um povo tão bárbaro que não se governa nem se deixa governar...

Não me lembro quem o disse, creio que foi um Consul ou general romano mas, 2 milénios depois, continuamos a ter (provavelmente) o que merecemos


Gaius Julius Caesar (100-44 AC)

nineeleven_turbo
04-01-2009, 1:23
.

Portanto esta gestão, é mais uma machadada do país, e não em ninguém, porque a paciência tem limites, e há muito tempo que os Portugueses a começaram a perder.[/justify]

Faço uma vènia a Sua Eminencia pela análise, no entanto discordo neste último parágrafo.

Um povo que faz uma revolução com cravos!!!!!!!!!!!.....hummmm, não há tiros, não há mortes, não há sangue,....hummmm.

Não sei, mas parece-me demasiado mole, brando, passivo, ...enfim,...tugas.

Enquanto fomos governados por descendentes de um Francês rebelde que bateu na mãe, ainda fomos um povo valente.

Diácono Luís
04-01-2009, 11:19
Faço uma vènia a Sua Eminencia pela análise, no entanto discordo neste último parágrafo.

Um povo que faz uma revolução com cravos!!!!!!!!!!!.....hummmm, não há tiros, não há mortes, não há sangue,....hummmm.

Não sei, mas parece-me demasiado mole, brando, passivo, ...enfim,...tugas.

Enquanto fomos governados por descendentes de um Francês rebelde que bateu na mãe, ainda fomos um povo valente.

Na realidade a Revolução dos Cravos que tu ouves contar umas histórias, foi feita como que uma reevindicação salarial dos capitães.

"Nós que temos o poder das armas porque não..."´

É claro que, e porque muita coisa não estava bem, aproveitou-se para as corrigir.

Só que volvidos estes anos, constatamos que os ganhos foram menor que as perdas, o que de certa forma quer dizer que não faz sentido ter liberdade sem ter segurança e bem estar social.

É um pouco como o anúncio da Pirelli: - "Power is nothing without control".

Quanto à brandura, é uma consequência da ausência de guerras. Lembram-te que nos anos 40. para além de uma ou outra privação de bens alimentares, não soubemos o que era uma Guerra Mundial, ou que é pior, uma Guerra Cívil (como Espanha).

Quanto à descedência do tipo que batia na mãe, e de sermos valentes, deixa-me dizer-te que em rigor histórico, não é bem assim...

Na realidade a nossa valentia esteve sempre associada à necessidade de obter dinheiro (muito) de uma forma fácil. Os Descobrimentos e tudo o que do génenro se passou, tem muito a ver com isso.

Há duas coisas que nos ensinaram na escola que não correspondem exactamente à verdade:

1 - Essa valentia e vontade de dar novos mundos ao mundo...

2 - Que a Monarquia era uma coisa fora de moda, obsoleta...

Nem uma nem outra correspondem exactamente à verdade.

Claro que não quero dizer, que os Portugueses não têm qualidades. Têm-nas, boas e únicas.

Basta viajares um pouco pelas ex-colónias para perceberes isso...

Essas qualidades são, em minha opinião:

- Trabalhadores e sérios (especialmente os que emigraram. Os que não tinham essa qualidade ficaram cá para nos governar).

- Em matéria de colonialismo fomos os melhores. Basta viajares para perceberes que Franceses Ingleses e até os Espanhóis, são muito menos queridos que que nós pelos ex-colonos.

Talvez um dia o Provedor escreva sobre isso...

Fuchs
04-01-2009, 12:13
Gostei de ler a reflexão do Provedor

jorge
04-01-2009, 15:33
voltando ao tópico e em relação à nova "tributação" automóvel
deixo-vos um link para um artigo de opinião (a meu ver imperdível) passado na TSF:

http://feeds.tsf.pt/~r/Tsf-Motores-Podcast/~5/aME3wPk7uqw/mot_20081130.mp3

PS: como é Audio/SOM, não se esqueçam é de ligar as colunas/aumentar o volume :$

ab
JP

zico
04-01-2009, 15:45
A questão da "cobrança de impostos" tem muito que se lhe diga, porque neste momento a palavra "cobrança" já não é adequada para qualificar a actuação fiscal do Estado. O que me deixa completamente louco, no entanto, não é o Estado, mas sim a União Europeia. A Europa não passa de um Mega Tacho para os tecnocratas e burocratas dos países membros. E ainda têm lata de falar em "Comunidade Económica". Como é possível permitirem que um país do terceiro mundo como Portugal, continue a praticar duplas tributações e regras absolutamente anti-europeias no caso dos automóveis. Porque razão é que em aspectos tão essenciais somos diferentes dos Alemães que para além de serem muito mais ricos do que nós, não pagam imposto nas importações de usados de outro país comunitário. E quase todos (também mais ricos) têm os carros mais baratos? A Europa é uma fraude e apenas está preocupada com matérias como a padronização das colheres de pau plastificadas. Uma vergonha.

Diácono Luís
04-01-2009, 18:12
voltando ao tópico e em relação à nova "tributação" automóvel
deixo-vos um link para um artigo de opinião (a meu ver imperdível) passado na TSF:

http://feeds.tsf.pt/~r/Tsf-Motores-Podcast/~5/aME3wPk7uqw/mot_20081130.mp3

PS: como é Audio/SOM, não se esqueçam é de ligar as colunas/aumentar o volume :$

ab
JP

Não conhecia estas declarações do Presidente do ACP.

Está em preparação mais um escrito sobre um dos temas focados - As coimas.

De facto as minhas fontes coincidem com estas declarações...

nineeleven_turbo
05-01-2009, 1:44
A Europa é uma fraude e apenas está preocupada com matérias como a padronização das colheres de pau plastificadas. Uma vergonha.[/justify]

Está, será que está? Ainda o mês passado estive em Londres, e pelo que ví, poucos ou nenhuns parques de estácionamento, restaurantes, cafés, que cumprem com as mais basicas regras de Higiene e Segurança. Pelo que vejo as directívas europeias devem ter sido criadas para dar emprego aos funcionários da ASAE.

redMX5
05-01-2009, 10:11
Só que volvidos estes anos, constatamos que os ganhos foram menor que as perdas, o que de certa forma quer dizer que não faz sentido ter liberdade sem ter segurança e bem estar social.


Como tudo na vida existem ganhos e perdas quando se toma uma opção.
Não concordo com essa contabilidade de que os ganhos tenham sido menores do que as perdas. Acho que muitas vezes se confunde as perdas existentes com a natural evolução político/economico/social do mundo ocidental.
Uma coisa é certa, o acesso à educação democratizou-se e essa possibilidade hoje é um previlégio cuja dimensão supera muitas das perdas.
Claro que a educação no nosso País ainda tem um longo caminho a percorrer, mas é indiscutível que o património do saber alargou substancialmente a sua base.
Um País de incultos é seguramente um País mais fácil de governar mas também, indiscutivelmente, muito mais pobre!

A questão da segurança, a nível do pequeno delito, acredito que tenha mais a ver com as questões sociais e económicas do que com outra coisa. O grande delito, esse sempre existiu e existirá...(alguns até institucionalizados e legislados!!!!)

Parece-me também que a democracia se tornou numa "economicia" e neste momento o que rege o mundo são apenas os valores do dinheiro. Acabaram-se no mundo ocidental as lutas pelos valores, pelas crenças ou pela fé. Isto faz-me pensar que estamos em perfeito período de decadência politica e social. Parece-me que os figurinos políticos em que se rege hoje em dia as sociedades ocidentais estão mais do que gastos e que urge "inventar" outras formas de organizar os povos e as instituições. Só que até agora os ditos "políticos" não têm conseguido ter o génio e a mestria para tal.

Isto tudo apenas em jeito de pensamento...

Diácono Luís
09-01-2009, 20:49
PENSAMENTOS DO PROVEDOR - II


Há dias quando lia o Auto-Foco, reli uma notícia três vezes, pois não acreditava no que estava a ler.

Infelizmente não fiz o scanner da notícia! Mas dizia mais ou menos o seguinte:

- O Secretário de Estado da Administração Interna, do pelouro das polícias, dizia: - “Este ano as coimas já renderam 50 milhões e para o ano são esperadas receitas de 90 milhões”.

Fiquei estupefacto!

Vamos analisar do ponto de vista ético.

É natural que um Empresário que tem um negócio, possa estar eufórico com os resultados obtidos, e que as suas expectativas para o próximo ano sejam soberbas.

Este bom resultado baseia-se no aumento do consumo motivado pela melhoria da qualidade de vida, qualidade dos seus produtos, originalidade dos mesmos, etc..

Agora um departamento ministerial que paga balúrdios em horas de difusão nos meios de comunicação social, em apelos ao civismo e combate à sinistralidade, vem dizer que “espera receber em 2009 noventa milhões em coimas de trânsito, mais que no ano anterior”, é no mínimo bizarro, paradoxal, e augura uma ética para o ano em curso nada abonatória para as autoridades envolvidas.

Então gastamos milhões ao incitamento do cumprimento da lei, e depois prevemos o aumento das receitas das coimas de trânsito?

Então quando o ideal era não haver prevaricadores, logo não haver multas, prevê-se que as mesmas vão crescer?

Ainda que os combustíveis vão descer, o que vai estimular o consumo, não nos podemos esquecer que, por outro lado, a qualidade de vida, através do seu custo, vai descer.

Sendo assim, é natural que se circule menos, logo as infracções serão menores… logo parece que o nosso Secretário de Estado está a errar na previsão… mas talvez não…

Todos os condutores que têm contacto com amigos que foram autuados por excesso de velocidade, p. ex., sabem que os mesmos foram controlados dentro do estatuto das infracções Graves ou Muito Graves. Com excepção das multas de estacionamento, poucas são as que são feitas por motivos leves.

Isto tem como resultado final uma certa “tolerância”, que agrada a todos – Prevaricador e Autuante. O primeiro porque pode viajar até 139/149 Kms./hora em AE sem problemas; e os segundos porque ficam com mais tempo para trabalhar naquilo que realmente dá dinheiro… com o mesmo trabalho.

Assim, é expectável que no corrente ano as “tolerâncias” se comecem a encurtar, motivando um acréscimo de receitas.

Não é por acaso que nas AE já existem dois escalões de coimas em infracções leves. O primeiro até 139 Kms./h. e um segundo daquela velocidade até 149 Kms./h. Em termos práticos nem um nem outro tem sido objecto de aplicação de sanções… mas existem.

Portanto, se para o ano os automobilistas mostrarem sensibilidade às campanhas, o que contraria as previsões financeiras optimistas do Secretário de Estado, então devemos estar preparados para multas por tudo e por nada (Paraste para pôr uma carta no correio. Vai ter um pedido de identificação a tua casa, para dizer quem às “x” horas dia “y” estava estacionado…). Quanto ao resto ressuscita-se a tolerância “0”.

Por outro lado os paneis indicadores das AE estão preparados para instalação de radar, ou até já estarão montados, com ligações a bases de dados de forma a tudo ser tratado de uma forma célere… como qualquer empresa que se preze…

Afinal de contas, e há anos que é assim, toda a gente sabe que os carros equipados com vídeo, são altamente rentáveis… compensando o elevado investimento… enquanto que outras autoridades como a Polícia Judiciária lutam desesperadamente para se conseguirem auto mover!

E é compreensível… se equacionarmos risco para sociedade que representa um Porsche preto a 170 Kms./Hora numa AE por comparação com um traficante droga!

Claramente estamos governados por loucos, com comportamentos no mínimo esquisitos, não augurando nada de bom para quem está sobre o seu comando… directo ou indirectamente…

nineeleven_turbo
09-01-2009, 22:45
È por isso que cada vez mais o meu descredito neste país é total.

zico
09-01-2009, 23:11
NOTICIA 2006:
António Ramos, do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), revelou à imprensa que o Ministério da Administração Interna (MAI) tem pressionado as forças policiais para que se realizem mais "Operações Stop", aumentando assim o número de coimas aplicadas e, consequentemente os euros que entram nos cofres do Estado.

NOTICIA 2008:
Presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia desde 1998, António Ramos foi aposentado compulsivamente da PSP em 2006 pelo Ministério da Administração Interna (MAI) na sequência de processos disciplinares que lhes foram movidos por declarações à comunicação social consideradas desrespeitosas pelo MAI em relação, nomeadamente, ao primeiro-ministro, José Sócrates. Na altura, António Ramos recorreu aos tribunais administrativos, aguardando ainda uma decisão final.

pbserra
09-01-2009, 23:16
Diacono a 1º ministro !
Agora a sério pensei o mesmo quando vi a noticia na tv e li hoje na autofoco o mesmo, qualquer dia pelo facto de termos um Porsche temos que pagar uma coima automática por o carro poder duplicar o limite máximo de velocidade em AE.
Dhuu :fubar: é verdade já pagamos chama-se imposto de circulação, é o dobro do seguro do meu carro!.

Diácono Luís
10-01-2009, 11:27
... qualquer dia pelo facto de termos um Porsche temos que pagar uma coima automática por o carro poder duplicar o limite máximo de velocidade em AE.


... e eu pagava já...

... só o desatino em que eu conduzo os carros sem cruise control, com medo de...

Enter Sandman
10-01-2009, 20:03
Uma vez mais apraz-me ler estas linhas do caro Provedor que não

se inibe de tentar "agitar as águas".

Sinceramente não me espanta este tipo de atitude. Desde que se começou

a confundir prevenção com receitas, em que valem todo o tipo de artimanhas

para "apanhar" os prevaricadores, que percebi a filosofia adoptada pelas entidades

responsáveis. Basta pensar um pouco na localização e na utilização dos radares...



Cpts e Viagens Seguras ;).

jorge
10-01-2009, 22:22
.. no seguimento deste post , ainda estou espantado como o sistema de pontos nao entrou em Portugal ...deve estar para breve de certeza :@

Enter Sandman
10-01-2009, 22:59
.. no seguimento deste post , ainda estou espantado como o sistema de pontos nao entrou em Portugal ...deve estar para breve de certeza :@

Sim, não tardará a entrar.




Cpts e Viagens Seguras ;).

Charlie
11-01-2009, 2:20
.
...
Claramente estamos governados por loucos, com comportamentos no mínimo esquisitos, não augurando nada de bom para quem está sobre o seu comando… directo ou indirectamente…[/justify]

Amen!

redMX5
12-01-2009, 19:12
Somos governados não por loucos mas por simples incompetentes.
Acho que um louco seria mais inteligente e não cometeria erros tão estúpidos. :P

Agora falando mais a sério, acho que neste momento os nossos governantes em particular e os nossos políticos em geral perderam a noção da realidade do país em que vivemos. As necessidades da gerar receitas para o orçamento de estado leva ao agravamento de taxas e a políticas de angariação de fundos que são tudo menos inteligentes.

Como já referi antes a máquina do estado, as instituições estatais e toda a engrenagem política são cada vez mais sugadoras dos cada vez mais fracos e parcos recursos nacionais.
Acredito que isto mais ano menos ano terá de se alterar...o fundo é uma realidade e está cada vez mais perto.
Está a aproximar-se a hora em que os que parasitas já nada mais terão para sugar...ou que os sugados unidos dirão BASTA!!!!!

Ace
12-01-2009, 20:52
Está a aproximar-se a hora em que os que parasitas já nada mais terão para sugar...ou que os sugados unidos dirão BASTA!!!!!


Como dizem na minha terra: - Já tarda...

Diácono Luís
12-01-2009, 21:22
Está a aproximar-se a hora em que os que parasitas já nada mais terão para sugar...ou que os sugados unidos dirão BASTA!!!!!


Como dizem na minha terra: - Já tarda...

Sem dúvida...

redMX5
12-01-2009, 22:09
Nova alcunha do governo é "LATINHA"

A gente anda pela rua e aponta para as portas fechadas e diz:




LÁ TINHA uma loja...



LÁ TINHA uma fábrica...



LÁ TINHA um armazém...



LÁ TINHA trabalhadores...



LÁ TINHA um sonho...



LÁ TINHA esperança...



LÁ TINHA uma escola...



LÁ TINHA um serviço de urgência...



LÁ TINHA esperança de dias melhores...

Famous Cock
12-01-2009, 22:48
meus amigos este ano vai ser de eleições, portanto temos uma grande oportunidade para fazer valer o nosso voto de protesto...talvez o Manuel Alegre lembre-se de um novo movimento

Eu até agora, não comprava carros novos...parece que no futuro nem usados....ok, vamos ver!!!

Diácono Luís
17-01-2009, 17:16
PENSAMENTOS DO PROVEDOR – III


Há muitos anos, para ser mais preciso, nos finais da década de 50, princípio do década de 60 do século passado, era comum viajar pelos arredores do lugarejo onde onde ainda hoje vivo, para, junto com meu pai, tomar conhecimento da nossa actividade – A agricultura e Pecuária, e que era razoavelmente dispersa.

O veículo da altura, idealizado por Ferdinand Porsche, era VW (1100 ou 1200, não sei bem), cinzento-escuro, não metalizado, obviamente.

Na altura esse carro fazia tudo, desde o campo (já que era blindado por baixo), até em deslocações à capital, cujos 200 Kms. eram, senão uma epopeia, era uma viagem digna de registo. Depois de atravessar-mos a Ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira (com portagem), apanharmos essa fabulosa obra que era AE Vila Franca – Lisboa, com a inevitável portagem em Sacavém, e lá chegava-mos à capital.

Nesse troço, onde não havia nem controles nem limites de velocidade (era como a Alemanha – já fomos assim há muitos anos), chegávamos aos 120 Kms./hora, e lembro-me de um dia passar por nós um Mini vermelho como se estivéssemos parados.

Mas regressemos ao Alentejo…

Eu viajava com o meu pai, com uma idade à volta dos 5/6 anos, no banco da frente e sem cinto. Aliás os carros não tinham cintos, e viajar atrás catalogava automaticamente de “motorista” o condutor! Como nesse tempo não faltas de respeito – vá de viajar no banco da frente, salvo se estivéssemos a dormir ou doentes.

A Brigada de Trânsito da altura chamava-se Polícia de Viação e Trânsito (PVT), não tendo a GNR ao tempo, qualquer vocação para essas lides… Sá mais tarde com a inclusão da PVT na GNR, esta começou a ter funções fiscalizadoras de Tráfego.

Aliás as primeiras as acções da GNR (dita de rural) em matéria de trânsito, incluíam algumas actuações anedóticas, como por exemplo, mandar para um carro só no último momento para avaliarem do estado dos travões…

Há até uma história curiosa que vos vou contar:

- O meu pai no final dos anos 60, trocou o VW por um Mercedes – carro considerado de luxo.

Dado o rádio ser um opcional, que era montado na entrega, o meu pai sempre prescindiu dele, já que desta forma evitava os problemas de escolha de estação entre ele, minha mãe, eu e meu irmão!

Um belo dia de sol, altura em que a GNR trabalhava com mais afinco, é mandado parar para fiscalização, e é-lhe pedida a licença do rádio (na altura todos os rádios tinham que ter licença!) – ao que ele respondeu que não possuía!

- “Bem, então tenho que o autuar!”

Passado o papelito, e aceite pelo pai, pergunta-lhe ele: - “Mas senhor guarda, eu não tenho rádio, e também é preciso licença?”
Perante tal resposta, o guarda ficou embaraçado, e com uma multa para anular, o que era sempre uma complicação… É que no seu entender não fazia sentido existir um Mercedes sem rádio…

Mas já me estou a alongar e só agora vou falar do motivo deste meu post:
– O Respeito pela Autoridade.

Quando sentado no banco dianteira do VW, tendo como visão um porta-luvas e uma pega por cima deste (para que o passageiro se apoiasse), passávamos frequentemente pelas patrulhas da GNR (que não tinham nada a ver com o trânsito – como vimos atrás), e o meu pai saudava-os sempre, ao que era correspondido.

E disse-me: - “Cumprimenta-se sempre a autoridade que zela pela nossa segurança, bem-estar, defende-nos dos ladrões, e é-nos muito útil…”

Volvidos estes anos, e sempre que vejo a autoridade, saúdo-os, e coisa estranha, não sou retribuído, como o meu cumprimento seja completamente despropositado.

Claramente está fora de moda…

Esta é uma das grandes alterações que se processaram nos últimos 50 anos. A autoridade não tem o respeito nem a veneração que lhe deveria ser dispensada pelos cidadãos. E também elas retribuem na mesma moeda, manifestando estranheza e desconfiança que o cidadão contribuinte o saúda.

As razões podem ser várias… mas com certeza a mais importante é que hoje, em matéria de trânsito deixou de merecer o respeito dos cidadãos, porque inúmeras vezes já não está em causa o zelo pela segurança e a pedagogia, mas uma certa forma de perseguição e colecta de taxas, o mesmo é dizer multas.

Num ápice uma figura que devia ser querida, respeitada, e desejada, transformou-se num inimigo, que até ele próprio se sente dessa forma quando o saúdam!

zico
17-01-2009, 18:29
Em tempos de estudante, na cadeira de “Criminologia” da vertente Jurídico Penal (que foi a minha por formação) abordava-se as teorias da psicologia das Polícias. Mas eu, neste caso, tenho uma convicção há muito formada. Na minha modesta opinião, a imagem da Polícia é construída assente sobre quatro pilares: o da Formação, o da Educação, o da Exigência e o do Controlo da actuação. Basta falhar um destes pressupostos e teremos um mau Agente de Autoridade. Antigamente em Portugal, a Polícia não era bem formada, não tinha o mínimo de educação e ninguém controlava eficazmente a sua actuação. Geraram-se maus agentes que perverteram completamente o seu papel. E por isso, ganhou o vício mais terrivel que pode suceder a uma Corporação desta natureza: o Polícia passou a ser o inimigo.
Tomemos por exemplo a Polícia Inglesa, aqueles “Bobbys” engraçados que se passeiam por Londres. A Metropolitan Police é o paradigma do Policia-bom, que é como quem diz o bom-polícia. É uma figura simpática sem perder a autoridade, prestável ao cidadão. É uma figura amiga e que inspira confiança. Os cidadãos, quando os vêem na Rua, sentem-se protegidos e contentes por saber que eles estão perto. Ora, a nossa Polícia desperta no cidadão exactamente os sentimentos opostos. Os cidadãos portugueses têm medo dos Polícias, fogem das fardas por temer que surjam sarilhos ou implicações. Quando se referem a eles geralmente colocam um apodo injurioso à mistura. O polícia não é visto como um amigo. Antes pelo contrário, é olhado de soslaio e com suspeição. O que é muito mau. Durante muitos anos, por permitirem que pessoas de fraca formação e cultura acedessem a esta exigente profissão, foi facílimo verificar-se recorrentes abusos de autoridade. O que fez com que a Polícia Portuguesa fosse conotada como arrogante e antipática. Em boa verdade, essa imagem tem vinda a atenuar-se com o passar dos tempos. Actualmente a Polícia moderna já não é assim – hoje em dia os Polícias portugueses no geral, já têm um nível muito mais elevado de cultura, educação e com bons níveis de formação. Ainda estará a pagar a factura do antigamente, que está muito enraizada na presente geração. A próxima geração concerteza que já terá uma imagem muito mais favorável do Polícia moderno Português.

MarcoReutter
19-01-2009, 23:06
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[center:736ks6ke]PENSAMENTOS DO PROVEDOR – III[/center:736ks6ke]

[justify:736ks6ke]Há muitos anos, para ser mais preciso, nos finais da década de 50, princípio do década de 60 do século passado, era comum viajar pelos arredores do lugarejo onde onde ainda hoje vivo, para, junto com meu pai, tomar conhecimento da nossa actividade – A agricultura e Pecuária, e que era razoavelmente dispersa.

O veículo da altura, idealizado por Ferdinand Porsche, era VW (1100 ou 1200, não sei bem), cinzento-escuro, não metalizado, obviamente.

Na altura esse carro fazia tudo, desde o campo (já que era blindado por baixo), até em deslocações à capital, cujos 200 Kms. eram, senão uma epopeia, era uma viagem digna de registo. Depois de atravessar-mos a Ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira (com portagem), apanharmos essa fabulosa obra que era AE Vila Franca – Lisboa, com a inevitável portagem em Sacavém, e lá chegava-mos à capital.

Nesse troço, onde não havia nem controles nem limites de velocidade (era como a Alemanha – já fomos assim há muitos anos), chegávamos aos 120 Kms./hora, e lembro-me de um dia passar por nós um Mini vermelho como se estivéssemos parados.

Mas regressemos ao Alentejo…

Eu viajava com o meu pai, com uma idade à volta dos 5/6 anos, no banco da frente e sem cinto. Aliás os carros não tinham cintos, e viajar atrás catalogava automaticamente de “motorista” o condutor! Como nesse tempo não faltas de respeito – vá de viajar no banco da frente, salvo se estivéssemos a dormir ou doentes.

A Brigada de Trânsito da altura chamava-se Polícia de Viação e Trânsito (PVT), não tendo a GNR ao tempo, qualquer vocação para essas lides… Sá mais tarde com a inclusão da PVT na GNR, esta começou a ter funções fiscalizadoras de Tráfego.

Aliás as primeiras as acções da GNR (dita de rural) em matéria de trânsito, incluíam algumas actuações anedóticas, como por exemplo, mandar para um carro só no último momento para avaliarem do estado dos travões…

Há até uma história curiosa que vos vou contar:

- O meu pai no final dos anos 60, trocou o VW por um Mercedes – carro considerado de luxo.

Dado o rádio ser um opcional, que era montado na entrega, o meu pai sempre prescindiu dele, já que desta forma evitava os problemas de escolha de estação entre ele, minha mãe, eu e meu irmão!

Um belo dia de sol, altura em que a GNR trabalhava com mais afinco, é mandado parar para fiscalização, e é-lhe pedida a licença do rádio (na altura todos os rádios tinham que ter licença!) – ao que ele respondeu que não possuía!

- “Bem, então tenho que o autuar!”

Passado o papelito, e aceite pelo pai, pergunta-lhe ele: - “Mas senhor guarda, eu não tenho rádio, e também é preciso licença?”
Perante tal resposta, o guarda ficou embaraçado, e com uma multa para anular, o que era sempre uma complicação… É que no seu entender não fazia sentido existir um Mercedes sem rádio…

Mas já me estou a alongar e só agora vou falar do motivo deste meu post:
– O Respeito pela Autoridade.

Quando sentado no banco dianteira do VW, tendo como visão um porta-luvas e uma pega por cima deste (para que o passageiro se apoiasse), passávamos frequentemente pelas patrulhas da GNR (que não tinham nada a ver com o trânsito – como vimos atrás), e o meu pai saudava-os sempre, ao que era correspondido.

E disse-me: - “Cumprimenta-se sempre a autoridade que zela pela nossa segurança, bem-estar, defende-nos dos ladrões, e é-nos muito útil…”

Volvidos estes anos, e sempre que vejo a autoridade, saúdo-os, e coisa estranha, não sou retribuído, como o meu cumprimento seja completamente despropositado.

Claramente está fora de moda…

Esta é uma das grandes alterações que se processaram nos últimos 50 anos. A autoridade não tem o respeito nem a veneração que lhe deveria ser dispensada pelos cidadãos. E também elas retribuem na mesma moeda, manifestando estranheza e desconfiança que o cidadão contribuinte o saúda.

As razões podem ser várias… mas com certeza a mais importante é que hoje, em matéria de trânsito deixou de merecer o respeito dos cidadãos, porque inúmeras vezes já não está em causa o zelo pela segurança e a pedagogia, mas uma certa forma de perseguição e colecta de taxas, o mesmo é dizer multas.

Num ápice uma figura que devia ser querida, respeitada, e desejada, transformou-se num inimigo, que até ele próprio se sente dessa forma quando o saúdam![/justify:736ks6ke]

Reverendíssimo Diácono;

Finalmente encontrei, nas catacumbas da minha " biblioteca de Alexandria", e para lá das colunas de Hércules esta foto de uma "pega" VW:

http://i227.photobucket.com/albums/dd209/MarcoVW61/558222864_2_Big.jpg

Eureka! :lol:

Diácono Luís
20-01-2009, 18:19
Reverendíssimo Diácono;

Finalmente encontrei, nas catacumbas da minha " biblioteca de Alexandria", e para lá das colunas de Hércules esta foto de uma "pega" VW:

http://i227.photobucket.com/albums/dd209/MarcoVW61/558222864_2_Big.jpg

Eureka! :lol:

Esta estava sempre às frente dos meus olhos!

E depois havia uma no pilar, que era muito importante para quem se queria "elevar" para sair do carro...

Diácono Luís
29-01-2009, 20:38
PENSAMENTOS DO PROVEDOR IV


Muito de fala de Petróleo, da falta dele e do seu preço.

Muito se falta de veículos híbridos, eléctricos e movidos a Biocombustível.

Muito se fala do aquecimento global, e do fim do mundo com qualidade.

Muito se fala da crise económica, que está relacionada com isto tudo, ou talvez não.

Se analisar-mos todos estes temas encontramos neles muita hipocrisia, proferida pelos oradores da matéria, e uma terrível vontade de viver o imediato, de satisfazer a todos, ganhar eleições, sem mais preocupações.

Esta é a terrível verdade que vai ter um preço enorme, e que todos nós, e as futuras gerações, vão ter pagar, e a um preço bem alto.

Há 150 anos atrás, ou nem tanto, o petróleo não tinha qualquer valor.

A seu tempo transformou-se numa matéria-prima imprescindível à indústria e ao bem-estar privado.

Como tudo na vida, nada é definitivo ou permanente…

Tudo se pode mudar e substituir (menos o 911 |( ).

E neste caso várias invenções começaram nascer tentando transformar as motorizações para a indústria automóvel (Eléctrico, Magnético, a Vapor, a ar).

Acho que estamos de acordo que com o potencial tecnológico existente muitas soluções teriam sido encontradas…

É claro que logo os interesses se agitaram, comprando patentes, movendo influências, e continuando o seu negociozinho.

Infelizmente esqueceram-se, que se os políticos desses países têm tomado uma atitude firme, e atendendo que o petróleo é um bem finito, teriam evitado de imediato três coisas:
- A poluição;
- Uma crise económica, já que a renovação tecnológica iria dar bastante peso às economias que a desenvolviam e fabricavam (Europa, EUA e Japão).
- O terrorismo, que uma vez sem dinheiro do petróleo, teriam que se entreter a atirar pedras uns aos outros. Não quero com isto discutir as razões que os movem, mas fica claro que essas “razões” só chegam onde chegam, e têm o peso que têm, porque há dinheiro.

Toda esta falta de estratégia a longo prazo, lucro fácil e imediato, e uma ganância desmedida, levaram-nos a uma situação de consequências imprevisíveis.

O mundo entrou numa convulsão comparável a uma sessão da bolsa de NY em dia mau.

Ninguém consegue prever o que se vai passar.

Lamentavelmente ninguém conseguiu prever o bom que seria manter um continente na vanguarda da tecnologia, e o bem-estar que isso proporcionava no mundo. É que os que têm a tecnologia trabalham para a vender. E os que a compram, trabalham para a poder comprar. E tudo estava mais ou menos em paz.

Historicamente a Europa esteve na frente quando dominou com a máquina a vapor de Watt.

Os Estados Unidos estiveram na frente quando dominaram os processos informáticos em Silicon Valey.

Neste momento nenhuma revolução se passa nem num lado nem noutro. Por isso todo um desequilíbrio que nos conduz a uma incerteza enorme.

E vamos pagar por ela…

Diácono Luís
07-02-2009, 20:38
PENSAMENTOS DO PROVEDOR V

Dedico este tópico ao Oldtimer, que estou certo compreende melhor que ninguém as minhas palavras, não fosse ele o maior adepto dos 356 que conheço


Quando em 2003 visitei a Fábrica, o guia foi como habitualmente, um senhor chamado Volker Spanagel (penso que se escreve assim).

O Volker é uma pessoa que nós encontramos em todos os lados onde os Clubes são chamados, ou em visitas à fábrica.

Aproveito para render as minhas homenagens a este homem que acabou por nunca liderar a organização dos Clubes na Porsche AG, mas foi sem dúvida a pessoa mais marcante daquele departamento em minha opinião.

Curioso que sendo alemão, a sua fisionomia, correcção e simpatia, é muito ao estilo Inglês, mas a que junta a eficiência alemã (que os Ingleses não têm). Por outras palavras um alemão atípico, particularmente agradável.

Mas voltando ao tema deste escrito, dizia o Volker nessa visita que “a qualidade não tem reparação”.

Esta frase resume a problemática da questão: - As coisas têm qualidade ou não têm qualidade. Ponto. Dizer que através da garantia colocaram um motor novo, sem encargo para o cliente, ainda que soe muito bem ao cliente, não deixa de ser uma evidente falha de qualidade dessa peça.

A frase do Volker enuncia isso de uma maneira fantástica…

Uma das muitas hipocrisias do último quarto do Século XX e que passou que nem uma herança obrigatória para o XXI é a evidente falta de qualidade que as coisas têm hoje.

Ainda que se pregue aos quatro ventos a ecologia (na componente da preservação do objecto) e a não apologia da sociedade de consumo, a verdade é que, hipocritamente, todos a praticam.

Quando eu era miúdo o que era considerado bom, era o que durava uma vida – só se comprava uma vez.

Hoje ninguém se preocupa com isso, e a reparação de um sem número de objectos é hoje completamente desprovida de sentido. Quem é que hoje manda reparar um vídeo, um leitor de CD’s, uma varinha mágica, uma batedeira, etc… arrisca-se a gastar o dinheiro e ficar com o objecto deficiente ou voltar a avariar-se ao fim de pouco tempo, isto se a reparação não custar mais que o objecto.

Assim hoje luta-se pela garantia, e o “trocar” imediatamente.

Ainda há dias um GPS avariou-se quase no fim da garantia! Foi reparado e veio igual! Voltei a enviá-lo, e vinte quatro horas depois o meu carteiro trouxe-me um “novinho em folha”.

A frase de que “o meu carro tem meio milhão de Kms” deixou de fazer sentido. O que é realmente importante é que tenha 3 anos de garantia, e que a marca assuma tudo durante esses mesmos 3 anos. O quarto ano é para comprar outro…

Dado que neste Fórum existe muita gente nova, que acha que as coisas sempre foram assim, vou dar dois exemplos que me são próximos.

Durante a minha meninice passava longas temporadas na casa dos meus avós…

Habituei-me a ver por lá debaixo de um vão de escada, um frigorífico Bosch. Estamos a falar do fim dos anos 50, princípio dos anos 60.

Esse objecto ainda hoje funciona, já sem luz e com a porta do congelador partida. Ou seja desde há 50 anos que trabalha ininterruptamente, sem qualquer avaria, nem necessidade de “levar gás”. Abaixo umas fotos dele

9386
9387

Pela minha parte, corria o ano de 1966, o meu pai ofereceu-me um relógio despertador de cabeceira com rádio da marca National.

Como era uso na época, e à semelhança dos relógios Cauny Prima que se ofereciam quando passava-mos no exame da 4ª Classe (sim na altura não se nascia com o relógio no pulso e o telemóvel no bolso do babygrou (também não sei se é assim que se escreve), os pais compravam estes presentes num contrabandista (pessoa que recebia de fora do país – na altura isto tinha Fronteiras com polícias a chatear – sem pagar as taxas aduaneiras), sítio onde havia sempre as melhores novidades!

Pois esse Rádio/Relógio/Despertador, funciona há 40 anos sem parar, enquanto que os seus congéneres mais evoluídos já foram arquivados no contentor… a seguir umas fotos do objecto.

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Aqueles que lerem estas linhas, devem pois meditar nelas, e verem a hipocrisia em que este mundo mergulhou, no que toca ao tema da qualidade.

Drake
07-02-2009, 21:48
Não podem ser mais certas estas sábias palavras.
Em casa do meu avô havia um frigo desse género, e lembro-me perfeitamente dos Cauny, não me lembrava do modelo, mas a marca sim.

zico
08-02-2009, 4:52
Olha Mário:
Posso-te dizer que "herdei" do meu Pai um rádio despertador igualzinho a esse. Foi o meu primeiro despertador. Durante anos, fiz toda a minha escola a acordar com esse rádio.
Eu ficava fascinado com as plaquinhas a cair e faziam esse barulho toda a noite. O despertador tinha o nome de "morning bird" e levantava um morto da cama com o pássaro a piar aos gritos.

MarcoReutter
08-02-2009, 14:22
:lol:

Essa do "despertador-ave" está de morrer a rir!

Uma vez mais um pensamento sempre recheado de bom senso...

Abraço

Diácono Luís
08-02-2009, 18:23
Olha Mário:
Eu ficava fascinado com as plaquinhas a cair e faziam esse barulho toda a noite. O despertador tinha o nome de "morning bird" e levantava um morto da cama com o pássaro a piar aos gritos.

Tal e qual...

Naquela altura nós tolerávamos bem o passarinho odioso. Quando às plaquinhas, quando mudavam de hora, e salbo erro no minuto 22 tinham um som diferente...

Uma coisa tens que concordar... É impressionante a qualidade deste equipamento mecânico que trabalha à 40 anos sem parar...

Ace
08-02-2009, 21:24
Obrigado M, digo Diácono, por compartilhar mais uns pensamento, comuns a muitos de nós, mas que nem sempre são fáceis de passar à escrita de forma tão clara e brilhante.


Desculpa o uso abusivo do teu tópico mas já agora compartilho algo que sei que também gostas e...

...já que falaste em Cauny...


Mais antigo , era o "de todos os dias" de meu avô. É meu há mais de 25 anos e ainda trabalha regularmente...

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Ostenta orgulhosamente as marcas dos muitos anos de uso

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...E não creio que alguma vez tenha sido reparado


E depois havia este, ainda mais antigo (de pelo menos uma geração) que não se usava com frequência mas a que se dava corda religiosa e regularmente pois não se devia deixá-los parados

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... ainda o faço com carinho e grata saudade, até ao dia que a próxima geração se encarregue destes e doutros que por aqui conservo.

Mais uma vez, obrigado Diácono Luís

bg2
08-02-2009, 22:58
os IWC de corda são autênticas máquinas de guerra.

cumprimentos

Diácono Luís
09-02-2009, 18:23
As máquinas com melhor som, em minha opinião, são as Zenith...

trovisqueira
09-02-2009, 20:06
Tem toda a razão, obrigado por me ter transportado ao tempo dos objectos validos, o meu Pai conduziu o mesmo carro de 1968 com imenssas reparações até 1989! a telefonia do dia a dia é a mesma desde a 45 anos, é um Telefunkenn de madeira! e o meu primeiro relogio de pulso que recebi na Comunhão Solene foi efectivamente um Cauny prima de caixa quadrada!

Diácono Luís
17-02-2009, 19:55
PENSAMENTOS DO PROVEDOR VI


Serão realmente culpados os Paparazzi pela invasão da vida privada das pessoas?



No último tópico falámos de qualidade e de uma hipocrisia desmedida. Ou seja aconselha-se ou sugere-se uma coisa, e depois age-se no sentido oposto.

Uma das coisas que sempre me impressionou, e até me causou alguma irritação, são as pessoas que criticam, perguntam “mas como é possível”, e são elas próprias que viabilizam que isso mesmo que condenam, aconteça.

É uma situação tão descabida como se eu não gostasse de um elemento deste Fórum, por inveja (que é um sentimento deplorável), porque ele tinha 4 Porsche’s, e a seguir admitisse frequentar o negócio que lhe possibilita esse luxo.

Por outras palavras, há algo que não bate certo. Ou se admite as coisas como elas são – a maneira correcta – partindo do princípio que tudo é legal (se não é, tem que se combater por essa via), ou então, roído de inveja (que é muito feio), não participo nessa “falta de respeito”.

Um dos casos que é comentado mais insistentemente é dos Paparazzi e dos Pasquins Cor-de-rosa. Chamar-lhes revistas é, nalguns casos, uma péssima utilização da palavra pelo seu real significado.

Acontece que grande parte destas pessoas, são as mesmas que, ao mesmo tempo que se insurgem pelos incómodos e quebra de privacidade que os Paparazzi sempre praticam, vão ao quiosque mais próximo no dia certo comprar a sua “revisteca” para saber as últimos novidades do Castelo Branco, do estado de saúde da Fernanda Serrano, ou último namorado de Elsa Raposo.

É clara a hipocrisia destas pessoas que de um lado criticam e de outro lado viabilizam.

Outra acusação frequente é os chorudos vencimentos dos jogadores de futebol.

Também aqui se constata uma hipocrisia grande, uma vez que a maior parte dessas pessoas lá vão pagando o seu canal da Sport TV, ou a quota do seu Clube, muitas vezes com sacrifício próprio e dos seus.

Neste último caso existe por vezes um paradoxo ainda maior. Se é o nosso Clube até que é aceitável. Mas se for do adversário é um oportunista, um gatuno, ou, como se diz em Espanha, “un pesetero”. O mesmo se aplica aos treinadores ou seleccionadores. Se ganham tudo bem, se perdem…

É preciso perceber que o que está em causa é, numa óptica economicista, as leis de mercado.

Muitas vezes o “pecado” não está em quem recebe (que até tem alguma legitimidade em tentar), mas sim em quem paga, e às vezes naqueles que pagam a quem paga.

Outra situação é a da prostituição.

Só há prostituição porque há clientes…

Sem fazer qualquer apologia à prostituição (já que se todos tivessem a minha postura a profissão não existia pela simples razão que não havia clientes), não posso deixar de contar uma história que tomei conhecimento do seu epílogo há dias.

Há tempos (creio que 3 ou 4 anos) saiu na Time (leram bem) um artigo sobre a prostituição em Bragança, e uma certa comissão que se formou intitulada “Mães de Bragança”.

Ao que parece tinha por lá aberto uma casa onde havia umas moçoilas muito dedicadas a receber, ouvir e compreenderem, uns rapazes carentes que por lá apareciam.

É óbvio que por questões morais essas “Mães de Bragança” moveram montanhas e atingiram tal visibilidade, que conseguiram encerrar as casas de pecado que por lá havia.

Extinto o mal, era de esperar que os “pombos” tresmalhados regressassem a casa, que vivessem muito felizes, e que o próximo artigo da Time fosse cheio de fotos de famílias sorridentes.

Pois é… mas esse artigo nunca saiu (nem era para sair, pois estou a falar em sentido figurado).

As “diabas” transferiram-se para Espanha, que dista trinta e poucos Kms. do pecado original…

Em termos práticos aconteceu que por motivos legais (já que a mão de obra é a mesma) houve um deslocalização da produção de Bragança para Espanha.

Em termos financeiros aconteceu um prejuízo para Bragança já que a simpática “mão-de-obra” era, ao que parece, muito “querida” no comércio local, onde eram excelentes consumidoras.

Bem, e quanto aos pecadores (maus chefes de família, sem dúvida), viajam hoje os trinta e tal Kms…

Moral da História: - O que se deve corrigir não é o causador, mas sim aquele que o procura. Não o que recebe, ma aquele que paga. Não o que dá a notícia, mas aquele que a procura nos quiosques.

Pensem nisso.

Enter Sandman
17-02-2009, 20:09
.
(...)

Muitas vezes o “pecado” não está em quem recebe (que até tem alguma legitimidade em tentar), mas sim em quem paga, e às vezes aqueles que pagam a quem paga.

Outra situação é a da prostituição.

Só há prostituição porque há clientes…

(...)
Moral da História: - O que se deve corrigir não é o causador, mas sim aquele que o procura. Não o que recebe, ma aquele que paga. Não o que dá a notícia, mas aquele que a procura nos quiosques.

Pensem nisso.

Uma vez mais estou totalmente de acordo consigo :bow:.

Outro exemplo é o das pessoas que aceitam material proveniente de roubos :@.

O argumento que apresentam é o preço do material que "caído do camião"

é uma maravilha quando comparado com o preço quando seguida a via legal.

Há procura logo há quem "ofereça" :@.

Infelizmente não se esgota nestes casos que referimos.


É uma questão de princípios/valores.


Cpts e Viagens Seguras ;).

redeagle
17-02-2009, 20:44
Concordo totalmente com as duas intervenções, vivemos no mundo que ajudamos a construir.

Apesar da minha experiência de vida não ser tanta e considerando-me ainda alguém muito inexperiente face à sabedoria de algumas intervenções aqui postadas, subscrevo totalmente as afirmações do nosso provedor.

A nossa memória é curta e apenas nos lembramos de tudo o que é negativo, o mal está sempre presente e o bem é lembrado momentaneamente.

Sim é verdade que ligamos a Tv e assistimos a lições de vida, dadas por beldades vindas das passerelles, ex-jogadores de futebol, etc,mas porquê? Porque consumimos. Ligamos a Tv e assistimos a algo que está na moda "o mal dizer", honestamente não consigo, não suporto este género de formato, em primeiro lugar porque acho ridiculo e em segundo porque quem o faz..e se quem não conhece perder dois minutos a observar tira rápidas conclusões...

Outra das questões que levanto é o reconhecimento a valorização de quem tem causas nobres, o relevo que é dado apenas aos sectores mais mediáticos da sociedade...

Eu tenho uma máxima que é a seguinte:

"Vamos reconhecer e apoiar em vida grandes feitos, coragem e entrega ao próximo, deixemos de povoar lindos jardins com eternas e majestosas figuras de bronze..."

Diácono Luís
18-02-2009, 23:10
É sempre bom saber que não estamos sós...

Por isso fico contente por o Enter Sandman e o redeagle partilharem da minha opinião...

São só três exemplos, muitos mais haverá...

AJRS
23-02-2009, 9:48
É sempre bom saber que não estamos sós...

Por isso fico contente por o Enter Sandman e o redeagle partilharem da minha opinião...

São só três exemplos, muitos mais haverá...
Por estas e por outras é que se corre o risco de ver o Nordeste Transmontano transformado numa aldeia... GRANDE.Se as mentalidades não mudarem, se as mentalidades não evoluirem,se as mentalidades continuarem a achar que esta é uma "coutada"só de alguns...que sabe-se lá o que não serão capazes de fazer, sem o Zé Povinho ter conhecimento.Bom CARNAVAL :devil:

Diácono Luís
24-02-2009, 12:54
PENSAMENTOS DO PROVEDOR VII

A SOLUÇÃO DA CRISE ECONÓMICA EM PORTUGAL


Há anos quando viajava para o Chile, fiquei uma noite em São Paulo.

Esse desembarque, o transfer ao hotel, e, na manhã seguinte, o novo transfer até aeroporto, foi catastrófico.

Primeiro o grupo foi partido e alguns demoraram duas horas a percorrer os 6 Kms. que no separavam do hotel.

Depois, chegados ao hotel, estavam-se a preparar para fazer o mesmo de regresso ao aeroporto. Valeu um amigo meu, infelizmente já desaparecido, que se “estribou”, e do alto dos seus 1,85 m. e 115 Kgs. de peso disse que não era assim… o certo é que no outro dia lá estava uma frota de táxis à nossa espera para nos levar…

Chegado ao aeroporto mais um drama para embarcar sem pagar taxa de saída! É que ao fim e ao cabo tinha-mos dormido fora em escala… Lá se resolveu e a “porta do cavalo” abriu-se para nós.

Perante esta “Salsada” pus-me a pensar, e comentei isso com alguém do grupo que respondeu: - “Eles vivem porque a natureza lhes é pródiga”.

Pus-me a pensar e concluí que pode estar aí a nossa salvação: - Vender o que a natureza nos deu, e se o que ela nos deu for inesgotável, tanto melhor.

Pois é que isto de trabalhar e ser-mos competitivos é coisa rara… Há quase sempre alguém que faz mais barato ou melhor que nós.

Os inventores que temos e que são de grande qualidade, ou vendem as suas ideias para fora, ou vendem as suas empresas (com a ideia incluída), que muitas das vezes são extintas ou passam a gerar mais valias no exterior por deslocalização.

Assim, o que nos resta?

O Sol, o mar (as ondas), e o vento…

Ah! Como é bom!

Sentados na nossa varanda sobre o mar a tomar uma “cervejola” enquanto o mar com as suas ondas faz a nossa electricidade.

E eu aqui no Alentejo, sob um calor abrasados, “bebendo a cerveja”, e lá fora o “Soli” a produzir energia nos meus painéis foto voltaicos…

E o meu amigo Paulo de Vila Flor que no meio a da sua exploração de suínos tem umas ventoinhas enormes que produzem energia para todos. E ele a olhar para elas através das janelas, à lareira, "bebendo um cerveja" também…

Esqueçamos o turismo que dá trabalho e temos que ser simpáticos (nesta última parte até somos com facilidade, basta compararmo-nos os outros povos que colonizaram).

O que é preciso é energia, que dá para tudo… para o menino e para menina, pró papá e prá mamã.

Vejam lá se eu não tenho razão e se não há hoje gente que já se lembrou do assunto:

http://www.cbc.ca/mrl3/8752/news/features/durham-portugal081020.wmv

Acordem… é bom demais… é que se nós se todos fizermos o mesmo… será que a energia que exportávamos pagava a comida que necessitávamos?

Se todos fossemos polícias ou militares, quem pagariam os impostos que nos pagava os ordenados?

Este é sempre um grande dilema… E é deste equilíbrio que nasce o bem-estar dos povos.

Vesete
24-02-2009, 14:31
Uma interessante reflexão (mais uma), só que não me parece que no actual estádio de desenvolvimento das formas de transformar energia solar e eólica em energia consumivel (ou seja eléctrica) sejamos competitivos.

No fundo ainda é muito mais barato produzir energia eléctrica transformando o petróleo (creio que 90% da que consumimos tem essa fonte) e infelizmente quem passa o tempo a beber não digo cervejolas, mas champagne françês Don Perignón, na sua varanda, acompanhado por uma comitiva de odaliscas, são os nossos amigos árabes :envy:

Diácono Luís
24-02-2009, 15:07
Uma interessante reflexão (mais uma), só que não me parece que no actual estádio de desenvolvimento das formas de transformar energia solar e eólica em energia consumivel (ou seja eléctrica) sejamos competitivos.

No fundo ainda é muito mais barato produzir energia eléctrica transformando o petróleo (creio que 90% da que consumimos tem essa fonte) e infelizmente quem passa o tempo a beber não digo cervejolas, mas champagne françês Don Perignón, na sua varanda, acompanhado por uma comitiva de odaliscas, são os nossos amigos árabes :envy:

Claro que tens toda a razão...

Este escrito tem como finalidade abordar ao de leve um tema que é o da descoberta da pólvora sem fazer nenhum (ou muito pouco).

É frequente nós ouvirmos um comentário do género: - "O Fulano é que tem um emprego porreiro, não faz nenhum e ganha um ordenadão" ou "eu queria era ser GNR, ganhava bem e reformava-me aos 55", ou ainda "aquilo é o que está a dar... vou abrir uma loja..."

Ora é preciso perceber que os "espertos" só se governam enquanto houver "parvos" que paguem! Não é verdade?

_LM_
24-02-2009, 15:19
Até compreendo o teu ponto de vista, mas já estou a ver que o tema natureza não é o teu forte... :lol:

Tenho pena que aqui o norte do país esteja inundado de torres eólicas POR TUDO QUANTO É MONTE!

é como tudo na vida, é uma questão de dinheiro 1º, dps vem o resto....entenda-se o bem-estar... :swear:

A solução para a crise económica é o homem, e não os proveitos que podemos tirar da natureza (que em muitos casos cá no nosso grande país, são feitos de forma despropositada e incrivelmente estúpida)

Diácono Luís
24-02-2009, 15:42
Até compreendo o teu ponto de vista, mas já estou a ver que o tema natureza não é o teu forte... :lol:


Estás completamente enganado... tão enganado que te posso dizer que vivo do que a natureza me dá... e para que ela me o possa continuar a dar, tenho que a tratar muito bem...

Logo agradar-me-ia que por aqui também houvessem muitas torres eólicas (e estou num sítio com aptidões fantásticas para isso), e paineis foto voltaicos. Já no que toca ao mar - "na tenho ao pé de mim"...

_LM_
24-02-2009, 15:47
[quote="_LM_":20q3thqu]Até compreendo o teu ponto de vista, mas já estou a ver que o tema natureza não é o teu forte... :lol:


Logo agradar-me-ia que por aqui também houvessem muitas torres eólicas (e estou num sítio com aptidões fantásticas para isso), e paineis foto voltaicos. Já no que toca ao mar - "na tenho ao pé de mim"...[/quote:20q3thqu]

lá está caro provedor, mantenho a minha frase... a aptidão para a mãe natureza não é a melhor ;)

Diácono Luís
24-02-2009, 15:58
lá está caro provedor, mantenho a minha frase... a aptidão para a mãe natureza não é a melhor ;)

Então tens que me explicar... o teu pensamento está demasiado profundo para o meu entendimento...

Vesete
24-02-2009, 17:18
Há uma corrente dentro dos ambientalistas que defende que as transformações causadas na paisagem pelos moinhos é maléfica e entre outras coisas dificulta os movimentos migratórios de algumas aves.

Eu diria que é um mal menor se for sujeito a um ordenamento. Acho que os gases nocivos e o CO2 são um prejuízo mais grave.

Diácono Luís
24-02-2009, 18:00
Há uma corrente dentro dos ambientalistas que defende que as transformações causadas na paisagem pelos moinhos é maléfica e entre outras coisas dificulta os movimentos migratórios de algumas aves.

Eu diria que é um mal menor se for sujeito a um ordenamento. Acho que os gases nocivos e o CO2 são um prejuízo mais grave.

Há determinados locais onde não é possível instalá-las, ainda que as condições sejam excelentes.

Estive em Bragança há um mês, e nota-se que em Portugal não são postas as "ventoinhas" e do lado Espanhol estão lá.

Penso como tu dizes que muitas das vezes temos que optar pelo mal menor e preservar o mais possível. Mesmo sem a acção do homem, ou seja na essência mais pura que existe da natureza, há espécies que desapareceram.

Acho que neste momento o homem, se trabalhar bem, e de uma forma séria, e começarem a desenvolver formas de consumo à base de energia alternativas, o Homem pode melhorar o planeta.

Embora o CO2 seja hoje o maior problema, os maiores problemas ambientais que foram causados pelo homem foram os que danificaram o equilíbrio ecológico com a introdução de novas culturas e principalmente outras espécies animais (os coelhos na Austrália e as abelhas assassinas nos EU são a prova disso).

Penso que hoje uma das atitudes mais importantes é não misturar os "conteúdos" dos continentes!

Há tempos quando viajei para um país da América do Sul, creio que foi o Chile, uma das declarações que tínhamos que efectuar na alfândega era de que não trazíamos plantas.

Esse tipo de descuidos saem sempre muito caros.

Veja-se o caso da Madeira onde já está instalado o mosquito que transmite o Dengue. E tudo aconteceu porque se importaram umas palmeiras do Brasil para pôr no Jardim...

_LM_
24-02-2009, 20:37
Em parte estou de acordo diácono, a sustentabilidade terá de ser retirada ao planeta, dada a evolução tecnológica.

Mas eu e as torres eólicas não nos damos muito bem, passo a explicar:
Sou licenciado em geologia, e nem sou muito dado ao ambiente (digamos não sou sócio do greenpeace, embora já trabalhei com biólogos), mas aquando do meu estágio curricular na magnifica serra da Cabreira, em Vieira do Minho, estava em mãos um projecto de instalar um conjunto de 11 torres em TODA a cobertura do topo da Cabreira (situada a sul da serra do Gerês, praticamente encostadas), um local privilegiado, com vento, tudo de normal, mas...

...não fosse o topo da Serra da Cabreira, um dos únicos 3 locais do nosso país em que existem vestígios da ultima glaciação (neste caso periglaciação), com blocos de granito com fracturações horizontais, que deveriam ser património geológico (um dos meus trabalhos seria a tentativa de promoção a património... conhecem a história de david e golias??)

Ora, como acho que já perceberam o desfecho desta história, apenas acrescento que ainda é possível observar alguns vestígios no meio das torres, através de um caminho devidamente asfaltado pela serra acima...

Agora vemos a toda a volta torres eólicas, desde Montalegre, cabeceiras de basto, etc...apenas o Gerês ainda sobra, enquanto for Parque Nacional....

vá para fora cá dentro...veja o lindo país que temos, e principalmente fique a saber a borrada que fizemos para que fique lindo.


Penso que o tema da crise económica neste tópico com características ambientais, venho a tomar um rumo um pouco diferente do que se pretendia (a questão dos parvos e espertos tem, como é óbvio a sua lógica)

Quem sabe se o ambiente será um próximo pensamento :angel:

Diácono Luís
24-02-2009, 20:56
Muito obrigado pelas tuas explicações!

Como deves calcular não fazia a mínima ideia...

Mas ainda sobre o ambiente e sendo eu um leigo, sempre te digo que tenho uma preocupação imensa com o tema.

Claro que muitas das vezes há exigências ambientais, ainda que válidas, são incompativeis com a gestão. E não é só a económica. P.Ex, quando se diz que que 30 Ton. de material proveniente de combostagem adubam 1 Ha., é claro que quem tem que semear 200 ha... não é possível. Em termos convencionais resolve a situação com 200 Kgs./Ha. de adubo.

O que eu defendo é sempre a utilização de adubos menos agressivos, por exemplo nunca usar ureia e preferir um nitro amoniacal com cálcio incorporado para controlar a acidificação do solo. A rotação dos terrenos também é excelente, e utilização de sementes não esgotantes.

Claro que quando se fala no CO2 é que é produzido por uma vaca, já não podemos continuar a conversa...

Mas na verdade há algum cuidado no tema...

Quando for para os lados de Braga temos que nos encontrar, nem que seja para me mostrar essas tais fendas... Aguardo essa lição.

Quanto ao próximo tema dos PP, ele vai falar de Impostos, taxas, protecções, subvenções e algumas comparações de há 40 e de agora... vai ser longo...

MaMourão
25-02-2009, 15:56
...barato produzir energia eléctrica transformando o petróleo (creio que 90% da que consumimos tem essa fonte)
Energia de origem fóssil (petrólio, carvão e gás natural) representa cerca de 70% do consumo mundial de energia primária

Diácono Luís
25-02-2009, 18:49
...barato produzir energia eléctrica transformando o petróleo (creio que 90% da que consumimos tem essa fonte)
Energia de origem fóssil (petrólio, carvão e gás natural) representa cerca de 70% do consumo mundial de energia primária

E todos sabemos que é finita...

MaMourão
28-02-2009, 0:16
E todos sabemos que é finita...
É evidente que é finita, mas neste momento a preocupação em relação aos combustíveis, não é o facto de ser finita, muito menus o facto de ser poluente, o petróleo está aí para durar. O problema é a dependência, tanto o petróleo como o gás natural estão muito mal distribuídos geograficamente, o carvão nem tanto. Nós (nós=países não produtores) em termos energéticos estamos dependentes de países terceiros (países terceiros=os tais que ficam a beber champagne em quanto se riem de nós), muitos deles com uma elevada incerteza politica, que utilizam a sua produção como arma politica. Veja-se os recentes acontecimentos com o gás da Rússia.

A solução será diminuir a dependência, se cada um de nós conseguir poupar alguma energia estaremos a contribuir para essa diminuição de dependência. Mas todos nós temos os nossos prazeres, eu próprio acho que tenho a minha cota de contributo para com esta poupança, mas no entanto não deixo de dar umas voltas num carro que gasta 20 litros aos cem só por puro prazer.

As ventoinhas serão uma solução, para a não dependência energética, mas no actual panorama não serão o problema para a crise económica, as pessoas que todos os dias perdem os seus empregos, não devem estar muito preocupadas com as ventoinhas. Quanto á crise, eu tenho um lema, gasto tudo que tenho (leia-se tudo que ganho) mas não mais do que o que tenho. Ao gastar estou a consumir, ao consumir estou a contribuir para as vendas, ao contribuir para as vendas estou a contribuir para a produção, ao contribuir para a produção estou a contribuir para a manutenção do emprego de quem produz. Ao não gastar mais do que tenho estou a ir contra a corrente que ajudou a que a crise se instalasse.

Diácono Luís
28-02-2009, 6:15
[Quanto á crise, eu tenho um lema, gasto tudo que tenho (leia-se tudo que ganho) mas não mais do que o que tenho. Ao gastar estou a consumir, ao consumir estou a contribuir para as vendas, ao contribuir para as vendas estou a contribuir para a produção, ao contribuir para a produção estou a contribuir para a manutenção do emprego de quem produz. Ao não gastar mais do que tenho estou a ir contra a corrente que ajudou a que a crise se instalasse.

Bem pensado...

Diácono Luís
09-03-2009, 19:29
PENSAMENTOS DO PROVEDOR VIII


Vou hoje voltar a falar de impostos e taxas no aspecto mais diversificado.

Uma das coisas que mais impressão me faz é a forma como se gasta o dinheiro dos contribuintes!

Para o ser com o mínimo de bom senso, esse dinheiro, está próximo de algo sagrado!

É que sempre que dispomos como nosso, de algo que o não é, esse sentimento deve estar presente em cada um de nós. É como um amigo nos emprestar o carro, digamos assim…

Sem qualquer espécie de análise política ou económica, e muito menos saudosismo, não pude deixar de pensar nas obras feitas em 40m anos de Estado Novo, e aquelas que se fizeram depois. Os meios que havia antes, e os que foram dispostas à nossa disposição depois (nestes incluem-se os fundos comunitários).

Este antes e depois, revela um aspecto deveras preocupante: - Se indexarmos o que se fez ao seu custo relativo, e aos impostos cobrados nesse tempo, ficamos perfeitamente perplexos como tanta coisa foi feita com tão poucos impostos cobrados.

Seguidamente pus-me a pensar onde estava esse aumento de custo relativo…

Pois bem aquilo que encontrei foi um aumento incrível de serviços do Estado (câmaras Municipais sobretudo), pouco produtivos naturalmente. Ou seja aumentámos o tecido pouco produtivo ao princípio com uma intenção, mas na parte final creio já ter havido alguma satisfação de clientela de contornos eleitorais.

Então temos hoje um país que qualquer obra pública, mesmo que barata, está sempre onerada por uma quantidade imensa de custos fixos, não dela propriamente dita, mas de todo um Staff gigantesco.

Como descer, neste caso, é pior que subir, temo que o custo para as gerações vindouras seja um preço não suportável.

E já que falamos em gerações futuras, também há dados que me surpreendem!

Portugal é dos países com menor número de nascimentos por habitante.

Isto já de si é péssimo. Mas, mais curioso, e deveras preocupante, é que esses nascimentos em mais de 50% (creio que chega a rondar os 70%), são se filhos de imigrantes. Ou seja: - Daqui a vinte e cinco anos o tecido produtivo português de jovens é constituído por quase 70% de portugueses não oriundos de pais portugueses!

Portugal é um país que tradicionalmente se relaciona bem com os povos e recebe-os bem no seu seio. Mas se os Portugueses forem maioritariamente filhos de “não portugueses”, pela sua cultura, como irá ser?

Na história há um caso de sucesso neste aspecto. Os Estados Unidos da América, pese embora as suas contradições, convulsões, criminalidade, etc. Mas será que cá vai ser assim? Uma coisa parece certa: - Os valores culturais da nossa história estão seguramente postos em causa, não com intenção, mas porque representa muito pouco para os novos portugueses.

Por outro lado, outra diferença entre os Estados Unidos e Portugal, é que os primeiros ocuparam uma terra quase vazia (excepção feita aos índios), e organizaram-se a partir de uma folha em branco, ou quase. Nós temos uma origem de 900 anos, que para o bem e para o mal, nos trouxe alguma identidade.

AS TAXAS E OS IMPOSTOS

Uma das coisas mais interessantes de estabelecer á a comparação da forma de cobrar impostos, e taxas, de há cinquenta anos para cá.

O facto de Portugal ter uma Fronteira, possibilitava ao governo um grande número de receitas, e a possibilidade de proteger a sua Industria e Agricultura como entendesse, e tivesse por bem.

Alguns exemplos:

1 - Enquanto que hoje, haja dinheiro, podemos comprar os carros que quisermos, no antigamente não era bem assim…

Aqueles que queriam ter essa liberdade, tinham que ser montados cá. Por isso nasceram um tão grande número de linhas de montagem em Portugal.

Os que não eram compensador montar, pelo reduzido número de unidades que se vendiam, eram importados estavam sujeitos a um número, ferozmente controlado, pelos BRI (Boletim de Registo de Importação) atribuídos.

Que o diga eu que tenho e felicidade de possuir um FIAT 127 que foi importado de Itália, já montado, uma vez que a FIAT não ia vender os carros de gama alta (FIAT 132), que tinha direito de importar, uma vez que dados os tempos revolucionários que se viviam, não se vendiam.

Abaixo uma foto do meu carro em competição em Vila do Conde…

9393

2 - Outro exemplo de protecção, neste caso à agricultura e ao consumidor, como bem de primeira necessidade, era o pão!

Durante décadas, o pão ao consumidor, ombreava com o preço de um quilo de trigo pago ao agricultor.

Então um organismo do Estado, a FNPT (Federação Nacional dos Produtores de Trigo), tinha entre outras funções, a obrigatoriedade de comprar a produção ao agricultor, a um preço razoável que era semelhante a um quilo de pão na padaria.

Como é que isto sucedia? – Fácil! O agricultor era obrigado a vender à FNPT (não podia vender a quem queria) e as Moagens eram obrigadas a comprar à FNPT, que por sua vez regulava em exclusivo as importações e comercialização de sementes, que lhes vendia a um preço mais barato que a compra ao agricultor! A diferença era uma subvenção que era concedida pelo estado.

Por outras palavras não havia o “regabofe” de dar subsídios para não fazer nada como há hoje, e cada agricultor não praticava o “faz de conta” que hoje se vive. Era tudo a sério.

O Pão era barato, o agricultor razoavelmente pago, e a população em geral, no caso específico do pão, também estava salvaguardada. Gastava-se o dinheiro dos impostos nisto…

Para aqueles que gostam de estudar, dêem-se ao trabalho de comparar há 40 anos o preço de um quilo de trigo/quilo de pão. E depois comparem com os de hoje.

3 – Falta-nos agora falar de o imposto para ricos! A Licença Anual para Uso de Acendedores e Isqueiros!

É verdade! No tempo da outra senhora era preciso ter Licença Anual para Uso de Acendedores e Isqueiros. E porquê?

A explicação oficial que tal medida destinava-se a proteger a indústria fosforeira nacional, que à semelhança dos tabacos, eram uma fonte de receitas fiscais importantes para o Estado, as tais que lhe possibilitavam vender o pão àquele preço que vimos.

Para quem pense que tal facto era um assunto barato, esqueça… Essa licença custava uma fortuna e só estava ao alcance de pessoas ricas. Quem hoje compra um isqueiro BIC, não tinha naquela altura dinheiro para pagar a licença.

O seu preço em 1949 era de 40$00 (quarenta escudos), numa altura em que o salário diário andaria pelos 5$00…

Portanto o que era caro não era a compra do isqueiro, mas si a sua manutenção em impostos, tal como sucede hoje com os automóveis.

Imagino que naquele tempo só se venderiam isqueiros muito caros

9394

Bem, o escrito de hoje acabou, ao correr da pena, por ser mais uma dissertação sobre história (se me viro para a Porsche qualquer dia, o Zico e o ACE ficam no desemprego).

Mas às vezes é interessante saber algo do passado, também ele com muitos erros, para perceber alguns dos que se cometem no presente

zico
09-03-2009, 20:48
E o que impressionou mais na cobrança das licenças para uso de isqueiros é que foi um expediente que vigorou muito para além de 1949. Muita gente aqui ainda as deve ter guardadas.

Ace
09-03-2009, 21:48
Mais uma brilhante dissertação do provedor...

Quanto à famosa licença para uso de isqueiros, ela não incidia sobre a posse mas sim sobre o uso e apenas no exterior. A utilização "debaixo de telha" não carecia de licença

Tal qual o actual IUC :rofl:

zico
09-03-2009, 22:00
Quanto à famosa licença para uso de isqueiros, ela não incidia sobre a posse mas sim sobre o uso e apenas no exterior. A utilização "debaixo de telha" não carecia de licença

Com que então és desse tempo, hein? :^) Já percebo a tua fixação no 356...

901
09-03-2009, 22:09
Sr Provedor,
O 127 nas curvas para a esquerda também levantava a roda de dentro ?

Fuchs
10-03-2009, 9:03
Sr Provedor,
O 127 nas curvas para a esquerda também levantava a roda de dentro ?

:lol: :rofl:

nineeleven_turbo
10-03-2009, 15:29
Mais uma brilhante dissertação do provedor...

Quanto à famosa licença para uso de isqueiros, ela não incidia sobre a posse mas sim sobre o uso e apenas no exterior. A utilização "debaixo de telha" não carecia de licença

Tal qual o actual IUC :rofl:

Exactamente, alias, na região de Trás-os-Montes, pelo menos que tenha conhecimento em zonas como Vila Flor, Carrazeda, Pinhal do Douro, etc, locais por onde a PIDE tinha o habito de passar e levar sempre alguem com eles, havia o habito de usarem uma telha para fumarem na rua, com o objectivo de "picarem" os agentes.

Diácono Luís
10-03-2009, 16:40
Sr Provedor,
O 127 nas curvas para a esquerda também levantava a roda de dentro ?

às vezes...

tex
10-03-2009, 16:47
Caro Diácono
Afinal quem conta consigo como professor para o Rennen II, sou eu ;)

Diácono Luís
10-03-2009, 19:23
Caro Diácono
Afinal quem conta consigo como professor para o Rennen II, sou eu ;)

Onde é que eu errei para ter tamanha distinção? :inlove: É que neste país é tudo ao contrário. :swear:

tex
10-03-2009, 21:34
Onde é que eu errei para ter tamanha distinção? :inlove: É que neste país é tudo ao contrário. :swear:
Ah, não sabe :angel:
Com que então, não tem experiência nenhuma, não sabe andar em circuitos, é tudo novidade para si não é? :o
Afinal já andou nessas andanças e não dizia nada. :lol:
Por aquilo que julgo saber não é fácil andar na frente dum Simca e dum Visa e com certeza mais bem preparados que o 127.
Sim senhor os meus parabéns. :clap:

Diácono Luís
10-03-2009, 22:06
[Por aquilo que julgo saber não é fácil andar na frente dum Simca e dum Visa e com certeza mais bem preparados que o 127.


Os bons já tinham passado... Eu era o primeiro dos que não prestavam...

E já agora uma foto tirada na tua terra. No "S" da Rampa da Pena.

MRS
10-03-2009, 22:10
Isto a subir é de caras:

A descer é que é mais emocionante. :o :o :o :^) :^) :^)

MRS

901
10-03-2009, 22:14
É pá !!! desta vez estão as duas rodas no ar (grande cascadeur)

Mas continua a intrigar-me porque é que isto acontece só nas curvas para a direita... não há alguma foto para a esq.?

Diácono Luís
10-03-2009, 22:15
É pá !!! desta vez estão as duas rodas no ar (grande cascadeur)

Mas continua a intrigar-me porque é que isto acontece só nas curvas para a direita... não há alguma foto para a esq.?

Andas a ver se alguém manda uma boca...

tex
10-03-2009, 22:16
:clap: :clap: sempre a poupar... pneus :rofl:
Vivo perto, mas a terra onde nasci é mais encarnada e faz mais calor, lá para os lados onde está o nosso amigo José Aguiar. :lol:

tex
10-03-2009, 22:19
Repararam no patrocinio?
Será montagem fotográfica? :rofl:

Diácono Luís
11-03-2009, 14:51
Repararam no patrocinio?
Será montagem fotográfica? :rofl:

Qual patrocínio?

nineeleven_turbo
11-03-2009, 15:15
Repararam no patrocinio?
Será montagem fotográfica? :rofl:

Qual patrocínio?

Com KONI isto não acontecia :rofl:

redMX5
11-03-2009, 17:56
É pá !!! desta vez estão as duas rodas no ar (grande cascadeur)

Mas continua a intrigar-me porque é que isto acontece só nas curvas para a direita... não há alguma foto para a esq.?

Andas a ver se alguém manda uma boca...


Das fotos que já vi desse Fiat 127, dá-me sempre a sensação que as rodas do lado esquerdo têm bastante mais grip do que as do lado direito. É capaz de ser uma questão de distribuição de pesos... :tmi:

Diácono Luís
11-03-2009, 18:06
É pá !!! desta vez estão as duas rodas no ar (grande cascadeur)

Mas continua a intrigar-me porque é que isto acontece só nas curvas para a direita... não há alguma foto para a esq.?

Andas a ver se alguém manda uma boca...


Das fotos que já vi desse Fiat 127, dá-me sempre a sensação que as rodas do lado esquerdo têm bastante mais grip do que as do lado direito. É capaz de ser uma questão de distribuição de pesos... :tmi:

Faltava uma gracinha para o 901 :devil:

901
11-03-2009, 22:22
É pá !!! desta vez estão as duas rodas no ar (grande cascadeur)

Mas continua a intrigar-me porque é que isto acontece só nas curvas para a direita... não há alguma foto para a esq.?

Andas a ver se alguém manda uma boca...


Das fotos que já vi desse Fiat 127, dá-me sempre a sensação que as rodas do lado esquerdo têm bastante mais grip do que as do lado direito. É capaz de ser uma questão de distribuição de pesos... :tmi:
Faltava uma gracinha para o 901 :devil:[/quote]



Exactamente Sr Provedor... estava à espera que alguém comentasse a distribuição de pesos, quando Sua Eminência está a conduzir a solo.

Pois se estavam à espera de algum comentário menos agradável... enganaram-se porque sou dos poucos de aqui que conheceu o antigo piloto Mário Barroso, agora empossado das funções que todos nós conhecemos (e num futuro próximo outras funções de menor relevo), que naquela época não desiquilibrava o 27, pois era de uma elegância que fazia inveja a muitos pilotos daquela altura... qual Alain Delon !!!

jorge
11-03-2009, 22:27
Exactamente Sr Provedor... estava à espera que alguém comentasse a distribuição de pesos, quando Sua Eminência está a conduzir a solo.

Pois se estavam à espera de algum comentário menos agradável... enganaram-se porque sou dos poucos de aqui que conheceu o antigo piloto Mário Barroso, agora empossado das funções que todos nós conhecemos (e num futuro próximo outras funções de menor relevo), que naquela época não desiquilibrava o 27, pois era de uma elegância que fazia inveja a muitos pilotos daquela altura... qual Alain Delon !!!

ver para crer ! ----venham daí as fotos do provedor Alain Delon :rofl:

Peiroteu
11-03-2009, 23:17
Repararam no patrocinio?
Será montagem fotográfica? :rofl:
Eu reparei! - À frente, sobre a grelha.
Já naquela altura havia quem se preocupasse com o consumo de ÁGUA.

901
12-03-2009, 0:26
Eu reparei! - À frente, sobre a grelha.
Já naquela altura havia quem se preocupasse com o consumo de ÁGUA.

Caro Peiroteu, não era água, mas sim Agfa.
Era a forma que Ele encontrou para o Xtrd lhe modificar as fotografias e no fim oferecer-las como patrocínio.

Ace
12-03-2009, 7:07
Exactamente Sr Provedor... estava à espera que alguém comentasse a distribuição de pesos, quando Sua Eminência está a conduzir a solo.

Pois se estavam à espera de algum comentário menos agradável... enganaram-se porque sou dos poucos de aqui que conheceu o antigo piloto Mário Barroso, agora empossado das funções que todos nós conhecemos (e num futuro próximo outras funções de menor relevo), que naquela época não desiquilibrava o 27, pois era de uma elegância que fazia inveja a muitos pilotos daquela altura... qual Alain Delon !!!


Não tenho fotos mas confirmo ]:)

Ace
12-03-2009, 7:12
num futuro próximo .....menor relevo

...estará o provedor a pensar fazer dieta :angel: :x

Diácono Luís
12-03-2009, 14:47
Exactamente Sr Provedor... estava à espera que alguém comentasse a distribuição de pesos, quando Sua Eminência está a conduzir a solo.

Pois se estavam à espera de algum comentário menos agradável... enganaram-se porque sou dos poucos de aqui que conheceu o antigo piloto Mário Barroso, agora empossado das funções que todos nós conhecemos (e num futuro próximo outras funções de menor relevo), que naquela época não desiquilibrava o 27, pois era de uma elegância que fazia inveja a muitos pilotos daquela altura... qual Alain Delon !!!

ver para crer ! ----venham daí as fotos do provedor Alain Delon :rofl:

Às vezes gostava de responder em Alentejano Profundo:

"Diz o Melro para o Picanço..."

Diácono Luís
12-03-2009, 17:19
Bem, como sou generoso e bom, como qualquer provedor, aqui vão duas fotos do Alain Delon...

901: Lembras-te daqueles autocolantes de "verificado"?

9397
9398

Diácono Luís
12-03-2009, 17:22
Repararam no patrocinio?
Será montagem fotográfica? :rofl:
Eu reparei! - À frente, sobre a grelha.
Já naquela altura havia quem se preocupasse com o consumo de ÁGUA.

O patricinador era "AGIFA"

Diácono Luís
12-03-2009, 17:27
Exactamente Sr Provedor... estava à espera que alguém comentasse a distribuição de pesos, quando Sua Eminência está a conduzir a solo.

Pois se estavam à espera de algum comentário menos agradável... enganaram-se porque sou dos poucos de aqui que conheceu o antigo piloto Mário Barroso, agora empossado das funções que todos nós conhecemos (e num futuro próximo outras funções de menor relevo), que naquela época não desiquilibrava o 27, pois era de uma elegância que fazia inveja a muitos pilotos daquela altura... qual Alain Delon !!!

Bem, ainda que difícil consegui descobrir duas fotos, que dá para ver que a tua teoria estava errada.

9399
9400

nineeleven_turbo
12-03-2009, 17:37
Impressionante, a roda esquerda da frente nunca levanta :^)

Fuchs
12-03-2009, 18:16
Impressionante, a roda esquerda da frente nunca levanta :^)

:geek:

Ace
12-03-2009, 18:38
Bem, ainda que difícil consegui descobrir duas fotos, que dá para ver que a tua teoria estava errada.

Diácono, só por curiosidade a 1ª foto é da 2ª ou da 3ª rampa?

Bem, não é só por curiosidade. Depois explico...

tex
12-03-2009, 18:56
Repararam no patrocinio?
Será montagem fotográfica? :rofl:O patricinador era "AGIFA"
Pensei que fosse "AGFA" :lol:
Diácono, são uma cambada de invejosos, um pilotaço já não pode brilhar que são todos a malhar. :clap:
Eu não me admirava nada se aparecerem fotos do provedor a poupar pneu no Rennen II. :rofl:

Diácono Luís
12-03-2009, 18:56
Bem, ainda que difícil consegui descobrir duas fotos, que dá para ver que a tua teoria estava errada.

Diácono, só por curiosidade a 1ª foto é da 2ª ou da 3ª rampa?

Bem, não é só por curiosidade. Depois explico...

Não é fácil saber! Não vejo o número.

Eu tenho um album com datas, mas esta não está no album. E como não se vê o número...

Não sei... mas ainda posso tentar ver melhor...

Diácono Luís
12-03-2009, 18:58
Impressionante, a roda esquerda da frente nunca levanta :^)

:devil: :@ :devil: :@

901
12-03-2009, 18:59
Bem, como sou generoso e bom, como qualquer provedor, aqui vão duas fotos do Alain Delon...

901: Lembras-te daqueles autocolantes de "verificado"?

Os do EVS, claro que sim.
Já agora que ano é o Rali James?
Curiosamente o pronto socorro que está por trás, era de uma oficina (que ainda existe hoje) que reparou o Escort Cosworth que me queria matar.

Diácono Luís
12-03-2009, 19:02
Bem, como sou generoso e bom, como qualquer provedor, aqui vão duas fotos do Alain Delon...

901: Lembras-te daqueles autocolantes de "verificado"?

Os do EVS, claro que sim.
Já agora que ano é o Rali James?
Curiosamente o pronto socorro que está por trás, era de uma oficina (que ainda existe hoje) que reparou o Escort Cosworth que me queria matar.

Fiz dois ralis... Um 1978 e outro em 1979

901
12-03-2009, 19:07
[quote="Diácono Luís":3ow8g0ja]Bem, como sou generoso e bom, como qualquer provedor, aqui vão duas fotos do Alain Delon...

901: Lembras-te daqueles autocolantes de "verificado"?

Os do EVS, claro que sim.
Já agora que ano é o Rali James?
Curiosamente o pronto socorro que está por trás, era de uma oficina (que ainda existe hoje) que reparou o Escort Cosworth que me queria matar.

Fiz dois ralis... Um 1978 e outro em 1979[/quote:3ow8g0ja]

Eu também fiz estes dois.
O de 78 em 240Z
O de 79 em Golf Diesel

redMX5
12-03-2009, 20:37
http://imgcash6.imageshack.us/img212/4156/portalegre.jpg

E para onde estaria o Alan Provedor a olhar naquela altura com aqueles olhos tão perspicazes?

Aceitam-se sugestões...

Diácono Luís
12-03-2009, 20:50
Eu também fiz estes dois.
O de 78 em 240Z
O de 79 em Golf Diesel

Huummm!

O de 1978 foi ganho por um Porsche de todos os dias, não foi?

Foi um em que no Mequêpê levou um Chevette de série.

Depois nas Camélias estreou um de Grupo 4, cuja matrícula se bem lembro era o RVA 851 S.

Acho que tinha sido conduzido anteriormente pelo Pentti Arikkala nos ralis ingleses, daí ter volante à esquerda...

Como estamos velhos...

Diácono Luís
12-03-2009, 20:52
http://imgcash6.imageshack.us/img212/4156/portalegre.jpg

E para onde estaria o Alan Provedor a olhar naquela altura com aqueles olhos tão perspicazes?

Aceitam-se sugestões...

Parece-me que isto vai descambar... :devil:

Mas o poder do Provedor é imenso. I os post's :@

MRS
12-03-2009, 21:43
Vocês estão velhos e eu...

Fiz as Camélias de 1973 com o Celso Vieira da Silva.Vitória no Grupo 2 e acho que 6º da geral.

MRS

901
12-03-2009, 22:16
Eu também fiz estes dois.
O de 78 em 240Z
O de 79 em Golf Diesel

Huummm!

O de 1978 foi ganho por um Porsche de todos os dias, não foi?

Foi um em que no Mequêpê levou um Chevette de série.

Depois nas Camélias estreou um de Grupo 4, cuja matrícula se bem lembro era o RVA 851 S.

Acho que tinha sido conduzido anteriormente pelo Pentti Arikkala nos ralis ingleses, daí ter volante à esquerda...

Como estamos velhos...

Queres ver a memória de velho a funcionar ?
O saudoso Mêquêpê, meu colega de equipa na James, leva o Chevette em 79 (e não 78) quando eu vou de Golf Diesel... tens umas luzes Provedor, boa memória! Só que eu me lembro melhor porque se passou comigo.
E agora vou-te falar do rali. Os 2 carros em teoria, não faziam muita diferença um do outro, a diferença estava mais na equipa GM que estava por detrás do Chevette e queriam publicitáriamente "fazer barulho". No Golf meti-lhe o obrigatório Roll-bar, quatro TB5 (tinham que dar para chuva e seco) e uns amortecedores "made by Jorge" e estava a preparação feita. Durante o rali andamos segundo para lá, segundo para cá, até que já na última etapa de noite, a chover, no troço Sra. da Assunção em Sto. Tirso, tive uma saída que por sorte deu para meter num caminho a descer muito. Lá no fundo uma escuridão imensa, não dava para fazer inversão de marcha, então tivemos de vir de marcha-atrás e os TB5 a escorregar na lama, perdemos muito tempo.
Conclusão, ficamos salvo erro em 23ºs da geral a 1 minuto do Mêquêpê.

Também em 1979 com este mesmo Golf Diesel 1500cc fui ver a minha 1ª corrida de fórmula 1 em Jarama e depois em Setembro levou-me a MONZA ver a fórmula 1 e concumitantemente a corrida Procar... isto foi há 30 anos!!! e nós meu amigo, continuamos a gostar de automóveis.

diaboliquemotorsport
13-03-2009, 7:26
Depois nas Camélias estreou um de Grupo 4, cuja matrícula se bem lembro era o RVA 851 S.

Acho que tinha sido conduzido anteriormente pelo Pentti Arikkala nos ralis ingleses, daí ter volante à esquerda...

Como estamos velhos...[/quote]

Bem o volante era .... á direita !
Realmente era esse carro.
Passados uns anos comprei-o ao Pequepe, já volante á esquerda, e nos documentos ingleses, constava como anterior proprietário DTV, ou seja Dealer Team Vauxhall.
O carro ainda está em Portugal, em Coimbra,com essa matricula e com esses documentos.
Está restaurado, mas o motor parece estar desaparecido depois de ter sido enviado para Inglaterra para reparar.
Um verdadeiro carro de fábrica.

Diácono Luís
13-03-2009, 23:25
901 escreveu: e uns amortecedores "made by Jorge"

Ainda funciona o Jorge dos Amortecedores?

Pessoa de muitas histórias... E tem uma...

Nos amortecedores trabalham-se com brocas muito, muito finas...

O Jorge um dia estava com uma segura nos lábios, e zás... engoliu-a.

Foi para hospital e fizeram-lhe um RX, e da broca... nada. Não havia broca nenhuma.

Então os médicos duvidaram... o Jorge dizia que não...

Então o Jorge arranjou uma broca igual, colou-a ao corpo com adesivo e fez um RX. A broca não aparecia...

Foi quando os médicos se convenceram que ele podiam mesmo ter engolido a broca.

Já não me recordo do fim da história, mas sei que acabou bem...

Podes confirmá-la?

Diácono Luís
13-03-2009, 23:30
Depois nas Camélias estreou um de Grupo 4, cuja matrícula se bem lembro era o RVA 851 S.

Acho que tinha sido conduzido anteriormente pelo Pentti Arikkala nos ralis ingleses, daí ter volante à esquerda...

Como estamos velhos...

Bem o volante era .... á direita !
Realmente era esse carro.
Passados uns anos comprei-o ao Pequepe, já volante á esquerda, e nos documentos ingleses, constava como anterior proprietário DTV, ou seja Dealer Team Vauxhall.
O carro ainda está em Portugal, em Coimbra,com essa matricula e com esses documentos.
Está restaurado, mas o motor parece estar desaparecido depois de ter sido enviado para Inglaterra para reparar.
Um verdadeiro carro de fábrica.[/quote]

Obrigado pelo esclarecimento. A verdade é que eu nunca me lembro do carro ter tido volante à direita.

E como o Pentti era piloto do DTV naquela época, tinha a convicção que o carro fosse dele.

Espero que essa história do motor se resolva... Esse carro era lindo... e como dizes - Um verdadeiro carro de fábrica.

901
14-03-2009, 19:55
901 escreveu: e uns amortecedores "made by Jorge"

Ainda funciona o Jorge dos Amortecedores?

Pessoa de muitas histórias... E tem uma...

Nos amortecedores trabalham-se com brocas muito, muito finas...

O Jorge um dia estava com uma segura nos lábios, e zás... engoliu-a.

Foi para hospital e fizeram-lhe um RX, e da broca... nada. Não havia broca nenhuma.

Então os médicos duvidaram... o Jorge dizia que não...

Então o Jorge arranjou uma broca igual, colou-a ao corpo com adesivo e fez um RX. A broca não aparecia...

Foi quando os médicos se convenceram que ele podiam mesmo ter engolido a broca.

Já não me recordo do fim da história, mas sei que acabou bem...

Podes confirmá-la?

É verdade sim senhor.

O Jorge Rodrigues continua bem, agora ajudado pelo filho Miguel que às vezes também faz ralis.
Ainda na 5ª feira fui lá buscar os amortecedores do Carrera, que sempre foram tratados pelo Jorge.
Agora a curiosidade, a 1ª vez que o Jorge me preparou uns amortecedores foi em 73 para o Troféu Datsun e continua a ser ele a tratar dos amortecedores dos meus carros, antigos ou modernos, já lá vão quase... anos (sou mesmo antigo).
Esta relação de amizade ao fim destes anos todos, é bonita, não é ?

Ace
15-03-2009, 10:30
Já não me recordo do fim da história, mas sei que acabou bem...

Podes confirmá-la?


Oh Diácono, o fim da história é incontável...

Digamos que o Jorge aguardou com ansiedade que a broca "saísse" de forma "natural", só descansando quando a encontrou...

o resto deixo à v/imaginação

Diácono Luís
15-03-2009, 10:33
Já não me recordo do fim da história, mas sei que acabou bem...

Podes confirmá-la?


Oh Diácono, o fim da história é incontável...

Digamos que o Jorge aguardou com ansiedade que a broca "saísse" de forma "natural", só descansando quando a encontrou...

o resto deixo à v/imaginação

Isso é verdade, estás a divagar... É que as hipóteses de objecto sair sem estragos... graves... é comparável ao sobreviver a um acidente aéreo!

Ace
15-03-2009, 10:48
[quote="Diácono Luís":1xymt18b]

Já não me recordo do fim da história, mas sei que acabou bem...

Podes confirmá-la?


Oh Diácono, o fim da história é incontável...

Digamos que o Jorge aguardou com ansiedade que a broca "saísse" de forma "natural", só descansando quando a encontrou...

o resto deixo à v/imaginação

Isso é verdade, estás a divagar... É que as hipóteses de objecto sair sem estragos... graves... é comparável ao sobreviver a um acidente aéreo![/quote:1xymt18b]

Pois é mas, se a memória não me atraiçoa, foi o que aconteceu.

O 901 certamente pode confirmar

quanto às hipóteses de a encontrar... :x :x :x

Diácono Luís
15-03-2009, 13:55
quanto às hipóteses de a encontrar... :x :x :x

Direi mais... :devil: :devil: :devil:

Diácono Luís
28-03-2009, 23:17
A ÉTICA



Não fui ver o significado ao dicionário… mas vou agir como se fosse um “conjunto de regras de relacionamento entre as pessoas, regulamentadas ou não, que o bom senso acha como correctas”.

É neste espírito que se insere a história de hoje…

Sem mais demoras, vejam o panfleto publicitário que foi distribuído aos clientes desta empresa e demais pessoas. Leiam:

9402

Não sei se juridicamente é legal ou ilegal, e na análise que vou fazer até nem é o mais importante, vou-me cingir a analisá-lo do ponto de vista ético.

Quando alguém procura uma oficina e entrega o seu carro para reparação, é suposto que esta desenvolva o melhor trabalho com o melhor preço. E é tudo!

Se for uma Companhia de Seguros a pagar, obviamente que a situação deve ser igual.

A única coisa que deve separar uma reparação paga pelo proprietário ou o Companhia de Seguros prende-se com o material aplicado. Muitas vezes com o dono a pagar recupera-se algo que no caso da companhia seria exigido novo, uma vez que reparado não fica a 100%, e a Companhia de Seguros contratualmente está obrigada a isso.

Agora ao pagar ao proprietário do carro 5% do valor da reparação, em numerário, levanta logo dois problemas éticos:

1 – Se a oficina gratifica (sim, eu disse gratifica e não foi entre aspas) o proprietário do carro a reparar, é porque está a cobrá-lo a mais à Companhia de Seguros. Alguém duvida disto?

2 – Quanto ao proprietário, uma vez tido o acidente, se calhar compensa dar uma “porrada” um pouco maior, já que o seu pecúlio aumenta significativamente. Há que bater o mais forte possível, mas cuidado… que não seja perca total, já que assim não há gratificação para ninguém…

O mais grave neste caso é que não se diz… escreve-se e divulga-se…

Inacreditável não é?

Vesete
29-03-2009, 15:01
De facto inacreditável :o

pbserra
29-03-2009, 15:31
Realmente nem dá para acreditar ..... até me faltam as palavras para uma tamanha lata, isto é vindo de uma empresa certificada, que certamente gostaria de ver isto, ou não sei lá.

redMX5
29-03-2009, 17:38
Eu diria até que para além de deixar de ter qualquer confiança numa oficina ou qualquer empresa que se publicite desta forma estamos perante um caso de uma burla publicitada.
Acho que seria caso para uma queixa.

paulatinamente
29-03-2009, 20:10
Resumindo: se eu cliente conseguir que o meu veículo seja reparado na empresa referenciada

pela companhia de seguros, eu passo de cliente a contractado. É devido a esta forma de

actuação por parte de alguns gestores que nós temos cada vez mais desconfiança de

algumas áreas profissionais, comprometendo aqueles que actuam de forma lícida e éticamente

correcta.

zico
02-04-2009, 16:09
[justify:1p6dsso2]Eu vou fazer aqui um bocado o papel de Advogado do diabo, mas parece-me, salvo melhor opinião, que a perspectiva sob a qual está a ser julgada esta “campanha” não será a mais correcta. Sob ponto de vista jurídico, não vejo à primeira vista qualquer ilegalidade. Por outro lado, mesmo quanto à questão ética, eu tenho sérias dúvidas que ela também possa ser suscitada.

O problema é que vocês foram todos atrás da interpretação que foi apontada pelo Diácono, que foi, de certa forma, ligeiramente perversa e perniciosa, podendo não corresponder à verdade. E isto porque o Diácono parte do princípio que a Companhia de Seguros vai ser enganada, já que terá que pagar e suportar o prémio/gratificação a dar ao cliente. Mas isso (que até pode muito bem acontecer) está apenas a ser presumido e concluído por ele. Pode não ser nada disso que aconteça na realidade. Os 5% da gratificação podem, ao invés, vir a ser retirados da margem de lucro da própria oficina, ficando ela satisfeita com uma menor margem (é certo) mas por outro lado, capitalizando em mais serviço e em mais clientela.

Na minha interpretação, esta Campanha visa apenas “atacar” as oficinas oficiais das marcas (reparem na preocupação do cabeçalho “também oficina Multimarca”) e, em resposta à 2.ª questão suscitada (a de incentivar ao acidente) também não me parece nada que isso aconteça. Até porque, na minha perspectiva, o target desta campanha é apenas dirigido áqueles que intervêem num acidente sem culpa, isto é, aqueles proprietários de automóveis danificados que terão os seus danos ressarcidos pela Seguradora do veículo terceiro causador do acidente. Vou dar um exemplo:

Imaginemos que eu tenho um acidente com culpa exclusiva de outrem. Como eu sei que a Companhia de Seguros dessa pessoa vai arcar com todos os custos, eu nem penso duas vezes: mando o meu carro imediatamente para o Centro Porsche – a oficina da marca - a melhor! Ora, provavelmente, se a culpa tivesse sido minha, eu já tentava mandar fazer a reparação num mecânico do meu bairro, muito mais económico e não o levava à marca oficial. O que a Bouticauto pretende é que, antes de decidir levar o meu carro ao Centro Porsche, eu equacione a possibilidade de o levar à Bouticauto, tentado pelo bónus da percentagem da reparação. Se partirmos do princípio que a Bouticauto tem a posssibilidade de reparar o meu carro com o mesmo nível de qualidade da oficina Oficial (o que é dificil na Porsche, mas se calhar mais fácil em relação a outras marcas) então eu saio beneficiado por escolher a Bouticauto, já que, para além de ver o meu carro totalmente reparado, vou ser compensado pessoalmente com um bónus em dinheiro por eles oferecido.

Assim, é impensável e ilógico, olharmos para esta oferta e pensarmos que vamos dar sic "uma porrada" no nosso carro propositamente só para conseguirmos beneficiar de 5% dos custos de reparação. Se tivermos seguro apenas contra terceiros, não nos serve de nada porque temos a culpa e os custos da reparação equivalentes a 95 %. Se tivermos seguro contra todos os riscos, para além dos inconvenientes que os danos do veículo acarretam (desvalorização do carro, perda de qualidade quanto à sua integridade, imobilização, etc), implicariam sempre um agravamento do prémio de seguro, já para não falar do risco da integridade física do condutor. Quando eu leio o prospecto desta campanha, só a revejo, por isso, nas situações de acidente involuntárias.

Em conclusão, embora tentado, não concluio imediatamente pela “ratice” da oficina. Prefiro pensar (até porque está anunciado publicamente) que esta Campanha visa apenas obter nova clientela, na tentativa de lutar contra a supremacia das marcas oficiais. E a única forma que eles encontraram de tornar isso viável, é mesmo dando-lhes uma parte dos lucros. Perdem por um lado, mas ganham por outro. E fazem publicidade. Antigamente dava-se uma máquina de sumos ou uma cafeteira eléctrica. A verdade é que, com a crise dos dias de hoje, o que tenta mesmo as pessoas é o dinheiro.

Reconheço que a Campanha é um bocado “torta” e pode dar azo a outras interpretações. Contudo, não deixa de ser original e um reflexo daquilo que diz o povo: “a necessidade aguça o engenho”.

Em todo o caso, como é evidente, aceito que possa estar enganado.[/justify:1p6dsso2]

MaMourão
02-04-2009, 16:39
Quando vi o título ética, pensei que fosse por outro caminho, afinal é uma campanha publicitária que na opinião do provedor podia ter falta de ética. Se calhar as campanhas publicitárias e a ética, ou a falta dela, até estão sempre ligadas…
Quanto á ética, cada dia que passa eu a vejo menus, a ética está a ser substituída pelo bom senso, ou seja, em vez de termos ética para com os outros, pedimos aos outros bom senso e compreensão perante a nossa falta de ética.

MRS
02-04-2009, 17:09
Não intervi neste post do Diácono Luís,por razões que vão ler adiante,mas com a intervenção do Zico,vou escrever algumas palavras que vos vão surprender.

Então é assim:

-A Bouticauto foi por mim nomeada concessionário Nissan na década de 80 para vários concelhos da zona de Elvas.Era de dois sócios ,um dos quais se afastou do negócio e outro(Vítor Pires ) faleceu entretanto,sendo o filho de um deles ( do Vítor Pires) que hoje toma conta do negócio.

-Sempre foi uma empresa honesta e trabalhadora apesar da zona não ser particularmente rica nem para ligeiros, nem para comerciais.Naquela altura interessava à Nissan os comerciais e estes (Pick Ups) vendiam-se razoávelmente.

-Penso que actualmente a Bouticauto é apenas reparador autorizado Nissan e também Iveco,mas até pode ter mais representações que entretanto arranjou.E como quase todas as concessões que subrevivem, voltou-se para o multimarca.

-As relações entre reparadores autorizados e companhias de seguros de há muito que são bi-laterais no sentido de que quer as CS quer as Concessões trabalham por objectivos e rappel.Se mandares cá reparar viaturas cujos orçamentos ultrapassem XX€ eu dou-te 10% de desconto sobre a facturação total.Longe vai também o tempo em que as CS eram enganadas, porque actualmente muitas das reparações fazem-se por processos informáticos, para diminuir o tempo de imobilização das viaturas.Ás CS custa muito o que pagam por viaturas de substituição,pelo que enviam para quem repara mais depressa.
Por outro lado, a orçamentação é virtual,pois a oficina envia um conjuntos de fotos por email e a CS dá ordem de reparação e muitas vezes, só depois é que o orçamento é acertado.

-Logo a acção da Bouticauto não pode ser feita sem o conhecimento das CS com quem trabalha e por maioria de razão as mesmas estarão mais atentas que nunca aos orçamentos aprovados.

-Em minha opinião a acção de Marketing da Bouticauto não tem nada de irregular e só pretende atrair mais clientes,sobretudo no tal sector multimarca.Em Portugal não é normal os Médicos particulares fazerem descontos,mas noutros países há muito quem faça.Será que nestes casos os clinicos tratam pior os doentes?

-Concorrência,há muito que é o "name of the game".Será que o Marketing agressivo tem de ser sempre ilegal e/ou fraudulento?

Pensem nisso e não se esqueçam que apesar das conclusões de hoje do G20, o mundo vive uma resseção,que mesmo os nascidos no pós-guerra nunca conheceram.

Fico-me por aqui ,embora admita que o assunto tem pano para mangas.

MRS

Diácono Luís
02-04-2009, 19:06
Uma das coisas que estes meus escritos têm como missão, é levantar a discussão.

E para já este está ganho...

Nestas coisas há o "ser" e o "parecer", sendo que o que "parece" não "é", e o que "é" não "parece".

Vamos por partes:

É óbvio que se a oficina oferecesse uma noite numa Pousada a que fizesse uma reparação superior a X, tal facto embora o pricínpio moral possa ser descutível, éticamente já não o é...

O problema que aqui está é o facto de o cliente receber 5% não em crédito para peças, uma noite numa Pousada, ou um fim-de-semana na Madeira. RECEBE EM NUMARÁRIO.

E isso, com o automatismo que está a ser desenhado (5% sobre...), tornam-no num negócio puro e duro. Quem o paga? Bem, claramente é quem paga, a Companhia de Seguros.

Claro que o Zico tem razão quando diz que eles estão a retirar à margem de lucro... Mas parece nesse caso não restar a menor dúvida que se ele dispensam a margem, então é legítimo que cobrem menos à Companhia, que deverá, como qualquer cliente, pagar o preço mais baixo.

Reparem que a campanha só inclui as reparações pagas pelas companhias de seguros. Dos particulares não. Porque será?

Qualquer que seja a resposta, vai sempre bater no mesmo: - Porque se estão a pagar os próprios, não tem sentido estar-se a devolver o dinheiro. Faz-se logo o desconto...

Logo conclui-se, para quem tiver dúvidas, que as Companhias pagam um preço diferente (+caro) do que o cliente normal. Ou não?

Mas vou ainda levantar duas questões:

1 - Se a Companhia não acordar com a oficina o valor, e o cliente exigir que seja aquela a oficina, gera-se um impasse que pode ser resolvido em tribunal. Perante o Juiz a Companhia vai argumentar que o preço está inflacionado para gratificarem o Cliente. E que decidirá o Juiz perante os factos?

2 - Ao receber em numerário a percentagem, gratificação ou que lhe queiram chamar, qual o documento que o cliente/comissionista emite? À luz da fiscalidade, claro, até porque das duas uma:
- Ou é pago através de um saco azul;
- Ou tem que emitir documento que servirá de despesa para empresa/oficina.

Para terminar, e aqui em especial para o MRS, vou dizer sobre essa empresa o seguinte:

- Dos dois concessionários NISSAN que visitei, foi de longe o melhor de todos, e só posso dizer bem. Se voltasse a ter NISSAN (que o diabo seja Cego, Surdo e Mudo), era eles que me assistiam...
Em relação ao outro concessionário que visitei, passou-se de tudo um pouco... até pagar intervenções em garantia... confirmadas por outro concessionário (familiar ao MRS) em que a avaria em causa era passível de garantia, e faziam-se de dezenas delas lá...

redMX5
03-04-2009, 0:35
A forma como o Zico iniciou o seu post é bem elucidativo: "Vou aqui fazer o papel de advogado do diabo"... :lol: :lol: :lol:

Eu, como cliente, sempre que tive que arranjar o carro através de uma seguradora senti sempre que estava a ser enganado. Cá na minha terra há um velho ditado que diz: "quem estraga velho paga novo", mas parece que esse ditado é desconhecido, ou não interessa às seguradoras.
Sempre que um carro tem um extra, extra esse que foi comprado e colocado por um proprietário, se está envolvido num acidente é logo motivo para a seguradora se tentar excusar a pagá-lo, ou então tenta a todo o custo que seja reparado. Da mesma forma em relação aos faróis e farolins e grelhas, que apesar de terem apoios partidos resultantes do acidente, tentam sempre que sejam "amanhados".
Aqui a questão é simples para mim. Em relação a terceiros a companhia deve repor o veículo nas mesmas condições em que ele se encontrava antes do acidente.
Parece que estou a fugir do assunto inicial deste tópico mas não. Eu explico: é que quando eu disse que nunca poria o meu carro numa oficina que desse aquele "prémio" ou "bonificação", é porque ficaria sempre desconfiado se não seria eu que estaria a ser alvo de uma reparação mais " a despachar", para que o diferencial entre o preço acordado entre a companhia de seguros e o oficina reparadora e o custo real da reparação (mão-de-obra e peças) desse margem suficiente para o meu prémio.

Diácono Luís
03-04-2009, 7:58
A forma como o Zico iniciou o seu post é bem elucidativo: "Vou aqui fazer o papel de advogado do diabo"... :lol: :lol: :lol:

1 - Eu, como cliente, sempre que tive que arranjar o carro através de uma seguradora senti sempre que estava a ser enganado. Cá na minha terra há um velho ditado que diz: "quem estraga velho paga novo", mas parece que esse ditado é desconhecido, ou não interessa às seguradoras.


2 - Sempre que um carro tem um extra, extra esse que foi comprado e colocado por um proprietário, se está envolvido num acidente é logo motivo para a seguradora se tentar excusar a pagá-lo, ou então tenta a todo o custo que seja reparado. Da mesma forma em relação aos faróis e farolins e grelhas, que apesar de terem apoios partidos resultantes do acidente, tentam sempre que sejam "amanhados".
Aqui a questão é simples para mim. Em relação a terceiros a companhia deve repor o veículo nas mesmas condições em que ele se encontrava antes do acidente.


3 - Parece que estou a fugir do assunto inicial deste tópico mas não. Eu explico: é que quando eu disse que nunca poria o meu carro numa oficina que desse aquele "prémio" ou "bonificação", é porque ficaria sempre desconfiado se não seria eu que estaria a ser alvo de uma reparação mais " a despachar", para que o diferencial entre o preço acordado entre a companhia de seguros e o oficina reparadora e o custo real da reparação (mão-de-obra e peças) desse margem suficiente para o meu prémio.

1 - O maior drama é quando um desgraçado compra um carro com imenso sacrifício, e de repente num acidente, em que não é culpado, há uma perca total...
O valor da indemnização não dá para nada... e as Companhias tentam sempre essa solução.
1A - às vezes "o parte venho paga novo" não é bem assim... e até é justo que assim seja... Trata-se de objectos sujeitos a desgaste, como p.ex. os pneus...

2 - Os extras têm que ser obrigatóriamente incluidos na apólice... sejam de origem ou colocados à posterior.
Uma vez a minha mulher teve um caso desses num Nissan Terrano versão "BAJA", em que eles não queriam reparar a protecção, vulgarmente conhecida por "mata-burros"... Acontece que era equipamento de série da versão...
Eu procedo da seguinte forma quando faço um seguro de Danos Próprios:
- Envio o contrato de Promessa de compra e venda, onde os extras estão colocados.
- Envio a factura.
Mas há uma coisa curiosa que nunca me tinha sucedido!
Em Dezembro comprei um carro em saldo... a linha ia mudar...
Quando fui fazer o seguro e procedi como disse atrás, recebi uma comunicação da Companhia de Seguros que o valor de aquisição tinha que ser superior! É que segundo as suas informações o carro tinha que ser comprado mais caro.
Se tivesse tido um acidente com perca total, eu recebia mais do que o valor que tinha pago!
E não adiantava dizer que a factura... eles que o exigiram, e eu não podia estar a pagar um prémio sobre um capital mais alto, e depois ser recercido por um valor inferior.

3 - Muito bem observado... Nunca tinha pensado dessa forma.

MaMourão
03-04-2009, 9:02
Em Portugal não é normal os Médicos particulares fazerem descontos,mas noutros países há muito quem faça.
Em Portugal também é normal os Médicos fazerem descontos, com recibo um valor, sem recibo outro...

Diácono Luís
11-04-2009, 12:16
PENSAMENTOS DO PROVEDOR X

A ESCOLHA DE UM NAVEGADOR


Tal como escolher um companheiro(a) para uma grande viagem onde se vão correr e riscos e passar por momentos de tensão, também a escolha de um Navegador para fazer Ralis, sejam eles de regularidade ou não, é uma tarefa francamente difícil.

Fechados num carro horas a fio, sob tensão, é sempre a viver permanente numa situação crítica.

Já fiz Ralis ao cronómetro com dois navegadores, e regularidades com muito mais gente.

Também já fui navegador em Ralis ao cronómetro, e digo-vos duas coisas:

- Fui medíocre, ainda que nunca me tenha enganado nas contas, nem um piloto meu penalizado por um erro imputável a mim. Aliás nunca penalizei num Rali, nem como piloto nem como navegador.

- Passei a dar um valor a esse personagem que até aí não dava.

Ainda que haja um ou outro caso de sucesso de um piloto que passa para o banco do lado, como por exemplo o Edgar Fortes quando navegou o Joaquim Moutinho na equipa oficial da Renault, penso que nunca deverão escolher um piloto ou ex-piloto.

A razão é que este se vai desconcentrar mais, porque que vive o evento como se estivesse a analisar a condução.

O navegador ideal será uma pessoa calma, com um discernimento superior, e capaz de pensar e reagir em situações de tensão.

Deve ser um elemento que tem a função de “arrefecer” ou “empurrar” o seu piloto, que naquelas alturas têm sempre uma enorme tendência para “vidrar”.

Nos ralis de regularidade a tensão tem mais origem na “matemática”, mas mesmo assim o papel do navegador, ainda com menos riscos físicos, não deixa de ser muito mais importante do que nos Ralis ao Cronómetro.

O ser homem ou mulher é importante? Não, ainda que sendo a capacidade organizacional de uma mulher regra geral melhor, facilita as coisas.

É claro que quando se faz um Dakar como o MRS, e se tem que ficar a reparar o carro, enquanto o piloto descansa, uma mulher é capaz de ser mais complicado…

Mas para uma utilização normal, eu prefiro. E se for casada, melhor… Pois mantém o respeito connosco, e no final das etapas o marido atura-a… É o melhor de dois mundos, só comparável ao nosso melhor amigo ter um Ferrari… Ele tem as chatisses e nós a parte boa!

Portanto a minha sugestão vai para alguém que se conheçam bem, que se respeitem, e que fique devidamente acordado e esclarecido que em qualquer momento a “sociedade” acaba.

Mas nem sempre as coisas são assim. Há excepções como tudo na vida.

No último passeio a Arouca do Clube Porsche eu ganhei, ex-quo (desde já as minhas felicitações ao meu adversário), com um navegador que nunca tinha visto até 5 minutos antes da partida… Isto é um caso raro, digo mesmo, muito raro, de sucesso…

E para que fique claro, em toda a prova só houve um erro! E fui eu que o cometi!

A Vera, assim chama, sem nenhuma experiência, limitou-se a fazer o que lhe pedi, e foi, no mínimo, brilhantemente invulgar. Aqui ficam as minhas homenagens.[/justify:33xfqz7m]

9403

[justify:33xfqz7m]Como navegador fiz duas provas. O Rali Rota do Sol e o Rali Vinho Madeira (eu não disse “da Madeira”, viram?).

Como conhecedor da matéria não tive dificuldades. Mas a concentração ao passar para o banco do lado direito foi um desastre. E para piorar as coisas, na Madeira, enjoei…

Gostaria muito que os vários membros que já passaram por estas andanças, que nos contassem as suas histórias. Estou-me a lembrar do diaboliquemotorsport, do MRS, do 901, o Jorge Dinis, e muitos mais…

Contem, porque essas experiências são uma delícia para quem as lê…

Abaixo fotos das minhas duas experiências como navegador

9404
9405

Vesete
11-04-2009, 12:23
Mais uma interessante reflexão ;)

Neste caso gostei particularmente da fotografia, por várias razões :

- O Diácono num "estilo" muito informal e desportivo, numa pose triunfante, longe da indumentária e postura que estamos habituados a ver no seu "avatar" :lol:

- A Vera com um ar sereno e confiante de "missão cumprida" :clap:

- O magnifico Boxster S verde, de que gosto muito. :rock:

MarcoReutter
11-04-2009, 12:37
Caro Diácono;

Obrigado pela história e fotos! :clap:

Em especial a do Rali Vinho Madeira...

Não há mais fotos? :wasntme:

Obrigado

Abraço

MRS
11-04-2009, 14:37
Basicamente as reflexões são consensuais.A relação pessoal entre as duas pessoas é fundamental,sobretudo em eventos grandes em que se passam dias dentro do carro.
Como pendura deliciava-me a ver alguns dos meus condutores a conduzir bem,sendo que sempre gostei mais de terra do que asfalto.Destaco neste caso o Mário Figueiredo dos anos 70 e o Celso Vieira da Silva,sendo que ambos eram muito rápidos ,mas de estilos de condução completamente diferentes.
Como condutor só fiz ralis de regularidade e aqui as caracteristicas do pendura são diferentes.Tem de ser uma pessoa muito inteligente, de raciocínio muito rápido.Depois a experiência e o conhecimento das armadilhas completa a aprendizagem.
Apenas como complemento,confirmo que as mulheres fazem a função com grande facilidade.Contudo, quanto a comandar o andamento, isso por vezes é mais difícil.Mais uma vez aqui depende muito do conhecimento mútuo e do á vontade dentro do carro.
Mas haveria tanto a dizer que me fico por aqui...para não monopolizar o tópico.

MRS

Diácono Luís
11-04-2009, 14:42
[quote="MRSMas haveria tanto a dizer que me fico por aqui...para não monopolizar o tópico.

MRS[/quote]

Não monopolizas nada... Conta episódios como aquele que hoje contei quando fui Controlador no Rali de Portugal...!

Este tópico está feito para isso mesmo

MRS
11-04-2009, 14:52
Só mais um apontamento que me esqueci.
No antigamente antes do haver troços cronometrados,havia só controles de penalisar e nesses controles a tolerância era de 30 segundos.Nestes casos a tarefa do pendura era mais complicada porque havia que decidir se se mudava de minuto ou não,isto é,era preferrível penalizar 31 segundos e mudar de minuto,do que penalisar 20 e não mudar de minuto,já que se o controle seguinte fosse de penalisar,quem tinha penalizasado 20 segundos ia levar uma banhada, face a quem tinha penalisado 31 e mudado de minuto.
Esta conversa pode parecer de "extra-terrestres", a quem não tenha feito ralis nesta época.Neste casos o papel do pendura era muito mais importante.Nos ralis de troços, o ler notas passava a ser a tarefa principal,mas da maneira como se liam as notas assim os tempos eram melhores ou piores.Cantar notas, como se dizia era uma ciência que distinguia os penduras.

MRS

Peiroteu
11-04-2009, 16:00
Esta conversa pode parecer de "extra-terrestres", a quem não tenha feito ralis nesta época.Neste casos o papel do pendura era muito mais importante.Nos ralis de troços, o ler notas passava a ser a tarefa principal,mas da maneira como se liam as notas assim os tempos eram melhores ou piores.Cantar notas, como se dizia era uma ciência que distinguia os penduras.

MRS
Caro MRS, porque é que põe estas afirmações no passado?
Já não se cantam as notas ou já não é importante?
Mesmo com microfones e auscultadores, acho que a maneira como as notas são ditas (ou cantadas) continua a ter uma importância relevante!

Quanto ao pensamento do Provedor, estou completamente de acordo que não se deve escolher um piloto, ou ex-piloto, como navegador.

Tanto nos ralis actuais como nos de regularidade, estamos também de acordo que a função do navegador é fundamental. De tal forma que uma das regras que deve ser sempre seguidas, especialmente em momentos de maior tenção é:
- Quem manda dentro do carro é o navegador!!!

Diácono Luís
11-04-2009, 17:56
Só mais um apontamento que me esqueci.
No antigamente antes do haver troços cronometrados,havia só controles de penalisar e nesses controles a tolerância era de 30 segundos.Nestes casos a tarefa do pendura era mais complicada porque havia que decidir se se mudava de minuto ou não,isto é,era preferrível penalizar 31 segundos e mudar de minuto,do que penalisar 20 e não mudar de minuto,já que se o controle seguinte fosse de penalisar,quem tinha penalizasado 20 segundos ia levar uma banhada, face a quem tinha penalisado 31 e mudado de minuto.
Esta conversa pode parecer de "extra-terrestres", a quem não tenha feito ralis nesta época.Neste casos o papel do pendura era muito mais importante.Nos ralis de troços, o ler notas passava a ser a tarefa principal,mas da maneira como se liam as notas assim os tempos eram melhores ou piores.Cantar notas, como se dizia era uma ciência que distinguia os penduras.

MRS

Tens que me explicar isso do mudar de minuto com um desenho... Não percebi...

MRS
11-04-2009, 18:47
Explico com papel e lápis que é mais fácil.Se não fôr antes no Algarve.

MRS

MRS
11-04-2009, 19:01
Aproveitei o Tópico e fui aqui à estante buscar o Rally do Reinhard Klein,que é considerado a bíblia dos ralis cobrindo os anos 60 a 90.
Sabe bem recordar as fotos do antigamente e o papel que várias marcas desempenharam ao longo dos tempos.
Quando me lembro do Marrocos de 1976 com o JM, em que havia 20 carros potencialmente vencedores e comparo com a situação actual......... :| :| :| :| :| :| :| :|

MRS

901
11-04-2009, 20:23
Caro Diácono,
Parece-me de muito mau tom não referires o nome do teu único piloto.
Os teus superiores eclesiásticos não vão gostar de saber que ignoras o irmão que te deu a mão... e que te proporcionou conhecer in loco a dificuldade de ser navegador!

Tens agora a última oportunidade de dizer o nome do piloto, mecânico, comissário técnico, caminheiro, controlador, etc.

Diácono Luís
11-04-2009, 20:39
Caro Diácono,
Parece-me de muito mau tom não referires o nome do teu único piloto.
Os teus superiores eclesiásticos não vão gostar de saber que ignoras o irmão que te deu a mão... e que te proporcionou conhecer in loco a dificuldade de ser navegador!

Tens agora a última oportunidade de dizer o nome do piloto, mecânico, comissário técnico, caminheiro, controlador, etc.

Tendes razão avozinho!

Foi o meu amigo Joaquim Pais, que simultânemente também tinha sido meu navegador num Rali James muitos anos antes.

Também era quem se encerregava da manutenção do meu carro, de comissário técnico da minha parte quando eu reclamei um carro em Vila do Conde (eu e mais 12... fomos 13 - lembras-te?), fazia os percursos de passeios de TT. Tudo um pouco.

Ainda hoje se mantem no activo, enquanto que eu há 20 que decidi moer o juízo aos pilotos e conhecer outras realidades.

Obrigado pela chamada de atenção, ainda que eu tenha feito este tópico como Pensamentos do Provedor, e não a contar histórias...

Já agora as histórias pertence-te a ti... estou à espera delas juntamente com os outro 300 membros.

Diácono Luís
11-04-2009, 20:46
Caro Diácono;

Obrigado pela história e fotos! :clap:

Em especial a do Rali Vinho Madeira...

Não há mais fotos? :wasntme:

Obrigado

Abraço

Do Rali não tenho... Ficaram com o piloto...

Agora tenho uma foto da Madeira que está entre as três melhores fotos feitas na minha vida.

Aqui vai...

9406

bg2
11-04-2009, 20:59
Esta conversa pode parecer de "extra-terrestres", a quem não tenha feito ralis nesta época.Neste casos o papel do pendura era muito mais importante.Nos ralis de troços, o ler notas passava a ser a tarefa principal,mas da maneira como se liam as notas assim os tempos eram melhores ou piores.Cantar notas, como se dizia era uma ciência que distinguia os penduras.

MRS
Caro MRS, porque é que põe estas afirmações no passado?
Já não se cantam as notas ou já não é importante?
Mesmo com microfones e auscultadores, acho que a maneira como as notas são ditas (ou cantadas) continua a ter uma importância relevante!

Quanto ao pensamento do Provedor, estou completamente de acordo que não se deve escolher um piloto, ou ex-piloto, como navegador.

Tanto nos ralis actuais como nos de regularidade, estamos também de acordo que a função do navegador é fundamental. De tal forma que uma das regras que deve ser sempre seguidas, especialmente em momentos de maior tenção é:
- Quem manda dentro do carro é o navegador!!!




claro que se cantam notas

2 exemplos muito recentes (o 1º é muito bom...)


http://www.youtube.com/watch?v=vOfSnMy3H6o&eurl=http%3A%2F%2Fautosport%2Eaeiou%2Ept%2Fgen%2Ep l%3Fp%3Dstories%26op%3Dview%26fokey%3Das%2Estories %2F69300&feature=player_embedded


http://www.youtube.com/watch?v=IUuBxejgoxs&feature=channel



cumprimentos

Diácono Luís
11-04-2009, 22:20
claro que se cantam notas

2 exemplos muito recentes (o 1º é muito bom...)

http://www.youtube.com/watch?v=vOfSnMy3 ... r_embedded (http://www.youtube.com/watch?v=vOfSnMy3H6o&eurl=http%3A%2F%2Fautosport%2Eaeiou%2Ept%2Fgen%2Ep l%3Fp%3Dstories%26op%3Dview%26fokey%3Das%2Estories %2F69300&feature=player_embedded)

http://www.youtube.com/watch?v=IUuBxejg ... re=channel (http://www.youtube.com/watch?v=IUuBxejgoxs&feature=channel)


cumprimentos

Dois belos videos:

No primeiro por volta o minuto 9:10 há uma sequência de arrepiar.

No segundo, a clareza com que são ditadas as notas.

MarcoReutter
11-04-2009, 22:31
Caro Diácono;

Obrigado pela história e fotos! :clap:

Em especial a do Rali Vinho Madeira...

Não há mais fotos? :wasntme:

Obrigado

Abraço

Do Rali não tenho... Ficaram com o piloto...

Agora tenho uma foto da Madeira que está entre as três melhores fotos feitas na minha vida.

Aqui vai...

Caro Diácono!

Obrigado a V. Exa Reverendíssima por esta bela foto do " Curral das Freiras " ! ;)

Diácono e freiras..Hummm :lol: :rofl: :rofl:

PS - Está muito bonita, e foi obtida na " Eira do Serrado ".

Abraço

Peiroteu
12-04-2009, 13:43
claro que se cantam notas

2 exemplos muito recentes (o 1º é muito bom...)


http://www.youtube.com/watch?v=vOfSnMy3 ... r_embedded (http://www.youtube.com/watch?v=vOfSnMy3H6o&eurl=http%3A%2F%2Fautosport%2Eaeiou%2Ept%2Fgen%2Ep l%3Fp%3Dstories%26op%3Dview%26fokey%3Das%2Estories %2F69300&feature=player_embedded)

http://www.youtube.com/watch?v=IUuBxejg ... re=channel (http://www.youtube.com/watch?v=IUuBxejgoxs&feature=channel)


cumprimentos
Belos exemplos.
É pena a musica que não deixa ouvir o navegador.
Então o pendura do Markus ... não consegui mesmo entender o que ele dizia!

redMX5
12-04-2009, 16:53
O pendura do Markus farta-se de dizer IRRRRA!!!! seja lá o que é que isso significa na língua deles :lol:

Diácono Luís
26-04-2009, 22:24
PENSAMENTOS DO PROVEDOR XI

MUDAM-SE OS TEMPOS, MUDAM-SE AS VONTADES…


Não… não vou falar de Luís Vaz de Camões… nem tão pouco da obra-prima de José Mário Branco, que imortalizou na música o poema.

Vou falar de algo mais perto de nós no tempo.

Mudar de opinião é algo que é perfeitamente legítimo, e numa grande parte dos casos, reveste-se de uma grande coragem por quem o pratica. Bem, ás vezes nos políticos chamar coragem à volubilidade oportunista, é de facto um pouco demais…

Não… não é disso que vou falar… vou tentar falar de coisas sérias.

Se olharmos à nossa volta, verificamos que pessoas responsáveis, emitiram opiniões, que hoje em dia foram completamente cilindradas pelo rigor histórico/científico posterior.

Quem não se lembra da Sardinha (sim a mesma do símbolo do nosso Fórum). Era péssima, não se podia comer, etc. Hoje em dia é recomendada…

E o café… péssimo. Mas afinal até tem as suas vantagens…

E o Whisky para a circulação…

E exemplos destes há-os às dezenas…

A publicidade é um autêntico documento fiel da sociedade, e dos usos e costumes, da época em que foi produzida. Nem de outra forma poderia ser, já que se destinava às pessoas daquele momento…

Há uns tempos quando me passeava pelo antigamente, não pude deixar de sorrir com uma publicidade que encontrei, e que exibo sem mais demoras

9407

É absolutamente incrível para nós hoje.

Como é possível que há quarenta anos, se fosse buscar a figura responsável de alguém que tem como missão tratar e salvar o ser humano, com toda o solenidade que essa imagem representa, para ser a pessoa que sugeria a marca de cigarros que se deveria fumar. Só faltava dizer, como o slogan da Volva na altura – “O cigarro do Homem que Pensa”.

Pois também este vosso Provedor vai mudar, e de que maneira… a partir de hoje e por uns tempos vou fazer parte da Igreja Ortodoxa Russa!

Já que tantos russos aqui se inscrevem, vou tentar torná-los boa gente

9408

Curiosidade: - Este foi o meu 2000º post

zico
26-04-2009, 22:53
Parabéns pelo teu 2000 post! Esse anúncio é uma provocação tua à malta do norte...só pode ser. :smoke: Ainda hoje essa imagem do maço de tabaco associada ao estetoscópio pode ser vista com actualidade, embora agora é por causa do cancro do pulmão :emo:
Comecei a fumar aos 13 anos. Uma vez cheguei a casa e tinha a minha porta do quarto cheia de autocolantes a dizer "Zé chaminé, sofre"...que saudades...

Diácono Luís
26-04-2009, 23:03
Parabéns pelo teu 2000 post! Esse anúncio é uma provocação tua à malta do norte...só pode ser. :smoke: Ainda hoje essa imagem do maço de tabaco associada ao estetoscópio pode ser vista com actualidade, embora agora é por causa do cancro do pulmão :emo:
Comecei a fumar aos 13 anos. Uma vez cheguei a casa e tinha a minha porta do quarto cheia de autocolantes a dizer "Zé chaminé, sofre"...que saudades...

A imagem é incrível... repara no promenor do "dupond" na mão... categiria, responsabilidade, dinheiro = Cigarros Porto!

redarrow
26-04-2009, 23:23
Sim senhor, fiquei abismado ( ou "abispado" ? ) com esta nova postura canónica :angel: :angel: :x

Parabéns pelo teu comemorativo 2000º post

Pure911
26-04-2009, 23:35
Realmente, nunca a frase "uma imagem vale 1.000 palavras" ficou tão bem. :hai:

Saudações Porschistas desde ... Brasília

Drake
27-04-2009, 7:48
A imagem é incrível... repara no promenor do "dupond" na mão... categiria, responsabilidade, dinheiro = Cigarros Porto![/quote]

o inicio de uma análise semiótica ao anuncio, ou seja esmiuçá-lo ao detalhe..

MarcoReutter
27-04-2009, 14:09
Espero que o Diácono não vá acabar num GULAG :lol:

Mas que ficou bem,isso ficou, nos novos "paramentos" Ortodoxos Russos...

Diácono Alexis 911! :lol:

ATS
27-04-2009, 21:29
Muito obrigado , mas mesmo muito obrigado do fundo do coração meu caro Diàcono , e tu sabes
que eu fui criado no Alentejo logo sou puro , sou sincero , e a razão de tanto agradecimento , é que desde ontem a minha filha come a sopa toda . Um grande abraço , parabéns .

Diácono Luís
28-04-2009, 0:26
ObrigadosKi a todos pelas felicitações do 2000º post.

Espero que seja um incentivo para que todos se empenhem ainda mais, trazendo para aqui assuntos de interesse.

Quanto ao ATS e "ao comer da sopa" e ser "puro" temos que conversar... lá porque agora mudei de igreja não penses que não vou continuar a ser um chato...

A tua pena por atentar contra a imagem do provedor é: - 10 minutos sem vir ao Fórum.

nineeleven_turbo
28-04-2009, 0:37
Parabéns Sua Eminencia pelo 2000º Post :clap: :clap: :clap: :clap:

Para quando umas trancinhas e uma barbicha catíta até aos pés? :rofl:

Diácono Luís
27-05-2009, 10:46
PENSAMENTOS DO PROVEDOR XII
OS GLÚTEOS

Sabe o que são os Glúteos?

Não?

Pois saiba que não está só! Eu também não. Mas suspeito que até ao fim de escrever estas linhas vou saber, já que vou mobilizar os maiores conhecedores da Língua Portuguesa que conheço.

Percebi que é algo que fica mole, e que resulta melhor estando rijo, ou, como diz a publicidade – Firmes.

Suspeito que se tratada de qualquer coisa que preocupa o sexo feminino, não por que o tenha ouvido aos meus colegas Fundadores aqui no Fórum, especialmente aos de mais idade (parece que tem também a ver com idade), dizerem que têm os glúteos flácidos, mas porque se trata de algo no plural!

É que os homens raramente têm problemas no plural!

Um homem tem problemas de próstata!

É frequente ouvir dizer uma mulher que tem problemas nos ovários! Lá está plural!

Claro que há excepções para ambos os lados, mas são isso mesmo – excepções!

Até na dor de cabeça, o homem diz “estou com uma dor de cabeça…”, enquanto que mulher diz: “Não chateeis, que estou com umas dores de cabeça..”. Não que sejam várias dores, mas porque a tendência para o plural é uma constante no sexo feminino!

Mas claro que toda esta “converseta” (palavra incluída no meu dicionário pessoal nos últimos dias), tem a ver com uma análise à rapaziada que trabalha em publicidade e que descobriu uma coisa singular:
- Os interlocutores quando não percebem uma palavra (ou um conteúdo), não têm curiosidade de o entender, mas reproduzem-no com veemência, ainda que não o entendam!

Ou seja: - É como o Pantene que é um shampoo fantástico graças à Pró vitamina B5, que tal como os Glúteos, ninguém sabe o que é, mas compram porque é bom, e referem-no em conversas informais, denotando grandes conhecimentos, neste caso químicos!

Como eu previa, já fui devidamente informado pela Diciopédia 2002 (não é uma palavra nova, portanto) que se trata, nada mais, nada menos, do que as nádegas ou nadegueiro!

E assim, os publicitários conseguiram que as pessoas andassem de um lado para outro a “cantarolar” a firmeza dos glúteos, ainda que não saibam muito bem o que é, mas que induzem à compra do produto pelos outros, e a eles próprios!

MRS
27-05-2009, 13:45
É pá, não me fales nessa palavra, que estou aqui todo partido da sessão de ginástica de hoje de manhã.E lá fiz a máquina para os ditos cujos e por isso não os tenho flácidos. :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

MRS

Diácono Luís
27-05-2009, 13:51
É pá, não me fales nessa palavra, que estou aqui todo partido da sessão de ginástica de hoje de manhã.E lá fiz a máquina para os ditos cujos e por isso não os tenho flácidos. :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

MRS

Se tu o dizes... :geek: é a máquina que te safa! :lol:

bg2
27-05-2009, 20:55
isto aqui trata tudo do corpinho....

.... que os porsches puxam muito pelo físico :lol:

cumprimentos

Diácono Luís
09-08-2009, 16:25
há muito pouco Se analisarmos o momento e o tempo onde tudo se desenrola, podemos ter a percepção de um surrealismo humoristico, muito pouco ainda hoje, e na altura inexistente na época.

A Ida à Guerra de 1908, é disso um bom exemplo, que poderão rever, ou conhecer a seguir.

http://www.youtube.com/watch?v=Zo80eV2JhFs&feature=related

Uma das facetas dos verdeiros cavalheiros, pese embora a notariedade que dispunham (maior que a de hoje dada o misticismo devino que os envolvia, muito por culpa dos fracos meios de comunicação - um artista era algo parecido com Deus) - o Raul Solnado teve comigo uma atitude que, quando mais crescido, nunca lha agradeci, e devia tê-lo feito.

A história conta-se em poucas palavras...

Eu em miúdo passava longos períodos resguardado em virtude de uma doença crónica que carrego desde os 14 meses - Asma.

Durante esse período, estando eu mais ou menos acamado, tinha como companhia um gira-discos, com alguns discos dessa época, entre os quais os do Raul Solnado.

Corria o ano de 1966, então tendo eu 11 anos, e uma doença terrível atinge o único irmão que tinha (mais velho), que viria a secumbir.

Durante esse período de agonia passou por um internamento na IPO, e no quarto ao lado estava internado outro grande humorista daquele tempo – Humberto Madeira, também ele à espera do seu dia.

O Raul Solnado era visita frequente do seu colega e amigo, por coincidência “vizinho” de meu irmão.

Então um dia o meu pai comentou-lhe a admiração que eu tinha por ele, e que adorava conhecê-lo um dia.

O Raul Solnado rapidamente lhe disse que “traga o rapaz, que vai ver o teatro que estou a representar no Villaret” (O teatro Villaret era muito recente, e era de sua propriedade).

E assim, num belo dia em que foi permitido ao mau irmão sair do IPO por umas horas, lá foi toda a família, em número de 4, ver o espectáculo…

Comprados os bilhetes, ainda havia um problema para resolver! O teatro era para maiores de 17 anos e este vosso Provedor tinha apenas 11!

Mas o caso já estava acautelado pelo Raul Solnado! Eu entrava com minha mãe “lá para dentro”.

Assim, entrei pela porta dos artistas, passei pelos camarins em grande azáfama, desci uma escadaria e lá estava eu, num banquinho que me arranjaram, juntamente com minha mãe num assento idêntico, atrás de mim. Isto tinha que ser assim, pois a passagem não era larga, e os artistas por vezes entravam em cena por ali.

Não deixo de realçar que naquele tempo era proibidíssimo um miúdo de 11 anos assistir a um espectáculo de 17… Recordo-me que nalgum momento, provavelmente já à saída, cruzei-me com um Polícia, que não deixou de dizer sorrindo “então o que é que o menino esta a fazer aqui?” (Lembram-se da história do piloto que ficou com as balas da pistola do puto que desviou o avião para Madrid? A lei era rígida, mas havia um tipo porreiro em cada esquina).

Só uma curiosidade: - Eu passei o espectáculo a rir desalmadamente, pese embora as chamadas de atenção de minha mãe com pequenas palmadas nas costas… e a dada altura tive mesmo que me conter... É que a representação ocorria a 4/5 metros de mim e estou convicto que por uma vez o Raul Solnado “desmanchou-se” no papel rindo, vendo como eu me ria… Senti-me culpado e refreei os meus ímpetos hilariantes…

zico
09-08-2009, 18:19
Bonita história.

mmi
09-08-2009, 20:48
Faço das palavras do Zico as minhas.

Bonita história sim!!! e para sempre recordar!!
E já agora e como foi dito todo o dia de hoje na televisão e rádio.... façamos um favor e sejamos felizes!!!!

Enter Sandman
09-08-2009, 21:42
Para a partilha do Diácono :clap: e para uma incontornável referência

no humor em Portugal :clap: :clap: :clap: :clap:.



Cpts e Viagens Seguras ;).

Kika
09-08-2009, 22:48
Bonita história Diácomo, faço minhas as palavras da mmi

Perdeu-se um grande actor ;( ;(

Façamos o favor e sejamos Felizes

jorge
09-08-2009, 22:59
o meu obrigado ao provedor por partilhar connosco mais uma memória "esquecida" deste grande homem que nos deixou ontêm ...
Grandes homens deixam sempre um grande legado , marcam as pessoas e as terras por onde passam, e assim foi com o grande Raul Solnado.
:bow:

Drake
09-08-2009, 23:20
Obrigado por partilhares isto tão pessoal connosco....

e sim, sejamos felizes

Desmo
10-08-2009, 0:40
Momentos que se guardam...

Uma linda história Mário!

José Aguiar
10-08-2009, 7:19
Este forum de facto, tem muito que se lhe diga.

Obrigado Diácono pela partilkha

Diácono Luís
10-08-2009, 12:36
Sabem meus amigos... às vezes ponho-me a pensar como que alguém que vivia no Alentejo conseguia ter uma riqueza de experiências, que me deram a minha formação carácter.

Eu não sei se vocês têm consciência do que é viver numa povoação interior no Alentejo nesse tempo!

Vou-vos dar só dois exemplos:

1 - O telefone lá de casa tinha o número 23. Dois digítos! E, claro, não era automático. Podia-se a uma operadora (que às vezes se irritava);

2 - O meu irmão veio a falecer de madrugada. Só às 8 da manhã soubemos. Porque não havia telefone entre as 24 e as 8 horas.
Durante esse período, se levantássemos o auscultador, atendia o posto da GNR (a segurança estava assegurada...).

Incrível não é...

MaMourão
10-08-2009, 15:01
A Ida à Guerra de 1908, é disso um bom exemplo,

Lembro-me dessa e de "O homem do emblema"
:D :D

Diácono Luís
10-08-2009, 15:20
[quote="Diácono Luís":gnx2uk0r]
A Ida à Guerra de 1908, é disso um bom exemplo,

Lembro-me dessa e de "O homem do emblema"
:D :D[/quote:gnx2uk0r]

O homem do emblema foi mais tarde... Foi já no ZIP ZIP... que começou 1969, e representou uma lufada de ar na televisão da época

paulatinamente
22-08-2009, 15:54
Obrigado pela partilha.

Diácono Luís
27-08-2009, 19:22
O DIVÓRCIO


O divórcio é um acto de separação, mais ou menos violento (psicologicamente falando), entre duas pessoas.

A nível de trabalho é sempre um acto consequente mais objectivo, e que de um modo geral, deixa marcas menos profundas.

A nível sentimental, essas marcas são-no, regra geral, mais marcantes. Variando o seu grau segundo o compromisso, tempo de vivencia, o haver descendentes, etc.

Por esse motivo, especialmente o segundo caso (vulgo relações matrimoniais), a atitude raramente é tomada no momento certo. O habitual é ser tarde de mais, quando as crispações já vão num estádio demasiado avançado.

E ao contrário do que possa parecer tal decisão revela-se acertada!

É que se for tomada no momento ideal, isto é, sem haver a certeza absoluta de que “não há mais nada a fazer”, vai-se ficar com uma dúvida que condiciona a vida em todo o seu futuro.

Assim, mal por mal, que seja tarde… Ao menos não há dúvidas!

É pois dever de cada um tornar tudo o mais fácil possível, sem cair no exagero de parecer “desporto”.

A “coisa” é mesmo séria e tem que ser tratada como tal.

Não falei dos filhos, quando existem, porque esse é sempre o ponto mais delicado, e que vitima sempre, e invariavelmente, quem nunca foi, ou vai ser, ouvido na questão. Nasceu sem pedir, e no fundo acaba por ser tratado como um aborto com Bilhete de Identidade.

Portanto, e não sei se já perceberam, que até aqui tudo o que disse é óbvio, e podia perfeitamente ter estado “calado”, até porque eu nem sou jornalista que tenha que, obrigatoriamente, para ganhar vida, escrever uma folha de A4 por semana!

A razão do meu escrito prende-se, única e exclusivamente, com o relacionamento social que temos perante um facto consumado e irreversível, que representa para nós um fracasso (pelo menos uma pessoa normal tende pensar desta forma), e que acaba por alimentar naqueles que nos rodeiam a revista “cor-de-rosa” que há em cada um de nós, e que pergunta em surdina na nossa mente: - Porque terá sido, e agora o que é o tipo vai fazer…? A que se junta a pergunta tipicamente feminina – quem será a outra?

Diz o poeta que “todo o mal do mundo vem de nos importarmos uns com os outros…”. Não concordo minimamente, mas a verdade é que neste caso a observação assenta como uma luva…

Foi pensando nisso, e quando pela minha pessoa passou tamanha tempestade, tentei minimizar ao máximo os efeitos sociais que poderiam advir!

Quando casamos, é usual fazer uma festa, convites e participações, e assinalar o facto como acto de alegria, que supostamente é para toda a vida, segundo as nossas crenças, e que eu conheça não existe nenhum Contrato de Casamento a Termo Certo ou Incerto…

Havia de ser bonito… a mulher (ou marido) ir trabalhar para fora, contratava-se outra(o) por esse tempo. Ia para o hospital, aí como não havia a certeza do tempo, era a Termo Incerto…

Não fica esclarecido como seriam efectuadas as férias referentes ao período de Contrato, e outras regalias sociais, mas a verdade é que perante este surrealismo, não é muito importante…

Mas chega de chalaça e vamos falar um pouco mais sério!

Quando o divórcio surge ninguém o vai celebrar, pois, para além de tudo, é de uma manifesta falta de gosto.

Claro que se já existe alguma relação, paralela até aí, ou que tenha surgido na fase em que os “papéis estão a andar”, é claro que, muito provavelmente, se vá tomar um copo com essa pessoa, que vê ali a grande hipótese de “passar aos quadros da empresa”, enquanto que o desgraçado(a) que acabou de se divorciar, ainda atordoado com o facto, já está a começar a dar um passo, sem se aperceber, para um cadafalso maior, ou pelo manos mais elaborado, já que à medida que a idade avança o maquiavelismo também…

Mas, para além dessa hipotética celebração, há dezenas, centenas ou milhares de pessoas que nos conhecem (e à nossa ex), e que nem lhe passa pela cabeça, que “o que era, já não é”, e perante encontros mais ou menos fortuitos sucedem duas coisas muito comuns:

- Perguntam-nos como está a(o) “X”, coisa que nós, de verdade, nem sabemos, e lá temos que contar a nossa história, e como sempre, vai ficar sujeita às mais diversas interpretações…

- Encontram-nos já com a sucessora (ou sucessor), fingem que não nos vêem, desviam a atenção do outro elemento do matrimónio, para que este (ou esta) não repare em tamanha indignidade de o Zé ou Maria andarem naquele local com um “engate”.

Foi pensando nessa franja da sociedade, e nos inconvenientes que me iriam causar, que eu tomei uma decisão: - Fazer uma Participação de Divórcio, que tanto quanto sei é inédito até hoje!

Não estive com meias tintas, pequei num convite de casamento, recortei as alianças, e parti uma delas como se estivesse quebrada por tracção! O texto, o mais sóbrio possível, porque o momento não era de alegria, e enviei-o a todas as pessoas a quem entendi que devia (claro que não enviei ao amigo(a) íntimo de todos os dias)!

Ainda que profundamente original, repito, não conheço outro caso em que tal tenha sido feito, as reacções foram no mínimo curiosas:

- Uns acharam de uma profunda falta de gosto!

- Outros acharam o facto como normal, perante as circunstâncias e a motivação que me levou a fazê-lo.

- Outros acharam curioso e ficaram surpreendidos, o que é normal.

- Outros acharam piada, e a esses acho que, à semelhança dos primeiros, não perceberam!

A si que acabou de ler estas linhas, e que presumo que já esteja exausto ou exausta, como reagiria? E pergunte-se porquê?

Aqui fica a dita participação feita em 1995:


9409

Drake
27-08-2009, 20:23
Há quem diga que o homem casa-se por falta de conhecimento, divorcia-se por falta de memória e por vezes torna a casar-se por falta de memória. Será que o dito cujo passou pelas 3 fases? é que isso já é falta a mais.

Ace
27-08-2009, 20:27
.

Quando o divórcio surge ninguém o vai celebrar, pois, para além de tudo, é de uma manifesta falta de gosto.



Brilhante, como é hábito

(tirando o paragrafo citado que está manifestamente desactualizado)

José Aguiar
27-08-2009, 20:54
Chiça, acho que fiquei meio deprimido.... :worried:

nineeleven_turbo
28-08-2009, 1:01
Ora aí está um Tópico fantástico para eu mandar uns bitaites, eu que sou um inexperiente, por nunca ter vivido um casamento, por não fazer a minima ideia do que é viver isso na pele, mas que ao longo da vida já vi muitos a sucederem-se à minha volta.

Festejar o divórcio, não me parece fazer muito sentido, da mesma forma que não se festeja os falhanços que se tem ao longo da vida, apesar de com eles muito se aprender.

O medo do Divorcio/ o medo de falhar

Muitos prolongam o acto do Dívorcio pelo medo de se sentirem uns falhados e tentam e tentam até ao dia em que desistem. Outros são mais adeptos "do que tem que ser tem que ser"e como tal mais vale agora do que tornar o coctail mais explosivo.
O que eu acho fascinante é que durante o casamento atribuem as culpas ao outro, após o divórcio reconhecem que a culpa é de ambos. E porque não atribuir as culpas a nós próprios por algures no tempo termo-nos dedicado à contemplação do nosso umbigo e esquecermo-nos do outro, o outro ser que habita no mesmo lar, o outro ser que compartilha os bons e os maus momentos, o outro ser que algures no tempo escolheu viver a vida (o seu bem mais precioso) comnosco, o outro ser que como dávida divina nos consede os nossos rebentos, o outro ser que compartilha a mesma cama.

Obvio que não depende de um só mas sim dos dois, mas porquê esperar que seja o outro tomar consciencia disso.

Medo do divorcio, disso não tenho nenhum, tenho sim do casamento,.......provoca-me panico pensar que posso estar a compartilhar a minha vida com a pessoa errada, isto porque muita gente entra nas relações matrimoniais com todos os objectivos menos o principal e o principal é o AMOR.

Se os afectos levam à aproximação das pessoas, parece-me obvio que a falta deles leva ao afastamento, sendo assim porque é que só nos lembramos deles quando a brisa sopra
leve e não quando se levanta a tempestade? Porquê transformar um lar num palco de competição ao genero de um coliseu onde gladiadores famintos de sangue, se degladiam até um ou os dois cairem por terra. Porque é que algures nas nossas vidas nos esquecemos do simples toque, do simples sorriso, do simples beijo, do simples aconchego?


Sozinho ou acompanhado não sei como estarei, mas se um dia às portas da morte me for consedido um momento de relexão, e poder fechar os olhos e perguntar a mim próprio "Valeu a pena esta vida?" e um sorriso desbrotar dos meus labios porque a resposta é "SIM,...porque AMEI", já valeu por tudo.

O grande ROD disse um dia "SOME GUYS HAVE ALL THE LUCK......SOME GUYS HAVE ALL THE PAIN" e eu digo "WHO CARES....AMEM-SE PORRAAAAAAAAAAA"

http://www.youtube.com/watch?v=evSkBjfR5E4


PS:....e deixem-se de ME :swear: S ...TÁ

bg2
28-08-2009, 1:21
tás um sentimental :lol: :lol:


cumprimentos

José Aguiar
28-08-2009, 2:10
Eu diria mais.... estás apaixonado e pensas casar :lol:

pedro2cv
28-08-2009, 2:19
Eu diria mais.... estás apaixonado e pensas casar :lol:


:D :D :D :D :D :D :D :D


:inlove: :inlove: :inlove: :inlove: :inlove:

pedro2cv
28-08-2009, 2:27
Ora aí está um Tópico fantástico para eu mandar uns bitaites, eu que sou um inexperiente, por nunca ter vivido um casamento, por não fazer a minima ideia do que é viver isso na pele, mas que ao longo da vida já vi muitos a sucederem-se à minha volta.

Festejar o divórcio, não me parece fazer muito sentido, da mesma forma que não se festeja os falhanços que se tem ao longo da vida, apesar de com eles muito se aprender.

O medo do Divorcio/ o medo de falhar

Muitos prolongam o acto do Dívorcio pelo medo de se sentirem uns falhados e tentam e tentam até ao dia em que desistem. Outros são mais adeptos "do que tem que ser tem que ser"e como tal mais vale agora do que tornar o coctail mais explosivo.
O que eu acho fascinante é que durante o casamento atribuem as culpas ao outro, após o divórcio reconhecem que a culpa é de ambos. E porque não atribuir as culpas a nós próprios por algures no tempo termo-nos dedicado à contemplação do nosso umbigo e esquecermo-nos do outro, o outro ser que habita no mesmo lar, o outro ser que compartilha os bons e os maus momentos, o outro ser que algures no tempo escolheu viver a vida (o seu bem mais precioso) comnosco, o outro ser que como dávida divina nos consede os nossos rebentos, o outro ser que compartilha a mesma cama.

Obvio que não depende de um só mas sim dos dois, mas porquê esperar que seja o outro tomar consciencia disso.

Medo do divorcio, disso não tenho nenhum, tenho sim do casamento,.......provoca-me panico pensar que posso estar a compartilhar a minha vida com a pessoa errada, isto porque muita gente entra nas relações matrimoniais com todos os objectivos menos o principal e o principal é o AMOR.

Se os afectos levam à aproximação das pessoas, parece-me obvio que a falta deles leva ao afastamento, sendo assim porque é que só nos lembramos deles quando a brisa sopra
leve e não quando se levanta a tempestade? Porquê transformar um lar num palco de competição ao genero de um coliseu onde gladiadores famintos de sangue, se degladiam até um ou os dois cairem por terra. Porque é que algures nas nossas vidas nos esquecemos do simples toque, do simples sorriso, do simples beijo, do simples aconchego?


Sozinho ou acompanhado não sei como estarei, mas se um dia às portas da morte me for consedido um momento de relexão, e poder fechar os olhos e perguntar a mim próprio "Valeu a pena esta vida?" e um sorriso desbrotar dos meus labios porque a resposta é "SIM,...porque AMEI", já valeu por tudo.

O grande ROD disse um dia "SOME GUYS HAVE ALL THE LUCK......SOME GUYS HAVE ALL THE PAIN" e eu digo "WHO CARES....AMEM-SE PORRAAAAAAAAAAA"

http://www.youtube.com/watch?v=evSkBjfR5E4


PS:....e deixem-se de ME :swear: S ...TÁ

Gostei de ler!!! :clap: :clap: :clap: :clap:


:hai:

_LM_
28-08-2009, 8:52
Paulo, olha que a malta daqui gosta de comer e beber bem, faz ai uma coisa á maneira! :lol:

pranxas
28-08-2009, 11:05
Paulo, olha que a malta daqui gosta de comer e beber bem, faz ai uma coisa á maneira! :lol:

Mais descarado nao podias ser :rofl: :rofl: :rofl: Ja te estas a fazer de convidado pra encher a pança?? :rofl: :rofl: :rofl:

nineeleven_turbo
28-08-2009, 12:53
Caros companheiros, nada me transmite mais felicidade do que contemplar-vos com o meu sincero :finger: a todos vós, e como tal deixo-vos não 1 mas 2 :finger: :finger: , excepto claro ao Pedro2cv que mais uma vez demontrou ser possuidor da sabedoria Universal (tirando a parte de plantar arvores no Turbo, como é obvio)

redMX5
28-08-2009, 15:27
Caros companheiros, nada me transmite mais felicidade do que contemplar-vos com o meu sincero :finger: a todos vós, e como tal deixo-vos não 1 mas 2 :finger: :finger: , excepto claro ao Pedro2cv que mais uma vez demontrou ser possuidor da sabedoria Universal (tirando a parte de plantar arvores no Turbo, como é obvio)

Hummmm parece que tocámos num ponto importante... :lol:

Lendo todo este tópico que tenho seguido atentamente apenas queria acrescentar que me parece que hoje em dia as pessoas são demasiadamente egoístas e centradas no seu umbigo.
Uma relação, seja ela de casamento ou união de facto ou outra qualquer, implica dar e receber, saber partilhar, saber ouvir e saber expor o que sentimos que está mal ou que nos incomoda.
Viver em conjunto e co-habitar num mesmo espaço nunca foi tarefa fácil e para isso são necessários alguns requisitos que eu englobaria numa única palavra: Amor.

Depois existe o desgaste de uma relação. Causa muitas vezes do divórcio.
Isto porque as pessoas se acomodam no seu estatuto de marido/mulher e não alimentam a relação, rotinizando-a, fazendo com que passe a ser um acordo mais do que um prazer. A pouca criatividade, a falta de tempo, o dia-a-dia e os problemas do quotidiano estão muitas vezes na base destas situações e quando realmente acordamos muitas vezes já é tarde demais.

Acredito que o valor da família e do casamento esteja novamente a crescer e que os matrimónios sejam mais preservados e melhor conseguidos. Divórcios sempre os haverá porque erros todos cometemos, mas estou em crer que irão diminuir nos próximos tempos. Digamos que é apenas uma crença, já que não me baseio em dados nenhuns.

bg2
28-08-2009, 17:55
eu até já estou a imaginar o Turbo....


.....completamente sujo de chantilly e com umas latas na traseira


e escrito: recem casado


:rofl: :rofl: :rofl:


cumprimentos

nineeleven_turbo
28-08-2009, 20:07
eu até já estou a imaginar o Turbo....


.....completamente sujo de chantilly e com umas latas na traseira


e escrito: recem casado


:rofl: :rofl: :rofl:


cumprimentos

Ora a isso é que eu chamo uma imaginação fertil :!:

jorge
28-08-2009, 23:49
eu até já estou a imaginar o Turbo....


.....completamente sujo de chantilly e com umas latas na traseira


e escrito: recem casado


:rofl: :rofl: :rofl:


cumprimentos

Ora a isso é que eu chamo uma imaginação fertil :!:


hum....as vezes convém não atirar pedras para o ar, pq depois elas... :lol:

pedro2cv
29-08-2009, 0:46
Caros companheiros, nada me transmite mais felicidade do que contemplar-vos com o meu sincero :finger: a todos vós, e como tal deixo-vos não 1 mas 2 :finger: :finger: , excepto claro ao Pedro2cv que mais uma vez demontrou ser possuidor da sabedoria Universal (tirando a parte de plantar arvores no Turbo, como é obvio)


O que eu me ri com essa das arvores no Turbo!!! Já nem me lembro a que proposito é que foi isso!!!

:wasntme:

Diácono Luís
29-08-2009, 11:58
.

Quando o divórcio surge ninguém o vai celebrar, pois, para além de tudo, é de uma manifesta falta de gosto.



Brilhante, como é hábito

(tirando o paragrafo citado que está manifestamente desactualizado)

Eu acho que sentir "alívio" é legítimo!

Mas festejar quando há filhos, por exemplo, mantenho que me parece de uma profunda falta de gosto...

Por outro lado, para ambos os membros do casal, representa um fracasso nas suas vidas.

_LM_
29-08-2009, 13:01
Por outro lado, para ambos os membros do casal, representa um fracasso nas suas vidas.

Grande frase provedor :clap:

Rambo
29-08-2009, 15:43
O casamento é uma sociedade (às vezes anónima :D ), como tal, é necessário que todos remem na mesma direcção e sentido. Amem. Al-berto

Diácono Luís
29-09-2009, 19:58
AÇORES

O LUGAR MAIS PERTO DO PARAÍSO


Para mim as ilhas Portuguesas são, pela variedade e beleza, os sítios mais bonitos do nosso pequeno país.

E que de desculpem os Madeirenses, local que também gosto muito, e que possibilita paisagens como a que seguir podem ver, mas os Açores e concretamente S. Miguel tem algo de mágico.

9410

Pode não ser grandioso, mas é belo. Pode não ter um penhasco muito alto, mas tem um verde e um ondulado, que só lá existe.

As lagoas que conheço de outros cantos do mundo são lindas. Mas as dos Açores têm magia na cor, no recorte, enfim no seu ser.

As cidades e as gentes, assemelham-se aos meus vizinhos do Alentejo… A porta está aberta e a mesa posta para quem aparecer…

Infelizmente nos últimos anos tem-se assistido, na parte urbana baixa de Ponta Delgada, a uma descaracterização em nome do progresso.

Nada de mais errado, e com uma forte dose de cretinice!

Os nossos políticos não sabem, não sentem, nem sabem explicar às suas gentes, que o original é mais bonito, e é o que tem mais valor.

A baixa de Ponta Delgada, está transformada num gigantesco Tunnig Urbano, que comovem de tristeza quem, como eu, precisava todos anos de passar lá 3 ou 4 dias para me purificar.

Acho que toda a gente tem direito à evolução – e devem tê-la. Mas com tanto espaço, porque não deixar as coisas com a simplicidade de outrora e construírem uma Marina como a de Cascais num local distante o suficiente para não se avistar da parte antiga.

Que necessidade há de cobrir os paralelos basálticos da rua, com uma camada de asfalto igual à de qualquer parte do mundo.

Para quê uma marina igual há de… com as mesmas lojas que há todo o sítio.

Será que nunca passou pela cabeça de quem dirige, que o que move o turismo não é “o igual a todo o lado” , mas sim as particularidades que as agruras e as necessidades ditarem às gentes que não possuíam os recursos às tecnologias de hoje. Será que, comparado, nos Açores nunca ninguém pensou que as paredes no Alentejo são grossas e as janelas pequenas por causa do calor tórrido?

É muito triste hoje quando vou a São Miguel sair da “minha casa” para os lados do Nordeste para ainda encontrar o que me leva a ir lá.

Algumas fotos curiosas, onde as vacas fazem parte da paisagem. Quem diria que um dia todos estes campos foram laranjais...



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Fuchs
29-09-2009, 23:18
Sou suspeito, não comento.


PS - Obrigado

zico
29-09-2009, 23:28
Subscrevo inteiramente. Foi uma surpresa enorme para mim quando lá fui. Fiquei com nojo do Estado Português que não permite que os continentais possam conhecer este magnífico pedaço de Portugal a preços acessíveis.

De salientar as estradas que são fantásticas.

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Peiroteu
30-09-2009, 1:58
O meu contributo para reforço do que já foi dito:

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_LM_
30-09-2009, 9:04
estou ansioso por lá pôr os pés!

Obrigado pelas fotos.

Diácono Luís
30-09-2009, 22:19
Ao contrário do que se possa pensar, os Açores não foram uma terra de paz.

Foi uma terra cobiçada!

Enfrentou duras batalhas, e derrotou muitos inimigos.

Vencer os açoreanos nunca foi conseguido.

A última dessas batalhas remonta a 1975, quando o Coopcon nunca conseguiu aterrar na ilha!

É um povo que nunca sabe quando lhe chega a hora, pela instabilidade geológica onde está inserido no planeta. Mas enquanto vivo, não torce nem quebra!

No meio do nada, e numa estrada onde só se vai de Jeep, está lá esta placa!

9425

Diácono Luís
30-09-2009, 22:25
Brevemente vou contar uma história muito bonita dos Açores.

Até lá deixo-os com umas fotos de um dos passeios TT que lá fiz.

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Diácono Luís
30-09-2009, 22:48
Mas não posso deixar-vos sem vos falar de um local que hoje está já, e também, "arranjado" - A Caldeira Vellha.

Nesse local tive o jantar mais surrealista da minha vida!

Não tem luz electrica, assim o jantar foi servido à luz de archotes!

Esses archotes iluminavam a periferia da lagoa, que convém dizer, é de àgua quente!

Após o jantar, comido em pé, e excelentemente servido pela Estalagem Senhora da Rosa, ficámos em fato de benho e fomos todos para a àgua beber o nosso champanhe, fumar o nosso charuto, e ouvir as histórias de quem as queria contar!

E, madrugada fora, o tempo foi passando, até que era hora de recolher.

Sair é que foi difícil, pois fazia frio! Mas na memória ficou um jantar que nunca mais se vai poder realizar, porque agora é proibido. E não se pode levar o carro até lá!

Uma foto do paraíso e da vegetação que o circunda. Por curiosidade, debaixo da cascata está a AS3.

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Diácono Luís
01-10-2009, 19:46
Antes de passarmos a algo mais histórico sobre os Açores, convém saber que após e realização nas Sete de Cidades da novela "Xailes Negros" (acho que não estou enganado), várias foram as cadeias cinematográficas que fizeram maquetes, tentando apoiar-se não só na beleza da ilha, mas também nos seus usos e costumes, sem esquecer o incofundável tibre de voz!

Algus exemplos:

Dr. House

http://www.youtube.com/watch?v=-bHP04oe8n4

A Guerra das Estrelas

http://www.youtube.com/watch?v=t7p-iZSW048&feature=related

E os filmes animados também tiveram as suas versões:

Dragonball

http://www.youtube.com/watch?v=YcM3j9UKf5w&feature=related

He-Man

http://www.youtube.com/watch?v=36oC5ud2GgY&feature=fvw

pbserra
01-10-2009, 19:57
Na minha infância vivi 2 anos em Santa Maria, quero lá voltar, já que nunca mais fui aos Açores.

Diácono Luís
01-10-2009, 21:55
Depois do momento de boa disposição da 7ª arte, é altura de voltarmos ao assunto sério…

Falemos hoje do Ilhéu de Vila Franca que se encontra frente a Vila Franca do Campo!

Particular até depois do 25 de Abril, é hoje pertença do estado que fez dele uma área protegida.

Não é permitida a entrada de embarcações no seu anterior, excepto em situações de emergência (mau tempo por exemplo).

O cristalino das águas é impressionante, e a beleza é mesma de toda a ilha.

Vai-se de carro, apanha-se o barco, e vai-se ao banho…

As fotos falam por si, mais uma vez:

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Diácono Luís
02-10-2009, 20:13
A caminho das Setes Cidades

Nos Açores não é só importante o local onde nos destinamos!

O caminho até lá é por vezes tão belo como o destino.

Não palpável, descritível ou tipificável... Para falar a verdade não sei explicar... Sente-se!

As coisas mais sigulares, encerram uma beleza simples que é indiscritível!

As fotos que agora vos deixo são feitas a caminho das Lagoa das Sete Cidades... Não sei se as fotos que lhe conseguem fazer sentir o sentimento que nos invade no momento!

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Diácono Luís
02-10-2009, 21:04
Fazendo um pouco de intervalo nas fotos, é impossível falar dos Açores sem referir a quantidade de grandes vultos intelectuais que ali nasceram.

É inacreditável como é que uma zona tão afastada de tudo, e com os poucos recursos de transporte que havia, conseguia alimentar culturalmente as pessoas, de forma a que algumas delas se tornaram referências no panorama cultural do País.

Quando da primeira vez que visitei os Açores fiquei num hotel modesto, que era o melhor de Ponta Delgada (já não existe).

Modesto nos quartos... pois quando se subia ao restaurante a conversa era outra.

Lá comecei a engordar. Naquele tempo o leite e a manteiga tinham um sabor próprio. Hoje é tudo igual... Beber aquele leite era um doce, e a manteiga idem...

Nesse restaurante à hora de jantar, durante o período que lá estive, lá vi pessoas como Presidente do Benfica de então - Borges Coutinho, e numa das noites lá estava Natália Correia.

É pois altura de prestar homenagem a essa poetisa, que escreveu um dos poemas mais bonitos do "antes do 25 de Abril" sobre a juventude. Chamava-se "Queixa das Almas Jovens Censuradas".

Mais tarde José Mário Branco musica-o e inclui-o no seu álbum “Mudam-se os Tempos, Mudam-se as Vontades”.

Infelizmente, José Mário Branco, o que lhe sobra em talento de compositor falta-lhe em capacidade de interpretação. Ainda por cima interpreta sempre num tom “raivoso” do tipo revolucionário que quando nasceu já estava fora de moda. Compare-se a forma de interpretar com a do Sérgio Godinho…

Deixo-vos pois duas interpretações desse poema, e na primeira (gravação em estúdio) devem ignorar a última parte que, como perceberão, não tem nada a ver. A segundo é uma actuação ao vivo.

(ignorar a partir do minuto 4:10)

http://www.youtube.com/watch?v=0hM3DCX4 ... re=related

http://www.youtube.com/watch?v=Do4eVLRW6qI

E já que falamos de Natália Correia, vou-vos contar um episódio:

A poetisa portuguesa nascida nos Açores, já falecida, encontrando-se no Parlamento como deputada eleita pelo PS, e na sequência da afirmação do deputado do CDS, João Morgado, em Abril de 1982, de que “o acto sexual é para fazer filhos”, respondeu-lhe com o seguinte poema, provocando o riso em todas as bancadas Parlamentares:

Já que o coito - diz Morgado -
Tem como fim cristalino,
Preciso e imaculado
Fazer menina ou menino;
E cada vez que o varão
Sexual petisco manduca,
Temos na procriação
Prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento,
Lógica é a conclusão
De que o viril instrumento
Só usou – parca ração! -
Uma vez.

E se a função
Faz o órgão - diz o ditado -
Consumada essa excepção,
Ficou capado o Morgado.

O deputado, ofendido com a dedicatória, ripostou que tinha DOIS filhos.
Ao que Natália respondeu que bastava substituir truca-truca por
Truca-truca, truca-truca

Diácono Luís
02-10-2009, 21:38
Lagoa das Sete Cidades

É sem dúvida a mais bonita das Lagoas da Ilha…

Tem tudo para assim ser considerada, até a cor azul de uma, e verde de outra.

Tal facto deve-se, segundo a lenda, a um desgosto de amor de uma princesa e um pastor, que impossibilitados de viverem a sua paixão, tanto choraram, que cada um encheu uma parte com as suas lágrimas!

Como os olhos eram de cor verde num, e o no outro, azuis, essas cores perduram até hoje!

A maioria das pessoas só conhece a Lagoa das Sete Cidades de um local chamado “Vista do Rei” (primeira foto). Mas a Lagoa tem muito mais encanto guardado em toda e periferia superior e inferior.

Na Povoação da Sete Cidades comi um dos melhores almoços dos Açores, mais concretamente na Casa do Povo, e feito pelas senhoras das sete cidades.

Também posso referir que um dos piores, foi lá mesmo num restaurante com bom aspectos, mas quanto a serviço e qualidade de comida… Mau!

Aliás a maior lacuna dos Açores é a Restauração. Comer bem é um achado, e 90% das vezes que só come bem, só aquele prato no restaurante é bom! Uma escolha ao lado é um desastre!

Para além daquela refeição feita pelas senhoras das Sete Cidades, uma Caldeirada feita pelos pescadores de Porto Formoso… também ficou na ideia…

Vamos as fotos da Lagoa das Sete Cidades!

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Diácono Luís
03-10-2009, 20:54
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Chá Gorreana

Esta é mais uma história da Ilha, e talvez a mais singular.

São Miguel assentava essencialmente a sua economia agrícola na produção de laranja.

Não consigo imaginar, mas seguramente seriam laranjais e laranjais a perder de vista.

Sem que se saiba muito bem, entrou um vírus nas Laranjeiras que as dizimou.

Claro que se tem que buscar alternativas, e elas foram a produção de leite e a plantação de Floresta, essencialmente criptoméria.


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Como sempre acontece nestes casos, as pessoas com mais conhecimentos (cultura) e mais viajados, buscam alternativas diferentes.

Foi o que aconteceu com a família Hintze Ribeiro que mandou vir da China a planta do chá, acompanhada de dois chineses (!!!), maquinaria inglesa (os ingleses tinham o culto pela bebida), e assim se estabeleceu a única plantação de chá na Europa.

E que chá!

Ao visitar a Gorreana é-lhe oferecido chá e biscoitos, e poderá adquirir os vários tipos de chá que comercializam, em diversos tipos de embalagens, como por exemplo a da foto abaixo.


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Para terminar, os Chineses por lá ficaram, e deixaram sucessores! Ainda em Ponta Delgada por lá se encontram uma meia dúzia de descendentes.

Diácono Luís
03-10-2009, 21:06
Nordeste

Claro que não se podia deixar de falar em São Miguel sem falar no Nordeste.

Infelizmente as fotos são poucos, já que o deslumbramento é tal, que ao tentar-mos fotografar, e ao não conseguir “meter na máquina” a imagem que os nossos olhos vêm, desistimos.

Vale pena fazer a Serra da Tronqueira (troço da Troqueira nos Ralis)e ir a miradouro apreciar o Pico da Vara.

Mas a viagem de ida e de regresso, por caminhos diferentes, é só por si um acontecimento.

Algumas fotos:

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Diácono Luís
03-10-2009, 21:51
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ALEXANDRE CORREIA


Devem estranhar como é que um pacato padreca sabe estas coisas sobre os Açores!

Pois bem, o homem da foto acima é o responsável. Não só dos Açores mas como de outras viagens, em que uma delas a considero a viagem da minha vida!

O Alexandre Correia (Alex) acredito conhecer melhor São Miguel que muitos Micaelenses! A sua simpatia, e contador de histórias nato, fazem dos seus passeios algo difícil de igualar.

A disponibilidade e vontade de divertir os leitores, convidados, ou os colegas jornaslistas, faz que as sua realizações sejam ímpares.

Recordam-se da história do Jantar na Caldeira Velha? Pois foi uma surpresa! Duas horas antes ninguém sabia. Fomos avisados que o jantar não era na estalagem e devíamos levar fato de banho! O primeiro surrealismo chegou quando nos cruzámos na entrada da Estalagem do Prof. Sousa Franco que tinha ido inaugurar o Tribunal de Contas de Ponta Desgada, seguido por uma série de gravatinhas que o acompanhavam, e nós de toalha às costas a sair para jantar...

Estava tudo tão bem, que se não tivesse havido esse jantar, tudo estava perfeito na mesma.

O meu obrigado ao Alexandre pelos momentos que proporcionou.


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FUCHS


Em todo este Post várias vezes me lembrei do Fuchs, por ser um homem que teve a sorte de nascer naquela terra ímpar... Por isso para ele dedico toda esta "seca"...

Fuchs
04-10-2009, 9:42
Obrigado Diáccono!

Na realidade já passaram muitos anos que "abandonei" (a isso fui obrigado, pois Universudade era coisa que não existia...) a minha terra.

Diácono Luís
04-10-2009, 10:43
Na minha infância vivi 2 anos em Santa Maria, quero lá voltar, já que nunca mais fui aos Açores.

Santa Maria só lá estive um dia, onde visitei o Comando de Tráfego Aéreo do Atlântico Norte!

Foi uma visita muito interessante.

A ilha de Santa Maria tem um aspecto que as distingue das outras. É a única que não é de formação vulcânica. E é comletamente diferente de S. Miguel. No mês que lá estive fez-me lembrar o meu Alentejo...

Fuchs
04-10-2009, 12:30
..... No mês que lá estive fez-me lembrar o meu Alentejo...


Também por isso é conheciada por Ilha Dourada ou Ilha do Sol

Diácono Luís
04-10-2009, 17:55
..... No mês que lá estive fez-me lembrar o meu Alentejo...

Também por isso é conheciada por Ilha Dourada ou Ilha do Sol

Alvíssaras, alvísseras - o meu menino falou! (adaptação livre de Frei Luís de Sousa)

Ora aí está uma coisa que eu não conhecia! Obrigado!

Diácono Luís
04-10-2009, 18:53
Visitei a Ilha do Pico fugazmente.

É bonita e com um imenso potencial de crescimento.

Deixo-vos algumas fotos, em especial de uns vinhedos construidos no meio de muros de rocha que são património mundial.

É uma ilha mais agreste que São Miguel. Mais negra!

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Peiroteu
04-10-2009, 22:03
E se o Dr. House fosse feito nos Açores ...

http://www.youtube.com/watch?v=-bHP04oe8n4

Diácono Luís
05-10-2009, 10:52
E se o Dr. House fosse feito nos Açores ...

http://www.youtube.com/watch?v=-bHP04oe8n4

Já havia falado nisso:

Antes de passarmos a algo mais histórico sobre os Açores, convém saber que após e realização nas Sete de Cidades da novela "Xailes Negros" (acho que não estou enganado), várias foram as cadeias cinematográficas que fizeram maquetes, tentando apoiar-se não só na beleza da ilha, mas também nos seus usos e costumes, sem esquecer o incofundável tibre de voz!

Algus exemplos:

Dr. House

http://www.youtube.com/watch?v=-bHP04oe8n4

A Guerra das Estrelas

http://www.youtube.com/watch?v=t7p-iZSW ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=t7p-iZSW048&feature=related)

E os filmes animados também tiveram as suas versões:

Dragonball

http://www.youtube.com/watch?v=YcM3j9UK ... re=related (http://www.youtube.com/watch?v=YcM3j9UKf5w&feature=related)

He-Man

http://www.youtube.com/watch?v=36oC5ud2GgY&feature=fvw

nineeleven_turbo
05-10-2009, 12:46
Fazendo um pouco de intervalo nas fotos, é impossível falar dos Açores sem referir a quantidade de grandes vultos intelectuais que ali nasceram.

É inacreditável como é que uma zona tão afastada de tudo, e com os poucos recursos de transporte que havia, conseguia alimentar culturalmente as pessoas, de forma a que algumas delas se tornaram referências no panorama cultural do País.



De inacreditável não tem nada, è a falta de TV que proporcina isso :lol:

Hoje em dia então com a quantidade telenovelas e afins, cada vez temos mais um povo de imbecis. Longe vão os tempos em que havia habitos de leitura. Lembro-me tambem que o meu avô, com uma formação academica, basica de quem à 100 anos não provinha de familias com posses, falava 6 linguas e conhecia todo o mundo, principalmente as capitais sem nunca la ter estado, ao ponto de falar de qualquer monumento, decrever o interior a sua história localiza-lo nas cidades etc.

Diácono Luís
05-10-2009, 13:58
[quote="Diácono Luís":1hewow58]Fazendo um pouco de intervalo nas fotos, é impossível falar dos Açores sem referir a quantidade de grandes vultos intelectuais que ali nasceram.

É inacreditável como é que uma zona tão afastada de tudo, e com os poucos recursos de transporte que havia, conseguia alimentar culturalmente as pessoas, de forma a que algumas delas se tornaram referências no panorama cultural do País.



De inacreditável não tem nada, è a falta de TV que proporcina isso :lol:

Hoje em dia então com a quantidade telenovelas e afins, cada vez temos mais um povo de imbecis. Longe vão os tempos em que havia habitos de leitura. Lembro-me tambem que o meu avô, com uma formação academica, basica de quem à 100 anos não provinha de familias com posses, falava 6 linguas e conhecia todo o mundo, principalmente as capitais sem nunca la ter estado, ao ponto de falar de qualquer monumento, decrever o interior a sua história localiza-lo nas cidades etc.[/quote:1hewow58]

Bem observado...

Fuchs
05-10-2009, 17:14
[quote="Diácono Luís":3nljzqv3]Fazendo um pouco de intervalo nas fotos, é impossível falar dos Açores sem referir a quantidade de grandes vultos intelectuais que ali nasceram.

É inacreditável como é que uma zona tão afastada de tudo, e com os poucos recursos de transporte que havia, conseguia alimentar culturalmente as pessoas, de forma a que algumas delas se tornaram referências no panorama cultural do País.



De inacreditável não tem nada, è a falta de TV que proporcina isso :lol:

Hoje em dia então com a quantidade telenovelas e afins, cada vez temos mais um povo de imbecis. Longe vão os tempos em que havia habitos de leitura. Lembro-me tambem que o meu avô, com uma formação academica, basica de quem à 100 anos não provinha de familias com posses, falava 6 linguas e conhecia todo o mundo, principalmente as capitais sem nunca la ter estado, ao ponto de falar de qualquer monumento, decrever o interior a sua história localiza-lo nas cidades etc.[/quote:3nljzqv3]


Sem dúvida e tenho, também, bom exemplo na famíla.

Quanto à TV (RTP Açores), só chegou em 1975, e se no início se fez notar pela exclente produção local veio sendo absorvida pela imbecilidade. E hoje é mais uma...

Diácono Luís
05-10-2009, 17:44
Este tópico acabou por ser uma reportagem fotográfica de algumas ilhas dos Açores!

Não as conheço todas, e de Santa Maria só terei fotos em papel se um dia as encontrar...

Não conheço S. Jorge, Flores, Corvo, Terceira.

Vou terminar com o Faial... Um local maravilhosamente inóspito como os Capelinhos.

Os Capelinhos possibilitaram algumas das fotos mais bonitas sobre os Açores. Uma melhores, outras piores, mas cada um eleja as suas, e desde já vos digo que dão fundos de computador lindíssimos.

Para terminar há mais dois locais obrigatórios a visitar na cidade da Horta:

- O Porto (marina), com todos os seus desenhos.
- O Peter's, bar onde os navegantes sempre passaram deixando as suas mensagens... Um local histórico.

Vamos às fotos:

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Obriagatório é uma visita ao Peter's! Aqui com o meu amigo Campos!

Diácono Luís
06-11-2009, 19:14
NÃO É NECESSÁRIO SÊ-LO - TEM QUE PARECÊ-LO


Hoje o provedor bai ser um parasita!

Vou ser como alguém que vai apresentar trabalho sem o ter feito.

Vou transcrever, em vez de escrever, e apresentar algo interessante a debate, que não me deu trabalho nenhum!

A única coisa que me vai distinguir de um parasita, é assumir que o estou a fazer, e não sub-repticiamente apresentá-lo como se fosse eu o autor.

O tema chegou-me por e-mail reencaminhado, e talvez alguns já o conheçam.

Assim:

Não basta sê-lo!

É preciso parecê-lo e estar no sítio certo para o Zé Culto sabê-lo. (Quando a ignorância fala alto é assim...)

O homem desceu na estação do metro de Washington DC vestindo jeans, camisa e boné, encostou-se próximo da entrada, tirou o violino da caixa e começou a tocar com entusiasmo para a multidão que por ali passava, na hora de ponta matinal.

Durante os 45 minutos que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes.

Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell tinha tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam 100 dólares.

A experiência, gravada em vídeo, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, telemóvel no ouvido, indiferentes ao som do violino. A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte. Será que apenas damos valor às coisas, nomeadamente à arte, quando contextualizadas?

Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefacto de luxo sem etiqueta. Somente uma mulher o reconheceu...

O vídeo da apresentação no metro está no You Tube



http://www.youtube.com/watch?v=hnOPu0_YWhw

Deixo um video com uma interpretação sua:

http://www.youtube.com/watch?v=DvlTuBnpKpc&NR=1

RC_928S
06-11-2009, 22:18
Algumas considerações:

Primeiro, provavelmente quem paga 100$ para o ver não anda depois de metro :D

Agora mais a sério... é absolutamente natural que, nomeadamente no que toca a arte, a 'degustação' seja feita através de um conjunto de elementos que a contextualizem. Ter a Mona Lisa na parede do Metro só ia despertar curiosidade, mas n creio q tivesse a dificuldade que tive no Louvre para me conseguir aproximar. É o local, a expectativa, a atenção que se está disposto a dedicar à arte, que a torna especial. E por isso mesmo uma experiência tão individual.

Nós achamos os Porsche, arte sobre rodas, mas num parque de estacionamento de um centro comercial, quantos parariam a olhar para um Carrera GT?
Eu encontro o Nirvana a escutar Bach tocado ao vivo na Gulbenkian, mas se estiverem no Metro a tocar, não páro.

Em resumo, na arte, como no chá, a degustação tem rituais sem os quais não tem o mesmo efeito.

Diácono Luís
07-11-2009, 10:15
Algumas considerações:



Concordo inteiramente com o que dizes!

E o contrário também acontece.... O mau num sítio bom...

É um pouco como alguns vinhos, ou restaurantes, só porque apareceram em determinados sítios (publicações, programas etc.).

O identificar a qualidade, quando se tem sensibilidade, deve acontecer em qualquer lugar.

É esta a parte interessante da discussão.

O video que vou pôr a seguir, aborda o tema ao contrário...

http://www.youtube.com/watch?v=VZ1gkOCUjVM

zico
07-11-2009, 13:59
Mas quem é que pára numa estação de Metro, numa hora de ponta, para ver seja lá quem for a tocar?

Diácono Luís
07-11-2009, 14:18
Mas quem é que pára numa estação de Metro, numa hora de ponta, para ver seja lá quem for a tocar?

Claro... mas ninguém por sensibilidade indetifica a qualidade, aí é que está a questão...

Já agora, comenta o segundo caso...

zico
07-11-2009, 14:42
Já agora, comenta o segundo caso...


É uma experiência estúpida para gozar com as pessoas. Mas isso também pode ser considerado arte...ou pseudo arte, não é? Já fizeram essa mesma experiência com um chimpanzé e os resultados foram precisamente os mesmos. Um dia na Tate Gallery em Londres vi um quadro todo preto exposto. Era quadrado e estava todo pintado, de forma uniforme, de preto. Nem sequer uma única pinta de tinta de outra cor. Aquela m€rd@ podia ter sido pintada por um trolha que ficava igual ou melhor. Mas estava na Tate, portanto deve haver quem considere aquilo uma coisa do outro mundo...Por mim tudo bem, tanto se me faz como se me fez.

bg2
07-11-2009, 15:49
Mas quem é que pára numa estação de Metro, numa hora de ponta, para ver seja lá quem for a tocar?



só se for o jorge palma :rofl: :rofl:

jorge
08-11-2009, 0:51
Já agora, comenta o segundo caso...

[justify:91s0rjiv]É uma experiência estúpida para gozar com as pessoas. Mas isso também pode ser considerado arte...ou pseudo arte, não é? Já fizeram essa mesma experiência com um chimpanzé e os resultados foram precisamente os mesmos. Um dia na Tate Gallery em Londres vi um quadro todo preto exposto. Era quadrado e estava todo pintado, de forma uniforme, de preto. Nem sequer uma única pinta de tinta de outra cor. Aquela m€rd@ podia ter sido pintada por um trolha que ficava igual ou melhor. Mas estava na Tate, portanto deve haver quem considere aquilo uma coisa do outro mundo...Por mim tudo bem, tanto se me faz como se me fez.[/justify:91s0rjiv]

:rofl: :rofl: :rofl: :rofl: :rofl: :rofl:

Diácono Luís
13-11-2009, 21:45
Os Meios Pequenos


É claro que me estou a referir às localidades normalmente apelidadas de Vilas, Aldeias ou Lugarejos.

Viver nelas e estudar as suas gentes é das coisas mais fascinantes que há. É tão diverso o sentimento, que pode ser insuportável a um nado local viver lá, depois de conhecer Lisboa ou outra grande cidade, como resulte cativante para alguém oriundo de uma grande metrópole, adoptá-la para viver.

Como sempre, tem vantagens e inconvenientes! Felizmente para os que vivem nos meios pequenos, os últimos anos trouxeram-lhe muito do que lhes faltava – vias de comunicação.

Claro que viver num meio pequeno pressupõe sempre uma perda de privacidade!

Não é que as pessoas estejam connosco na casa de banho enquanto tomamos duche, ou nos espreitem pelas janelas.

Simplesmente vivemos num lugar em que as pessoas têm nome, e que “bom-dia” significa isso mesmo, quando é pronunciado. É um pouco como no filme O Milagre de Milão de Visconti…

Por isso se pretender ter uma vida completamente anónima, e desprovida de conhecimento, está no sítio errado.

Para essas pessoas a solução será a enorme cidade ou a ilha deserta.

Claro que para um provinciano, o do tal do meio pequeno, ele dá muito valor ao cumprimento que lhe é feito diariamente, bem como saber que se cair na rua alguém o ajuda, ou o leva ao Hospital. Coisa que nas grandes cidades está unicamente dependente do 112.

Falando de qualidade de vida, e com excepção dos forasteiros oriundos de localidades próximas, que vão e vêm como habitassem na periferia de uma grande cidade, todos os outros são tratados na mais alta condição que um ser humano pode pretender.

É impensável para alguém que viva em Lisboa ou no Porto (a maioria, claro), sair para o trabalho cinco minutos antes da hora, estacionar à porta do emprego, ir almoçar a casa. Depois do almoço, passa pelo café habitual onde se encontra com os amigos de todos os dias, vai para o trabalho, e regressar a casa em cinco minutos no fim do dia, para se dedicar aos seus passatempos ou tarefas domésticas.

É claro que tudo isto acontece num sítio onde não há 50 cinemas para escolher, e onde raramente os grandes espectáculos acontecem.

Mas tal como dispor de um carro com uma bagageira grande, só porque se vai para a praia uma vez por ano, também viver num sacrifício permanente só por causa dessa oferta que ocasionalmente aproveitamos, não justifica, tanto mais que hoje em dia se está a uma hora de qualquer local onde temos toda essa matéria.

Claro que há excepções, e determinadas profissões estão directamente agregadas a grandes sítios de consumo, como as grandes cidades.

Para aqueles que possam viver sem ter que estar na grande cidade, e como eu, possam ter uma grande cidade espanhola a 50 Kms., a capital e 160 kms, e uma capital de distrito a 50 Kms. e de província a 70 kms., parece-me que compensa… Para mais com a Internet está tudo mais facilitado…

Outro aspecto não menos importante é custo de vida. Se é certo que há coisas que podem ter um preço ligeiramente superior, o que se popa noutros aspectos é altamente compensador. E neste caso estou a incluir principalmente os casais jovens.

Claro que têm que se habituar a ser conhecidos, comentados nos primeiros 15 dias (depois passa), e viver com um conhecimento tão grande com as pessoas, como se de uma família grande se tratasse.

Creio que compensa, e o nineeleven_turbo poderá confirmar o que estou a dizer…

9498
O meu "Meio Pequeno"

9499
Mais dois "Meios Pequenos" no horizonte

nineeleven_turbo
17-11-2009, 15:20
.
Creio que compensa, e o nineeleven_turbo poderá confirmar o que estou a dizer…
…[/justify]

Ora bem, se posso confirmar tudo isso ou não, na realidade não sei bem, penso que tudo isso depende do tipo de pessoas que somos e nós não somos todos iguais. Quanto a nós os dois, parece-me que tocamos na mesma orquestra, talves por ambos sermos das chamadas "ciências naturais" e o contacto com a terra para nós é do mais importante que existe, não fomos feitos para vivermos em climas claustrofóbicos.

Eu, como sabes, passo a vida entre o Porto e Trás-os-Montes e isto semanalmente.
No Porto vivo num predio de 12 andares com cerca de 70 apartamentos, o que deve dar uma média de 280 vizinhos, dos quais "conheço" uma meia duzia que vive no mesmo andar.
Já em Trás-os-Montes, os meus vizinhos mais proximos encontram-se numa aldeia que dista cerca de 3km de distancia, e esses eu conheço-os a todos.

Da varanda do meu apartamento, tenho a sorte de ver o mar, pois de resto o que vejo são predios, carros em filinha indiana, como se fossem formigas atrefadas, pessoas com andares cambaleantes de passos apressados, para não perderem os autocarros, e todas têm em comum um telemovel na mão, onde constantemente enviam e recebem sms`s, pois este ritual é o único que ainda lhes permite terem a certeza que ainda estão vivos.

Já pelas terras da Transmontania, tenho 2 tipos de vistas, se estiver cá em baixo, vejo ao meu redor montes, se subir ao cimo dos montes, vejo mais montes, vejo prados, vejo ribeiros, vejo as aldeias e vilas, nomeadamente Carrazeda, Vila Flor, Moncorvo, vejo animais, vejo vida, e nas noites de luar durante o verão,...hummmmm, um ceu estrelado de constelações tão bem delineadas.

Como te disse, o melhor sitio para se viver, vai sempre depender do tipo de pessoa que somos, eu pessoalmente não sou adepto da monotonia, sendo assim faz-me bem este constante zigzag entre locais tão distintos, pois se o excesso de gente é saturante, a falta de gente tambem o é.

Quanto ao modo de vida, esse como é obvio tambem depende do local onde nos encontramos, temos sempre que nos adaptar, se no Porto janto em restaurantes com um ambiente bastante agradavel onde uma refeição não fica por menos de 20€, mas de qualidade duvidosa, já por tras-os-montes, saboreia-se as boas carnes criadas em pastoreio, onde por 8€ comem 2 pessoas até cairem para o lado.
Se por um lado no Porto tomo cafés com amigos que se encontram dentro do meu "comprimento de onda" ,já na aldeola tomo cafés e bebo umas cervejas com os pastores, com os velhotes, e fala-se das coisas simples da vida.
Nas cidades, as pessoas aproxima-se umas das outras, pelas aparencias, por tudo o que nos rodeiam, e depois tentam encontrar pontos em comum, já nas aldeias as pessoas aproxima-se porque gostam e depois como gostam, cuidam. Por norma quado vou À aldeia, tomar um cafézito, as velhotas teimam em oferecer umas couves, umas batatas, etc para que eu nunca passe fome :lol: , e o que não me falta lá é terra para cultivar, já no Porto onde tenho uma varanda onde não nasce nada, e se tivesse fome, tenho a certeza que se viesse À rua estender a mão, a única coisa que via era manguitos.


Onde fica o atraso de vida???? Realmente não sei, quando estou no Porto, para ir a qualquer lado, demoro sempre meia hora a 1 hora o que me atrasa e muito a vida. Já na terreola, nesse espaço de tempo estou em Vila Real ou Bragança, ambas capitais de distrito, com cinemas, teatros, shopings, lojas do cidadão, o que quer que seja.

Se quiser perder mais tempo, então faço o que fiz este fim de semana, pelo preço de duas jantaradas no Porto, mais 2 saidas À noite (iguais a tantas outras), rumei a Varsóvia, onde talvez por ter estado sobe o regime Soviético, a Cultura é a custo zero, museus gratuitos, salas de Musica, espectaculos diários, haja tempo. (God Bless as promoções da TAP :clap: )

Eu infelizmente ao nascer, e ao contrario de todos os outros seres humanos, caiu sobre mim a maldição de só poder viver uma vez, sendo assim, prefiro ocupar o tempo que me resta, com os pequenos momentos unicos que o Mundo tem para oferecer.

Drake
17-11-2009, 18:19
Muito bem dito, ou melhor escrito pelos dois, fiquei sem palavras, ou melhor sem teclas para bater, está tudo dito.

Já te estou a ver organizares aí qualquer coisa lá para o Verão. Alojamento e comida nao deve ficar muito longe.
Com esse campo de futebol, bem que podias acrescentar uma futebolada, isto porque até lá, parece que ainda vamos ter umas kartadas.

zico
17-11-2009, 18:28
Eu acho que é tudo relativo. Tu falas do Porto como uma coisa grande, mas para mim o Porto é uma terreola. E se o compararmos a Nova York, Tokio e similares...então temos mesmo que catalogar o Porto na categoria do "Lugarejo". E um lugarejo onde não se passa nada...

Drake
17-11-2009, 18:45
Zico, entendo o que queres dizer, mas infelizmente não é bem assim.
O Porto está mais proximo de NYC do que de qualquer terra desse interior profundo. Até Lamego, Guarda ou por exemplo Vila Real onde teoricamente nao se passa nada, há engarrafamentos. Andei por lá o mês passado muito tempo e pasmei-me.
Tenho uma pessoa amiga, o Luis Afonso, que faz aqueles bonecos; o barba e cabelo no jornal "A Bola" e aquele bonequinho no Publico que agora nao lembro o nome, que em conversas me conta o estilo de vida que faz lá na terra com o seu magnifico 2CV (Pedro alô???).
Leva o filho á escola e a mulher ao trabalho na volta do quarteirão, volta a passar na escola e lá está o miudo à janela a dizer adeus, segue o seu caminho e pára par aum cafezinho.......e por aí fora. O almoço em calma com a familia, o inicio da segunda parte do dia... enfim, acho que essas pessoas têm grande quailidade de vida.

Diácono Luís
17-11-2009, 18:58
Da varanda do meu apartamento... vejo pessoas com andares cambaleantes de passos apressados...
Ruas cheias, sem ninguém...nineeleven_turbo, é o que é...

Falando sobre as grandes cidades Portuguesas, penso que, referindo-me ao Porto e Lisboa, quando comparados com NY, têm os inconvenientes sem ter as vantagens...

Drake
17-11-2009, 19:04
Falando sobre as grandes cidades Portuguesas, penso que, referindo-me ao Porto e Lisboa, quando comparados com NY, têm os inconvenientes sem ter as vantagens...

Ora nem mais, é isso mesmo. Uma correcta definição.

nineeleven_turbo
17-11-2009, 21:41
[quote="nineeleven_turbo":ztyh026u]Da varanda do meu apartamento... vejo pessoas com andares cambaleantes de passos apressados...
Ruas cheias, sem ninguém...nineeleven_turbo, é o que é...

Falando sobre as grandes cidades Portuguesas, penso que, referindo-me ao Porto e Lisboa, quando comparados com NY, têm os inconvenientes sem ter as vantagens...[/quote:ztyh026u]

Zico, esta afirmação do Diacono diz tudo. Há muita gentinha que puxa dos galões por viver em Lisboa ou no Porto, como se vivessem numa grande metropole, e no fundo nem sabem a figurinha riducula que fazem, pois não vivem em coisa nenhuma de jeito.
Estive este fim de semana em VArsóvia, que para mim foi uma alegre surpresa, uma capital saida das sobras de um regime Sovietico, ha bem pouco tempo ingressou na UE, e não me engano muito se afirmar que já deve estar uns bons 10 anos mais desenvolvida que a nossa Lisboa.
Relembro-te tambem, que à uns bons 50 anos, as estreias mundiais do cinema de Hollywood eram em NY, Londres, Paris e Lunada, sim, Luanda uma Metropole no meio de Africa, enquanto cá no continente nem sequer havia uma fábrica de papel higienico, para o pessoal limpar o :swear: .

A questão é, se vale ou não a pena viver em pleno sex XXI numa destas nossas cidades, quando a informação nos chega até nós a qualquer hora, basta para isso ligar o PC, se vale ou não a pena, torrar a vida em transitos caoticos, e o dinheiro em parquimetros, só pq se tem à nossa disposição 60 salas de cinema, das quais não usofruimos, pois todos querem ter cinema em casa.

redMX5
17-11-2009, 22:56
Eu sou alfacinha. Nasci e vivi em Alvalade 30 anos. Zona com boas acessibilidades, bons apoios comerciais e de serviços. Até tem algumas zonas verdes e de lazer, como por exemplo o Estádio 1º de Maio.
Agora vivo em Leiria desde há 22 anos, mantendo toda a minha família (filhos incluídos) na capital.
Nem eu nem a minha mulher, que em boa hora decidimos abandonar Lisboa para assentar arraiais nesta apital de distrito, pusemos hipótese de para lá voltar. E porquê? Porque como eu costumo dizer: Na província vive-se e em Lisboa sobrevive-se

Obrigado pelos belos textos que aqui produziram. Para mim é sempre uma benece poder lê-los.

RC_928S
18-11-2009, 11:51
Este é um tópico de resposta difícil.
Sou lisboeta e vivo no centro da cidade. Sempre vivi, excluindo os anos de Luanda. Por outro lado, passei muitos meses da minha vida na linda vila a que o nosso Provedor chama casa e ainda agora lá vou com muita frequência.

Acho que todos os sítios onde vivi têm vantagens e desvantagens e a escolha é 100% subjectiva. Adoro viver no centro de lisboa. Ir a pé ao cinema, aos espectáculos no coliseu ou ir de metro a qq outro ponto da cidade. Não gostaria de viver em NY... Lisboa ainda tem aspectos de terreola que me agradam.

Adorei viver em Luanda. Adorei viver em Bissau. Adorei viver em Cabinda e quase vivi em Paris um ano. Se querem que vos diga, o segredo está mais em aproveitar o que de bom cada sítio tem.

Claro que esta opinião é fácil pq tenho tido uma vida quase nómada, qd me farto de um sítio mudo e tenho sempre a hipótese de voltar ao meu refúgio que é Lisboa.

Se podia viver no campo? Sim e até tinha melhor qualidade de vida. Mas não era a mesma coisa. Sinto a falta das actividades culturais, especialmente aquelas q fazemos à noite com boa música, copos na mão e mocinhas simpáticas :D

nineeleven_turbo
18-11-2009, 16:10
Se podia viver no campo? Sim e até tinha melhor qualidade de vida. Mas não era a mesma coisa. Sinto a falta das actividades culturais, especialmente aquelas q fazemos à noite com boa música, copos na mão e mocinhas simpáticas :D


RC_928S, é do conhecimento geral, e os gatos fedurentos podem muito bem comprovar, que as gajas bouas, mas mesmo mesmo mesmo bouas, são as de Ermezinde :!:

Rambo
18-11-2009, 16:55
Também prefiro o campo (onde vivo) à cidade, mas o ideal era ter várias casas, algumas junto ao mar (espalhadas pela costa) 3 ou 4 na serra (Freita, Estrela, Douro, etc) uma no Porto, uma em Lisboa, uma no Alentejo (com fazenda, claro) uma em Vilamoura e uma na Galiza (zona de Baiona) :!:

nineeleven_turbo
18-11-2009, 17:17
Também prefiro o campo (onde vivo) à cidade, mas o ideal era ter várias casas, algumas junto ao mar (espalhadas pela costa) 3 ou 4 na serra (Freita, Estrela, Douro, etc) uma no Porto, uma em Lisboa, uma no Alentejo (com fazenda, claro) uma em Vilamoura e uma na Galiza (zona de Baiona) :!:

Estou a ver que a zona de Baiona, subiu-te mesmo à cabeça :P

Diácono Luís
18-11-2009, 18:25
Também prefiro o campo (onde vivo) à cidade, mas o ideal era ter várias casas, algumas junto ao mar (espalhadas pela costa) 3 ou 4 na serra (Freita, Estrela, Douro, etc) uma no Porto, uma em Lisboa, uma no Alentejo (com fazenda, claro) uma em Vilamoura e uma na Galiza (zona de Baiona) :!:

Ter uma casa em cada sítio, é poético... A gestão disso é completamente impossível para o comum dos mortais.

Eu tenho uma casa de praia com conservação mínima, e mesmo assim é um entrave.

Ter dinheiro para frequentar as Pousadas, que estão estratégicamente colocadas, representa uma forma muito mais racional (e económica) de dar continuidade à tua imaginação...

A Fazenda no Alentejo, como lhe chamas, é algo que está perto do presente envenenado nos dias que correm...

Rambo
19-11-2009, 1:32
Também prefiro o campo (onde vivo) à cidade, mas o ideal era ter várias casas, algumas junto ao mar (espalhadas pela costa) 3 ou 4 na serra (Freita, Estrela, Douro, etc) uma no Porto, uma em Lisboa, uma no Alentejo (com fazenda, claro) uma em Vilamoura e uma na Galiza (zona de Baiona) :!:

Estou a ver que a zona de Baiona, subiu-te mesmo à cabeça :P


É uma zona Bonita e sossegada (já lá fiz férias) e depois fica perto do aeroporto de Vigo :lol: (é só aviões :D )

Rambo
19-11-2009, 1:42
Também prefiro o campo (onde vivo) à cidade, mas o ideal era ter várias casas, algumas junto ao mar (espalhadas pela costa) 3 ou 4 na serra (Freita, Estrela, Douro, etc) uma no Porto, uma em Lisboa, uma no Alentejo (com fazenda, claro) uma em Vilamoura e uma na Galiza (zona de Baiona) :!:

Ter uma casa em cada sítio, é poético... A gestão disso é completamente impossível para o comum dos mortais.

Eu tenho uma casa de praia com conservação mínima, e mesmo assim é um entrave.

Ter dinheiro para frequentar as Pousadas, que estão estratégicamente colocadas, representa uma forma muito mais racional (e económica) de dar continuidade à tua imaginação...

A Fazenda no Alentejo, como lhe chamas, é algo que está perto do presente envenenado nos dias que correm...


Concordo com Sua Exª, duas casitas chegam, uma no campo e outra à beira-mar e as restantes alugam-se (pousadas e hoteis) assim haja verba para gerir :D ; mas se um "home" tivesse 12 casas também era bom sinal...

pedro2cv
19-11-2009, 8:51
Também prefiro o campo (onde vivo) à cidade, mas o ideal era ter várias casas, algumas junto ao mar (espalhadas pela costa) 3 ou 4 na serra (Freita, Estrela, Douro, etc) uma no Porto, uma em Lisboa, uma no Alentejo (com fazenda, claro) uma em Vilamoura e uma na Galiza (zona de Baiona) :!:

Estou a ver que a zona de Baiona, subiu-te mesmo à cabeça :P


É uma zona Bonita e sossegada (já lá fiz férias) e depois fica perto do aeroporto de Vigo :lol: (é só aviões :D )

O que tu queres sei eu :devil: :devil: :devil: :*


8)

nineeleven_turbo
19-11-2009, 14:20
Continuo à achar que o preço de uma casa de férias, dá para passar ferias pelo mundo inteiro, durante toda uma vida, e não ficamos agarrados a ter que lá ir todos os anos abrir as janelas para arejar arejar os euros que lá enterrámos.