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Antigo 09-07-2014, 8:15
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Tratei de me documentar e acontece que não estive muito longe da "verdade"...:

As previsões da lei de Hubble apontam para uma idade do Universo entre 13 e 15 mil milhões de anos. Para a Via Láctea, quase tão velha como o próprio Universo, é estimada uma idade de 13.6 mil milhões de anos. A datação de meteoritos do sistema solar, das rochas mais antigas da Terra (pequenos cristais de zircónio provenientes das Jack Hills, Austrália Ocidental), assim como dados obtidos da actual fase da vida do Sol apontam para uma idade do sistema solar entre 4.5 e 4.6 mil milhões de anos. Portanto, foi aproximadamente com dois terços da idade actual do Universo que num dos braços da Via Láctea, no seio de uma nuvem molecular gigante, se precipitou a agregação, por gravidade mútua dessas partículas, dando origem ao Sol e, na sua periferia, ao sistema solar.

No entanto estes números têm uma variabilidade considerável segundo o artigo que reproduzo abaixo:

O Universo tem mais de 15 bilhões de anos de idade, segundo a Astrofísica. Mas como se sabe disso?
O primeiro método para se fazer tal avaliação tem o nome de núcleocosmocronologia, que significa a medida do tempo cósmico pela análise dos núcleos atômicos. A técnica, simples, em princípio, é a mesma com que se determina a idade de uma múmia e se baseia no decaimento radioativo, ou na emissão de partículas, por átomos instáveis.
A diferença com a arqueologia é que esta emprega um átomo de vida curta, o carbono – 14 (numa certa quantidade desses átomos metade se transforma no estável carbono – 12 em apenas 6 000 anos, a sua chamada meia-vida). A núcleocosmocronologia exige átomos de meia-vida bem mais longa, como o tório-232 (13,9 bilhões de anos). E o Urânio (4,5 bilhões de ano). Os únicos fragmentos cósmicos que podemos analisar com um contador Geiger são os meteoritos que aqui aportam. O tório e o urânio indicam que eles têm 4,55 bilhões de anos, que será a idade do sistema solar: foi quando este nasceu que os meteoritos se solidificaram.

O Universo, é claro, tem de ser mais velho, mas é possível recuar ainda mais – para o momento em que nascemos os próprios átomos, inclusive o tório e o urânio. Para isto, alguns pesquisadores, como o americano David Schramm, partiram da teoria que explica a síntese dos núcleos atômicos nas estrelas. A teoria diz que a explosão de uma grande estrela produz, em média, 1,6 tório – 232 para cada urânio – 238. Ou seja, eles são criados na proporção de 1,6 para 1. É claro que essa proporção muda com o tempo, já que o urânio tem meia-vida mais curta e se desintegra mais rapidamente: assim, quando se verifica que hoje existem 4 tórios – 232 para cauda urânio – 238, pode-se avaliar o tempo decorrido desde a sua criação.
A resposta mais simples são 9 bilhões de anos. Isso no caso do de todas as supernovas que formaram o sistema solar terem explodido ao mesmo tempo. Se as explosões ocorreram várias ocasiões, ao longo do tempo, a resposta são 16 bilhões de anos. Isso dá uma idéia da idade da Via Láctea, mas pode-se retroceder ainda mais lançado mão do segundo método capaz de indicar a idade do Universo. Ele apela para as mais antigas estrelas da Galáxia, que se acham agrupadas ás dezenas de milhares nos aglomerados globulares, do tipo de 47 Tucanae ou de Omega Centauri. Num algomerado onde as estrelas com 80% da massa do Sol estão esgotando sua reserva de hidrogênio, seu principal combustível tem 20 bilhões de anos.

A equipe do americano Allan Sandage, entre outras, obteve idades de 14 a 20 bilhões de anos para os aglomerados globulares mais pobres em ferro. Estes seriam os limites para a idade da Galáxia. O terceiro método consiste em determinar há quanto tempo o Universo está se expandindo. Para isto, basta medir a velocidade com que as galáxias se afastam umas das outras, inverter o movimento e calcular quanto tempo elas levariam para cair umas sobre as outras. Os resultados se dividem em dois grupos. Os pesquisadores liderados por Sandage obtêm 50 quilômetros por segundo, e os liderados pelo francês Gerard de Vaucouleurs obtêm 100 quilômetros por segundo. Esse valor, é bom lembrar, vale para galáxias distantes entre si de 1 megaparsec (ou 3,26 milhões de anos-luz).


Quem é que acha este número como algo ao qual não dar a devida atenção... que máquina faria uma viagem destas e em quanto tempo?

O primeiro valor significa que o Universo tem 20 bilhões de anos, e o segundo, 10 bilhões. Essa disparidade pode ser reduzida fazendo-se o balanço global dos três métodos. A nucleocosmocronologia e a evolução estelar dão 14 a 16 bilhões de anos para a Via Láctea. Como as galáxias se formaram menos de 1 bilhão de anos depois do Big Bang, a idade mínima do Universo seria 15 bilhões. Descartam-se os 10 bilhões dados por de Vaucouleurs porque o Universo não pode ser mais jovem que os objetos que ele contém. A idade máxima, por sua vez, é dada pelo limite encontrado por meio da rapidez de expansão cósmica. Para diminuir ainda mais a incerteza, a Astrofísica terá de trabalhar arduamente, fazendo melhores observações e elaborando teoria mais refinadas.
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Última edição por Cassadoure : 09-07-2014 às 8:17 Motivo: ortografia
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Quem perde tempo a ver "relatos crediveis" também é capaz de ganhar alguma coisa com a informação que se segue:
Com a devida vénia ao autor...
Vida inteligente no universo

publicado em tecnologia por Cuffman




Sabemos que a nossa galáxia possui centenas de bilhões de estrelas, grande parte delas com planetas orbitando ao seu redor. Sabemos ainda que existem centenas de bilhões de galáxias. Dada a imensidão do universo, será a Terra o único planeta que contem vida?





Sabemos que a nossa galáxia (Via Láctea) possui centenas de bilhões de estrelas, grande parte delas com planetas orbitando ao seu redor. Sabemos ainda que existem centenas de bilhões de galáxias. Partindo desse principio fica difícil imaginar que somente este pálido ponto azul na Via Láctea, chamando planeta terra seja capaz de ter originado vida, uma vez que os elementos químicos básicos necessários estão presentes em todo o universo. Uma frase escrita pelo falecido astrônomo Carl Sagan, em seu romance Contato expressa bem esse sentimento, “se não existe vida fora da terra, então o universo é um grande desperdício de espaço”. Mas onde estão os extraterrestres? Será que eles existem? Será que já fomos visitados? Se já fomos visitados por que não temos nenhuma prova concreta documentada? Seremos um dia contatados?
Por que ainda não entramos em contato com outras formas de vida inteligente no cosmos? Radiotelescópios do projeto SETI representados no filme Contato(Direção de Robert Zemeckis)
A Via Láctea possui cerca de 100 mil anos luz de diâmetro. Isso significa dizer que a luz, que é capaz de dar 6 voltas ao redor da terra em um piscar de olhos, precisa de 100 mil anos para viajar de uma extremidade a outra da nossa galáxia. Nós, seres humanos, não conseguimos ir muito longe se quer no sistema solar. Conseguimos alguns feitos, como pousar na lua ou enviar sondas a marte. Dada à impossibilidade tecnológica de se enviar foguetes tripulados a outros pontos da galáxia, a maneira mais viável de se contatar vida inteligente talvez seja de forma indireta, como por exemplo, através de ondas de rádio e tv.
Se conseguimos criar uma tecnologia capaz de enviar nossas transmissões de rádio e tv através do espaço na velocidade da luz, é provável que outras civilizações extraterrestres também possam fazê-lo. É exatamente desse principio que parte o projeto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence), que se utiliza de grandes radiotelescópios (os mais famosos em Arecibo/Porto Rico) com o intuito de captar possíveis transmissões de civilizações inteligentes espalhadas pelo universo. Até o momento, diferentemente de Contato, romance de ficção cientifica de Sagan, não se ouviu nada no universo além de um grande silêncio profundo.
Da mesma forma que procuramos por ondas de rádio e tv, nossas transmissões também são enviadas para o cosmo, havendo a possibilidade de que sejam captadas por outras formas de inteligências. Porém avançamos muito pouco em nossa “bolha de rádio”, desde as primeiras transmissões. Fomos capazes de Alcançar menos de 100 anos-luz (esse valor é calculado a partir da data da primeira transmissão), valor insignificante comparado aos 100 mil anos-luz de comprimento de nossa galáxia (é como se a Via Láctea fosse um estádio de futebol e a nossa “bolha de rádio” uma pequena esfera de chumbinho). O astrofísico Neil De Grasse Tyson fez uma interessante analogia sobre esse fato, afirmando que pelo pouco que fomos capazes alcançar no universo, encontrar vida inteligente seria semelhante a pegar um copo de água do oceano e afirmar que não existem baleias.
Deve-se levar também em consideração que se nossas ondas de rádio enviadas a 100 anos atras forem captadas exatamente hoje por uma civilização inteligente, só saberemos disso daqui a 100 anos, pois esse será o tempo necessário para que uma resposta viaje de volta até nossos radiotelescópios. Por outro lado, nossa galáxia pode estar também repleta de “Impérios Romanos”, ou seja, civilizações não tecnológicas, incapazes de captar nossas transmissões.
Outra questão que deve ser analisada é a da evolução das espécies. Existimos hoje como seres ditos “inteligentes”, pois a história da vida na terra é muito particular. A 65 milhões de anos aconteceu um desastre de grandes proporções provocado pelo choque de um asteroide de 10 km de diâmetro com a terra. Está colisão é considerada até o momento como responsável pela segunda maior extinção em massa da historia do nosso planeta (extinção K-T ou Cretáceo-terciário). Esse evento é conhecido também por ter provocado o desaparecimento dos dinossauros, o que acabou beneficiando os pequenos mamíferos noturnos do Cretáceo. A partir desse momento, os mamíferos, na ausência dos perigosos dinossauros, ocuparam os mais variados ambientes e diversificaram-se nas mais diversas formas, dando origem, dezenas de milhões de anos depois em uma espécie capaz de inventar a matemática e o telescópio Hubble - os Homo sapiens.
Mas e se os dinossauros não tivessem sido extintos, será que se tornariam um dia seres inteligentes através da evolução? Não sabemos. O que sabemos é que eles dominaram o planeta por pelo menos 150 milhões de anos e, no entanto permaneceram burros. A lição que podemos tirar disso é: a função da evolução não é criar vida inteligente, e sim se adaptar ao ambiente. Não necessariamente a evolução deve levar a inteligência, ou seja, o universo pode estar repleto também de vida complexa (multicelular), porém não inteligente.
Mas digamos também que existisse a 65 milhões de anos atrás uma espécie de dinossauro que estivesse se diferenciando das demais em relação ao tamanho de seu cérebro. Se essa espécie sobrevivesse, evoluísse e um dia tivesse se tornado inteligente, seus ETs dos filmes de ficção científica teriam cara de répteis e não de humanoides. Isso nos leva a questionar muito do que é difundido pelos ufólogos.
Existe vida inteligente em outros cantos da Via Láctea? Arte de capa do livro A física do futuro (Michio Kaku)
Nos anos 50, o grande físico italiano Enrico Fermi especulou sobre a vida extraterreste inteligente em nossa galáxia e concluiu que ela era improvável. Fermi partiu do seguinte raciocínio: A via Láctea tem cerca de 10 bilhões de anos. O sol e o sistema solar, cerca de 5 bilhões. Supondo que uma civilização inteligente tenha surgido em algum lugar da galáxia a 8 bilhões de anos, eles teriam 3 bilhões de anos para evoluir tecnologicamente antes do Sol se formar. Sabe-se que nossa espécie, Homo sapiens, considerada inteligente, possui entre 200 a 300 mil anos de existência e mesmo assim já fomos capazes de pisar na lua e enviar uma sonda (Voyager) capaz de viajar para fora do sistema solar. Imagine o que seríamos capaz de alcançar com bilhões de anos de desenvolvimento tecnológico? Segundo Fermi, não existe vida inteligente em outros pontos da galáxia, uma vez que esses seres teriam tido pelo menos 5 bilhões de anos para explorá-la de uma ponta a outra e nos encontrar. Será que Fermi tinha razão?
O físico teórico Michio Kaku, bastante conhecido no campo da Teoria das cordas, tem uma opinião bem diferente. Em seu livro A Física do futuro, pede para abrirmos nossa mente para um possível contato com inteligência extraterrestre em meados do século XXI. Mas será que essa previsão se mostrará correta? É preciso viver por mais 50 anos para descobrir. Para Michio Kaku existem 3 possíveis modelos de civilizações espalhadas pelo cosmos - as civilizações de tipo 1, tipo 2 e tipo 3. Civilizações de tipo 1 (ou planetárias) seriam aquelas capazes de dominar toda a energia de seu planeta. Portando elas poderiam conter vulcões, terremotos ou tsunamis; poderiam controlar o clima e os oceanos de seu planeta. Já civilizações de tipo 2 (ou estelares) seriam capazes de controlar a energia de uma estrela, ou seja, poderiam modificar eras glaciais, defletir meteoros e cometas ou até sobreviver a morte de sua estrela, mudando seu planeta de lugar. E por fim, civilizações de tipo 3 (ou galácticas),que teriam controle sobre toda a produção de energia de uma galáxia. Pode ser que para eles se abram portais, buracos de minhocas ou até outras dimensões. De acordo com essa classificação, nos enquadraríamos como uma civilização do tipo 0, com possibilidade de atingimos o estágio de tipo 1 até 2100.
Astrobiologia: uma ciência nova em busca de vida no universo
Surgida recentemente como ciência, a astrobiologia busca entender o fenômeno da vida em nosso universo. Sendo um campo de pesquisa multidisciplinar, depende de profissionais das mais diversas áreas, tais como biologia, química, geologia, física, astronomia, dentre outras para tentar responder perguntas que cada uma delas não conseguiria isoladamente. Dentre os mais variados interesses da astrobiologia, encontra-se a origem da vida, onde tenta-se especular (cientificamente) sobre a possibilidade de esse fenômeno ter acontecido em outro lugar do universo. A ideia é entender a vida como mais um dos processos que acontecem em nosso universo, como mais um processo físico-químico que existe em interação com um planeta.
Antes de tudo, para estudar o fenômeno da vida é preciso saber dizer o que é vida. O problema é que é muito difícil de se chegar a uma definição precisa e geral, uma vez que conhecemos somente exemplos de vida restritos ao nosso planeta. A definição oficial da NASA, por exemplo, diz que "a vida é um sistema químico autossustentado capaz de sofrer evolução darwiniana", mas será que podemos generalizar esse conceito para todo o universo? Essa é uma grande pergunta a ser respondida pelos cientistas. Será que podemos aplicar nossos modelos e definições para se buscar vida em outras partes do universo ou a vida tal como a conhecemos está muito restrita as condições específicas e a bioquímica do nosso planeta?
Será que somos alienígenas? A teoria da Panspermia. Meteorito marciano ALH84001,0.
Em meados do século XX, o químico Svante Arrhenius sugeriu que esporos bacterianos individuais poderiam flutuar pela galáxia até chegar a algum planeta onde pudessem iniciar um processo de colonização. A essa teoria, Arrhenius deu o nome de panspermia, que significa “sementes por toda parte”. Existem alguns argumentos a favor dessa hipótese, uma vez que diversos compostos orgânicos já foram encontrados em associação com meteoritos, mostrando que a formação dessas moléculas no universo é mais comum do que se parece. O problema é que a panspermia, se confirmada, não responde muita coisa sobre a origem da vida. Se levarmos em consideração que a vida surgiu em outro planeta e chegou a terra pegando carona em um meteorito, continuaríamos sem saber como a gênese da vida aconteceu nesse outro planeta. A ciência tem estudado sobre a possibilidade de Marte ter abrigado vida microbiana em seu passado remoto, ou ainda se atualmente ela existe em seu subterrâneo. Em 1996, cientistas da Nasa afirmaram ter encontrado evidencias de vida unicelular fossilizada em um meteorito proveniente de Marte. Estre fragmento encontrado na Antártida em 1984, foi batizado de ALH84001,0 e até hoje não foi possível confirmar se os fósseis seriam realmente de microorganismos marcianos ou se seriam fruto de uma contaminação em ambiente terrestre. Alguns pesquisadores sugerem que a vida pode ter surgido em marte e depois ter colonizado a terra. O biólogo evolucionista Richard Dawkins afirmou que encontrar vida em Marte baseada em DNA seria por um lado desanimador, pois isso significaria que não teríamos uma nova amostra de vida para comparar com a existente na terra e talvez elaborar um conceito de vida muito mais abrangente.
Será que somos realmente inteligentes? Filme: Planeta dos macacos - a origem
Se compararmos o nosso DNA com o dos nossos primos chimpanzés, percebemos que existe uma diferença de menos de 2%. Porém, diferente deles, somos capazes de criar telescópios, foguetes espaciais, fibra ótica, de entender a relatividade e a física quântica (pelo menos alguns de nós). Se pudéssemos construir uma máquina do tempo e tentar viajar para um futuro onde exista uma espécie 2% mais evoluída do que nós, não fica difícil imaginar o quão superior intelectualmente ela seria. Como seria esse encontro? Será que eles estariam interessados em conversar conosco? Muito provavelmente não, afinal qual de vocês pararia para tentar estabelecer um diálogo com um macaco?
Se formos transpor esse raciocínio para o universo, ao considerar que existisse uma civilização que evoluiu ao ponto de possuir uma inteligência tão elevada, que permitisse que eles criassem uma tecnologia capaz de transpor distâncias intergalácticas, eles talvez não se mostrassem interessados em dialogar conosco. Um ser humano precisa de uma década de estudos intensos para entender um pouco sobre física quântica. Uma criança extraterrestre, membro dessa civilização, talvez entendesse isso de forma intuitiva e provavelmente seria capaz de fazer cálculos de astrofísica de cabeça com a mesma facilidade que fazemos operações básicas de soma e subtração. Talvez eles passassem por nós e nem nos dessemos conta de sua inteligência, da mesma forma que um verme está longe de imaginar que ao passarmos por eles, nos consideramos superiores. Nós também não paramos para conversar com vermes. Isso leva a uma conclusão meio assustadora, talvez os extraterrestres já estejam entre nós, mas somos incapazes de detectar a sua presença.
Infelizmente nada indica que essa nossa experiência com a máquina do tempo pudesse ser bem sucedida, pois para que encontremos no futuro seres mais inteligentes do que nós, é necessário que em nossa população, os indivíduos de maior inteligência sejam os que se reproduzam com mais frequência. Atualmente não há nenhuma evidência de que isso seja verdade. Essa questão foi satirizada no filme Idiocracy, onde um militar de inteligência mediana, após uma experiência de criogenia mal sucedida, desperta em um futuro onde todas as pessoas são completamente idiotas e acaba por se tornar a pessoa mais inteligente da terra.
O encontro com extraterrestres seria benéfico ou maléfico? Filme: O dia em que a terra parou (1951)
Os extraterrestres estão presentes na literatura e no cinema a bastante tempo. Essas obras se dividem em duas vertentes - aquelas onde os alienígenas são pacíficos (ex: O dia que a terra parou) e aquelas onde eles se apresentam como seres agressivos (ex: Guerra dos mundos). Mas na vida real, que postura será que eles adotariam em relação a nós?
O físico Stephen Hawking alerta para que evitemos o contato com eles - “se os alienígenas nos visitarem, as consequências seriam semelhantes às que aconteceram quando Colombo desembarcou na América, algo que não acabou bem para os nativos”. De fato, a guerra entre os povos humanos é figurinha carimbada ao longo da história, onde geralmente o povo com maior desenvolvimento tecnológico tende a suprimir aquele que é inferior. Porém, essa visão de Hawking está inteiramente baseada na natureza humana, sendo um problema muito difícil especular sobre o psicológico de seres que evoluíram em situações completamente diferentes das nossas.
Extraterrestres e a pseudociência As gigantes estátuas de pedra da Ilha de Pascoa. Obra humana ou extraterrestre?
Você talvez esteja se perguntando sobre a enorme quantidade de casos relatados pela ufologia, tais como avistamentos de óvnis, relatos de abdução ou também sobre a famosa teoria dos astronautas do passado. O que pensar sobre tudo isso? Será que essas informações são realmente confiáveis? Recentemente tive a oportunidade de folhear o livro Mistérios do desconhecido: contato alienígena, uma coletânea de relatos de abdução. O detalhe mais evidente que se pode notar nesta edição é a relação entre a tecnologia apresentada com a época em que ocorreu uma abdução, ou seja, é possível ler relatos absurdos para os tempos de hoje, como por exemplo, naves portando escadas de corda. Tudo é muito questionável.
Você talvez já tenha ficado intrigado ao ligar a TV e ter presenciado matérias em que pessoas alegavam estar em constante contato com extraterrestres. Carl Sagan relatou que muitas vezes recebeu cartas dessas pessoas, através das quais era convidado a fazer qualquer pergunta. Sagan percebeu que perguntas científicas mais complexas nunca eram respondidas. Por outro lado, questões mais vagas, como por exemplo, “devemos ser bons?”, quase sempre tinham resposta.Para Sagan é curioso que apesar de tão mais avançados que nós, os extraterrestres se sintam felizes apenas em responder questões superficiais, quando poderiam definitivamente mostrar que sabem mais que do que os seres humanos.
Se recorrermos a dados estatísticos, é válido citar a pesquisa ROPER, realizada em 1992 nos Estados Unidos. Segundo essa pesquisa, 2% dos norte-americanos acreditam que já sofreram um processo de abdução, o que chega representar uma quantidade considerável de indivíduos dentro de uma população. Se formos considerar ainda o fato de que os ETs não estão interessados apenas em norte americanos, podemos concluir que algumas dezenas de milhões de seres humanos já passaram por alguma experiência desse tipo. É importante ainda frisar que uma porcentagem significativa de relatos de abdução está associada a experimentos reprodutivos, onde são extraídas amostras de óvulos ou espermatozoides das vítimas.
Quer dizer, apesar das milhões de experiências realizadas com nossos gametas, os extraterrestres ainda são incapazes de entender sobre a nossa biologia? Não faz sentido algum supor que seres com um conhecimento tão avançado em engenharia e física sejam tão atrasados em questões de biologia a ponto de precisarem extrair milhões de óvulos e espermatozoides humanos ao longo décadas. Há de se convir que uma única experiência fosse o suficiente para que pudessem decifrar o nosso genoma e ir embora tranquilamente para seu planeta natal.
A ciência hoje em dia reconhece que muitos desses relatos, quando não são falsos, estão relacionados a estados alterados da mente. Como por exemplo, podendo ser provocadas pela paralisia do sono, capaz de provocar alucinações nas pessoas que a experimentam. Inclusive, ao longo da história, muitas crenças e folclores falam sobre demônios presentes durante o sono ou até duendes. A diferença de hoje para a idade média é que em uma mente do século XXI, nossas alucinações passam a ser algo mais moderno, tal como visões de extraterrestres.
Outra narrativa muito comum da ufologia fala a respeito de uma nave extraterrestre que foi abatida por um caça norte-americano ou russo, caindo em alguma localidade. As pessoas tentam chegar até o local para flagrar os destroços, mas o exército chegou primeiro e limpou toda a área. Bem, é um pouco difícil imaginar que uma nave interstelar seja abatida por um “primitivo” e “obsoleto” caça terrestre. Como poderiam ser tão descuidados a esse ponto?
Comuns também são os relatos de avistamentos de OVNIS, que quando analisados de forma mais criteriosa por especialistas, logo são desmistificados. Embora muitas pessoas relatem com honestidade o que observaram, o que elas realmente presenciaram foram: fenômenos naturais, aviões pouco convencionais, balões de elevadas altitudes, planetas vistos em condições atmosféricas incomuns, satélites, meteoros ou até insetos luminescentes.
Um famoso caso é de um policial norte-americano que dirigindo freneticamente em uma estrada cheia de curvas, não percebeu que na verdade ele estava seguindo a luz emitida pelo planeta Vênus. Como podemos notar, nenhum depoimento de testemunha é uma boa evidência, uma vez que as pessoas facilmente cometem erros.
Provavelmente existam casos realmente intrigantes, mas deve-se ter muito cuidado com o que é dito no campo da ufologia. Certa vez, em um dos canais de maior audiência do país, um ufólogo afirmou: “A Arqueologia hoje reconhece que fomos visitados no passado por alienígenas”. Evidentemente, a Arqueologia, como uma ciência séria, que se baseia em evidências, jamais afirmaria isso. Trata-se de um equivoco por parte do ufólogo, que confundiu a pseudociência da teoria dos Astronautas do passado com ciência de verdade.
A teoria dos astronautas do passado, popularizada por Erick Von Daniken a partir do seu primeiro livro Eram os deuses astronautas? (anos 60) parte do principio que nossos ancestrais eram inferiores, incapazes de erguer grandes obras, como as grandes pirâmides egípcias ou maias, o que é uma falácia completa. Na verdade nossos antepassados eram tão inteligentes e criativos quanto nós, embora limitados tecnologicamente. Esse tipo de pseudociência funciona mais ou menos assim: alguém descobre em Bagdá uma pilha primitiva e artesanal datada de 2000 anos atrás. Os entusiastas da teoria do astronauta do passado pegam essa ideia e fazem um livro ou um documentário, onde afirmam que a 2000 anos atrás um pobre habitante de Bagdá seria incapaz de inventar aquilo, ou seja, foram os alienígenas que desceram a terra e ensinaram isso para eles. Bem forçado e sensacionalista.
A lição mais óbvia que podemos tirar de tudo isso é a importância de se checar as evidências e analisar o quanto elas podem ser confiáveis. Se não for assim, corremos o risco de nos enganar e acreditar em situações que estão completamente fora da realidade. Da mesma forma, o que hoje pode ser considerado um fato, pode futuramente ser descartado com base no surgimento de novas evidências. Devemos também estar atentos a essas mudanças.
Os extraterrestres e o cinema Orson Welles encenando A guerra dos mundos de H.G. Wells
A idéia de se fazer filmes sobre extraterrestres tem certa relação com a astronomia do final do século XIX. Alguns astrônomos conseguiram através de telescópios, tirar fotos da superfície de marte. Essas imagens pareciam indicar a existência de estruturas artificiais, chamadas na época de “canais”. Um empresário norte americano, Percival Lowell, empolgado com a idéia de vida em marte, chegou a criar um observatório e escreveu até um livro sobre o assunto. Apesar de no século XX, telescópios mais potentes terem identificado que os canais de marte não passavam de ilusões de ópticas causadas pela baixa resolução das imagens, o conceito de marcianos já tinha dominado o imaginário popular e uma série de obras de ficção cientifica foram produzidas sobre o assunto.
Para consagrar de vez os ETs, em 1938, Orson Welles realizou uma adaptação para o rádio da obra de H.G. Wells, A guerra dos mundos (de 189, romance que tem como pano de fundo uma invasão marciana. Essa transmissão é considerada como a mais famosa da história por ter causado histeria nacional. Grande parte dos telespectadores começou a acompanhar o programa depois do aviso de que se tratava de uma obra de ficção científica. Graças a esse acontecimento, Hollywood percebeu o potencial da temática extraterrestre e iniciou-se a produção de uma série de filmes sobre o gênero. Dentre os meus favoritos encontram-se Contato, uma adaptação do romance de Sagan e K-Pax.
A raridade da terra e a necessidade de sua preservação Documentário HOME: um filme sobre sustentabilidade
Hoje somos capazes de estudar outros planetas, não só no sistema solar como também fora dele. O que se percebe é que a terra é um lugar extremamente especial e privilegiado. Quando olhamos para nosso sistema solar, por exemplo, observamos planetas com condições totalmente impróprias a existência de vida (tal como conhecemos). Vênus é considerado um inferno, com um intenso efeito estufa que provoca uma temperatura de 450º célsius em sua superfície, com nuvens de ácido sulfúrico e abundância de partículas de enxofre. Marte, embora pareça ter tido um passado exuberante, com água em abundância e céu azul, hoje não passa de um deserto gelado. Júpiter e Saturno são planetas gasosos, ou seja, não possuem superfície. O físico brasileiro e escritor Marcelo Gleiser defende uma espécie de manifesto pela terra em seu livro Criação imperfeita, uma vez que ao aprendermos sobre a raridade do nosso planeta, cabe a nós, seres humanos, ditos inteligentes, dedicar a nossa existência também a preservação da terra e da variedade de vida contida nele.



E com esta me despeço de todos os UFISTAS!
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  #43  
Antigo 09-07-2014, 22:01
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Cassadoure:

Não adianta tecer conjecturas sobre o desconhecido... Devemos ser cépticos e cautelosos, mas não descartar a hipótese.

Não adianta dizermos que é impossível viajar mais rápido que a luz... alguém o poderá fazer de uma forma qualquer.

Se tivesses visto alguns dos vídeos, em especial a as duas temporadas da série "Extraterrestres", existem factos e achados que nos fazem pensar que as coisas não são assim tão simples...

Para hoje um vídeo sobre mutilações (cirúrgicas) efectuadas em animais... vale o que vale, mas não parece ser uma charlatanice...

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  #44  
Antigo 11-07-2014, 21:39
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Para este fim-de-semana...

Sobre Roswell este é o melhor documentário que vi... ainda conseguem depor muitas pessoas vivas ao tempo!



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  #45  
Antigo 14-07-2014, 23:45
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Como funcionaria uma nave extraterrestre?

Reunimos uma data de cientistas... e vamos ver o que dizem...

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  #46  
Antigo 16-07-2014, 21:22
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Os pilotos de Linha Aérea ou militar são por excelência quem melhor descreve os encontros com ovnis.

Vamos ouvir as comunicações dos pilotos retiradas das caixas negra. Muito interessante...

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  #47  
Antigo 20-07-2014, 21:36
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Mais um vídeo muito interessante pelas reflexões apresentadas... infelizmente em espanhol, mas fácil de entender.

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  #48  
Antigo 26-07-2014, 21:16
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Um vídeo que aborda o caso das abduções, com depoimentos de gente idónea...

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  #49  
Antigo 31-07-2014, 21:49
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No seguimento do post anterior, e ao mais alto nível... infelizmente em espanhol...

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Não há idades… porque todos somos meninos perante e beleza e a sedução de um Porsche
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Antigo 05-08-2014, 1:22
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