VW ID.5 – Um Carro Medíocre ou Um “Sucesso Adiado” ?

[Diácono Luís]

Black Piano

(uma praga que não nos deixa)

Os construtores descobriram um material que é inegavelmente bonito, mas que ao fim de um dia de utilização, está com aspecto imundo.

Não se aplicando no caso do ID.5, já tive um carro, em que o dito material estava aplicado na parte superior do tablier, que me obrigada a andar com um pano na bolsa da porta para o tapar quando o Sol incidia nele. É que, em determinadas orientações do Sol, o reflexo era tal, que incomodava os nossos olhos de uma forma insuportável.

Por sorte, e em lugar nenhum o Zoe dispõe deste material.

[Diácono Luís]

Consumos Reais

Quando no post nº. 11 alvitrei que entre recargas (levando em conta a recomendação da fábrica de utilizar a bateria entre os 20% e os 80%) a autonomia, por mim estimada, ficaria limitada a 240 Kms., acabei por ficar muito perto da verdade.

Ontem foi um dia em que acabei por fazer esses kms. (com mix de tudo, desde a cidade à estrada - mais estrada sempre que cidade - umas vezes mais depressa, outras vezes mais devagar) e constatei essa realidade.

Outra coisa que podemos desde já assegurar é que (apesar do tamanho e peso), este motor não é um primor em eficiência energética. Consome mais do que seria suposto. Que gaste mais que o Zoe é perfeitamente acetável. Mas acontece que, mesmo descontando esse facto, é demais...

Mas vamos às fotos!

Se a autonomia fosse entre os 20% e os 80%, como vamos ver, não teria atingido os 240 Kms. estimados.
Fez 253 kms., a uma média de 60 Kms/hora, e gastou 19,7 Kvh.


Acontece que a bateria ficou nos 8%. É só fazer as contas...
Contas feitas, a autonomia dos 60% de bateria foram 211 kms.

[Diácono Luís]

Botão de Ligar/Desligar

(antigo botão de ignição)

Embora o carro possua o automatismo de se ligar quando sente o condutor no banco (que no meu caso, devido ao meu peso, ele não hesita um momento), não é menos verdade que, em especial ao desligar, me é confortável accionar o botão para desligar tudo.

Acontece que os “Miúdos de Wolfsburg” resolveram colocar o referido botão no local onde seria instalado o canhão de fechadura, no caso do carro exigir chave.


Tenho para mim que é uma poupança clara, bem ao estilo de marcas low cost. Vi algo semelhante na FIAT.

O curioso é que mesmo ao lado, e totalmente desaproveitado, está um espaço ideal para localização do referido botão.

O Zoe tem o botão colocado num local consensual e óbvio

Localização completamente inadequada
Local de colocação perfeita a uns poucos centímetros

[Diácono Luís]

Encosto de Braço

Li, ou ouvi, nalguma publicação um elogio ao repousa braço individual do ID.5.

Na verdade um encosto de braço individual é melhor do que um que sirva os dois passageiros da frente ao mesmo tempo, uma vez que o posicionamento individual do banco, por vezes cria alguma falta de conforto a um dos passageiros.

Agora para fazer o encosto individual, como em tudo na vida, tem que ser bem feito, o que não é o caso.

O apoio de braço é demasiado curto para quem tem um braço um pouco mais comprido, e por outro lado a sua grossura também é insuficiente, levando a que muitas vezes o braço escorregue.

Assim, mais comprimento (que podia ter um sistema telescópico, como acontece nas palas de sol de alguns carros), era bem-vindo. Na largura (sobretudo na zona onde apoia o cotovelo) 1 centímetro a mais era bem-vindo.

Outra solução era adoptar o encosto de braço existente no T-Roc e Arteon que tenho, que está perfeito. Não é individual, mas permite regular a altura e, como é telescópico, o comprimento. Perfeito.

Para terminar, o Zoe como é um carro de marca e gama mais baixa, não tem nada. Está certo. É honesto para o nível que se encontra.

Nesta imagem percebe-se que o comprimento é exíguo

[Diácono Luís]

Volante
(Botões tácteis – Era difícil ter pior ideia)

Todos sabemos do inconveniente dos botões tácteis. Actuam-se sem se desejar, e muitas das vezes destroem-nos uma programação que estamos a fazer (por ex. no GPS).

Agora colocar esse tipo de botões no volante, é que não lembra a ninguém. Bolas… qualquer “Alentejano” percebe isto à primeira.

O mais curioso é que nos carros de combustão que ainda se fabricam, estes dispõem de um volante perfeito em todos os comandos, comandos esses que são os mesmos em termos de funções. Porquê regredir na qualidade da utilização?

Segundo alguma comunicação social, a VW vai abandonar todos os sistemas tácteis, mas quem já os tem… tem que se aguentar!!!

Uma boa idéia.
Ao colocar o Display na coluna de direcção conseguiram que este nunca é tapado pelo volante

[Diácono Luís]

Cruise Control e Limitador de Velocidade

Relacionado com o dito no post anterior, trago este exemplo.

Nos volantes anteriores, com botões de pressão, um Cruise Control estava ligado por defeito. Era só activá-lo no “restore”, e acertar a velocidade, normalmente utilizando um botão que saltava de 10 em 10 kms/hora.

Quando se queria seleccionar o limitador (ao atravessar uma localidade por exemplo), era carregar num botão e ele passava a Limitador, estando por defeito memorizada a última velocidade escolhida. Quando se queria voltar ao cruise control voltava-se a carregar o mesmo botão e ele alterava para essa função. Activava-se e era tudo.

Quando em Cruise Control nos aproximávamos de um limite de velocidade inferior (p. ex. um cruzamento com velocidade limitada). tocávamos no botão que descia de 10 em 10 km/hora, acertávamos, o carro travava por ele sem qualquer intervenção nossa, e passávamos o local. Quando terminávamos voltávamos a carregar no botão, elevávamos a velocidade de 10 em 10 Km/hora - tantos toques quantos o necessário - ele acelerava... e tudo feito sem tocar nos pedais.

Agora vamos ver com o auxílio de fotografias como é agora:

Selecciona-se na tecle Mode e escolhemos...


Selecciona-se na tecle Mode e escolhemos...


Ao seleccionar a tecla Mode (carregando) abre o Menu das fotos acima.
Depois desliza-se o dedo sobre a tecla Mode para a direita ou esquerda segundo a opção.
Uma vez seleccionada volta-se a pulsar a tecla para confirmar a escolha.
Para seleccionar o velocidade de 10 em 10 Kms hora devemos deslizar suavemente o dedo do "-" para o "+" (ou vice versa) mas com muito carinho e na longevidade vertical do botão. Como se estivessemos a acariciar... uma flor!

[Diácono Luís]

Estes foram os comendos que foram desactivados no Cruise Control

Falando sobre o Cruise Control

O Cruise Control neste carro dispõe de uma função que automatiza a velocidade de acordo com os sinais de trânsito (penso que gravado na sua base de dados), e reduz a velocidade de acordo com os ângulos das curvas!!!

Para mim é um desatino, a menos que já viajasse no banco de trás, e carro conduzisse sozinho… Essa função foi prontamente desactivada… Graças a Deus ainda se pode, virá o tempo em que suspeito que isso não será possível.

Todavia…

Mesmo com as funções desactivadas, há alturas em que o carro tem “vida própria”!

Explicando melhor. Há alturas que vamos em AE, e ele, sem razão aparente, reduz a velocidade no Cruise Control…

Também no limitador de velocidade, uma vez fixado em 50 Km/hora, e sem qualquer sinalização, ele reduz para 40 ou 30 km/hora. Uma pilha de nervos, digo eu! Lá temos que ir esfregar o dedo no comando para subir a velocidade...

Uma história…

Na altura em que eu ainda tinha activo os automatismos do Cruise Control, e numa estrada normal, sem qualquer tipo de sinalização, ele reduz subitamente, e de maneira completamente imprevista, para 40 km/hora. Uma surpresa completa para mim, e para quem vinha atrás, que ficou tão surpreendido quanto eu.

Este tipo de situação já entra no domínio da segurança, ou melhor, da falta dela. É perigoso.

[Diácono Luís]

Os Botões sensíveis ao toque…
… uma vez mais (2 exemplos)

O comando das luzes todos “touch”.
Como estão num local em que dificilmente se toca… menos mal!



Junto ao espelho retrovisor interior estão dois botões (nada têm a ver com SOS – que está bem colocado)!
Quando se acerta o espelho, por vezes em andamento, toca-se num deles e este desencadeia uma ligação de socorro técnico ou informativo!
Depois do susto, lá carregamos outra vez e ele cancela o pedido de auxilio.
Tudo isto sucede porque os botões são “touch”

[Diácono Luís]

Comando de Abertura dos vidros na Porta do Condutor[/CENTER]

(Talvez a coisa mais estúpida que a Industria Automóvel criou)

Os “Miúdos de Wolfsburg” desenvolveram algo de verdadeiramente “funcional”, para o condutor comandar os 4 vidros das portas do carro. E economizando material, bem ao estilo de uma marca Low Cost.

Vejamos a imagem e a descrição…

Para accionar os vidros da frente utilizam-se os dois botões disponíveis.
Para accionar os de trás pressiona-se o botão "rear", e essa função faz funcionar os vidros de trás.
Economizou-se um botão...
O problema surge, quando por acidente de pressiona o botão "rear" sem darmos conta, e algum tempo depois tentamos mover o nosso vidro e ele não funciona. Nem nos apercebemos que os de trás é que estão a funcionar...
Passou-se comigo num estacionamento para tirar o ticket.

Infelizmente não é só isto que está menos bem no painel da porta.
O comando dos espelhos também não tem a solidez de antigamente.
É “mole” e pouco preciso.
Não é Alemão.
Não tem nada a ver com o que a VW nos habituou.
É uma desilusão para o cliente habitual da marca.

[Diácono Luís]

Porta de carregamento do ID.5

É compreensivo que quando marca num determinado modelo que tenha várias variantes no que à fonte de energia locomotora diz respeito, tente fazer uma configuração polivalente, no caso concreto, do local de abastecimento do carro.

Já não é muito razoável que, quando o carro seja exclusivamente eléctrico, se use um local tradicional no abastecimento de um combustível. Esse local é determinado com a distância que tem que percorrer até ao depósito. Ora no carro eléctrico esse não é problema, já que estamos a falar de um cabo que transporta corrente eléctrica.

Da minha experiência de utilização no carregamento dos carros eléctricos, o local mais adequado é na frente ou na traseira.

Falando do Zoe, o local situa-se à frente, no meio (por detrás do símbolo) e está sempre certo. Dá mesmo muito jeito. Já no ID.5 não é assim.

Um local de carregamento colocado na frente ou na traseira, era muito mais confortável para utilizador, pelo menos de acordo com a minha experiência