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  #1  
Antigo 28-12-2009, 23:26
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Drake Drake está offline
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Padrão A Volkswagen e a Dimensão Holística da Marca.

Um exercício muito claro para entendermos a complexidade do tema das marcas é tentar concentrarmo-nos numa grande marca e a partir daí interpretar as suas dimensões.
A título de exemplo, uma das marcas mais respeitadas do mundo é a Cruz Vermelha:
Não há dúvida que esta marca tem todos os elementos de uma grande marca.
Um óptimo logótipo, pois num cenário de guerra e de tensão extrema, as duas partes beligerantes têm que o reconhecer de imediato.
Estes dois beligerantes, em princípio, sabem que aquele logótipo, seja lá onde quer que esteja aplicado (camiões, tendas, edifícios…), não deve ser alvo de bombardeamento.
Este é um logótipo que serve plenamente a sua primeira missão: a de identificação.
Mas para que os dois beligerantes não optem por bombardear esta marca, ela tem que ser reconhecida como tendo uma importante missão, ou seja, reduzir o sofrimento humano num cenário de guerra.
Esta missão é importante e relevante para ambas as partes envolvidas!
Mas para que esta marca possa cumprir esta nobre missão é necessário que cumpra um dos seus valores fundamentais, a imparcialidade em cenário de guerra.
No caso de a Cruz Vermelha não ser isenta, a parte lesada sentir-se-ia legitimada para a atacar.
Do ponto de vista técnico, esta grande marca não o é por ser apenas o sinónimo de uma boa causa, pois as marcas não são boas nem más, mas sim o uso que se faz delas.


A título de exemplo, e correndo o risco de gerar controvérsia (não me levem a mal), mas pretendendo centrar a analise do ponto de vista meramente técnico, a marca que se segue e o seu símbolo são bem ilustrativos daquilo que é uma marca forte:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%A1stica




Esta foi uma grande marca, mas de uma má causa, tecnicamente muito bem gerida nos menores detalhes e aplicações.
Dotada de um fortíssimo corporate identity, uma forte promessa de marca (supremacia da raça Ariana), valores fáceis de identificar e utilização com mestria das ferramentas de comunicação, veja-se a título de exemplo os Jogos Olímpicos e o Cinema Alemão.
Uma grande marca tem que estar presente em todos os momentos de vivência com a marca.
Obviamente o que se pretendia com estes dois exemplos era originar alguma dissonância cognitiva, numa interpretação excessivamente técnica de marcas com valores culturais e humanos totalmente opostos, mas ambos representativos da complexidade e da dimensão “holística” da marca.
A marca é sempre e também uma forte cultura organizacional que visa a convergência de esforços e energias numa única direcção, não deixando de ser curioso que ambas as marcas referidas neste texto tivessem optado por uma organização de tipo militar, embora com objectivos tão distintos.


Um último exemplo, que não só ilustra bem o exposto é bem visível na figura abaixo:





Nesta imagem vemos Ferdinand Porsche a apresentar ao Führer e a Himmler a maquete daquilo que viria a ser o “people’s car”. Hitler tinha pedido a Ferdinand Porsche que concebesse um automóvel capaz de representar os valores da Alemanha, ou seja, fiável, eficiente, honesto (simples), mas que simultaneamente que tivesse um preço acessível, pois pretendia que todos os alemães o pudessem usar para conhecer o seu belo pais, o carro do povo. É assim que inicia a história do modelo automóvel mais vendido de todos os tempos. Não deixa de ser curioso que após a guerra e numa Alemanha falida, os engenheiros da Volkswagen tentassem vender o projecto aos grandes construtores da época, General Motors e Ford, e ambos os fabricantes o tenham rejeitado em absoluto, pois não queriam comercializar um carro assim tão ridículo. A América queria carros grandes, mais potentes, representantes do status e sucesso individual. Mas paradoxalmente foi exactamente em oposição a essa indústria automóvel de então, que o pequeno Volkswagen encontrou o seu espaço de afirmação, junto de uma elite de artistas e intelectuais que rejeitavam o modelo de sociedade preconizado pelos patrões da indústria.

Essa visão foi imortalizada mais tarde pelo Herbie, no filme da Walt Disney, que se transformou no nosso Carocha.




Era um carro honesto, simples, fiável e sobretudo despretensioso.

Este produto deu origem à Marca Volkswagen (marca/produto) que se veio a transformar na marca umbrella do maior construtor de automóveis da Europa e num dos maiores do mundo. Denominada inicialmente Volkswagenwerk Aktiengesellschaft, foi fundada em 1937 pelo governo nazi para produzir o Volkswagen.


type 32



v2



Serie 3



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...idiotice é esperar resultados diferentes para as mesmas acções...
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  #2  
Antigo 29-12-2009, 0:00
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Well done, Sir Francis!
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"Porsche is my drug of choice - Magnus Walker"
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  #3  
Antigo 29-12-2009, 0:35
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Temos de agradecer ao Hitler a invenção do Carocha!
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  #4  
Antigo 29-12-2009, 0:54
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impecável

cumprimentos
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  #5  
Antigo 29-12-2009, 2:34
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Francis:
Muito, muito interessante o tema que aqui trouxeste, que desde já te agradeço e ao qual aproveito para dar o meu contributo.
O movimento holístico é sem dúvida alguma um conceito filosoficamente complexo. Complexo até demais para a minha visão mais básica sobre as coisas. Apercebi-me disso aqui há uns anos atrás quando fiz um tratamento à base de electro-acunpuntura para deixar de fumar. É que o local do tratamento tinha precisamente o nome de “Clínica Holística”. E embora eu tenha sido convidado a tentar compreender a ratio daqueles princípios, a verdade é que, importa referir, o tratamento fracassou. Não só não deixei de fumar como ainda por cima agravei o meu vício. Adiante. No que toca à nossa Volkswagen como marca, enraizada naturalmente na figura do Hitler e do Terceiro Reich, vou contar um episódio curioso que se prende exactamente com o baptismo deste automóvel. É que, como se sabe, não foi este o nome que foi escolhido. A primeira marca do carro do povo foi “KDF WAGEN” e não Volkswagen, e ainda hoje muita gente faz confusão entre ambas e até julga que se referem a carros diferentes, o que não é verdade.

Existe uma fotografia que eu desde sempre venerei e que acho magnífica em termos históricos. Alguns de vocês até já viram uma versão adulterada da mesma que eu às vezes utilizei no passado para criticar os carros italianos. Nesta fotografia (na original, claro - que coloco em baixo) vemos Hitler a dar uma marretada numa pedra com um símbolo esquisito (que é o da KDF), ao mesmo tempo que foi captada a figura de Ferdinand Porsche com uma cara completamente aparvalhada. E a cara dele de espanto tem uma razão de ser e é justificada pelo episódio que está por trás desta carismática fotografia.
Robert Ley e Bodo Lafferentz foram dois dos homens fortes de Hitler no que toca à criação e administração do movimento KDF (Kraft Durch Freude – que significa a força pela alegria) que se ocupava de organizar os lazeres do povo. A tal organização que promoveu os cruzeiros na Madeira. Ora, a KDF era na altura considerada como sendo a única detentora de logística capaz de distribuir o carro do povo, que por sua vez deveria ser financiado pela Frente Laboral Alemã (a Deutsche Arbeitsfront), à qual o segundo personagem referido estava ligado. Em termos jurídicos sucintos, para o arranque do projecto, esta Frente do Trabalho vai constituir uma sociedade de responsabilidade limitada, a GEZUVOR, que era nada mais nada menos do que uma empresa destinada a preparar o início da produção do carro do povo. O Estado entrava na qualidade de promotor, mas posteriormente a empresa seria privatizada sobre outra égide: a Volkswagen, AG.
E o que é que isto tem a ver com o nome da marca “Volkswagen”? tem tudo, pois o objectivo que norteou o projecto inicial, era transformar o automóvel num produto comercial de iniciativa privada, sem o ter que sujeitar ao rótulo de produto político propagandístico.

26 de Maio de 1938 – o dia em que foi tirada a fotografia!
O dia da colocação da primeira pedra da fábrica e das instalações da Volkswagen.
O local retratado é Klieversberg, Wolfsburg e a esta cerimónia pública compareceram mais de 70.000 pessoas oriundas de toda a Alemanha. Ora, sucedeu que uns dias antes, Robert Ley tinha abordado Hitler perguntando-lhe se podia colocar na frente do palanque, uns exemplares do Volkswagen para aparecerem exibidos ao público. Hitler no entanto não autorizou. Disse-lhe que enquanto o carro não estivesse em condições de ser produzido não poderia ser exposto em público. No entanto, mal Lafferentz ouve de Ley esta recusa terá tido o seguinte desabafo: “um verdadeiro SS ter-lhe-ia dito que a Igreja anda há séculos a vender uma mercadoria que não existe”.
Acharam a decisão estúpida e decidiram desafiar a autoridade do Fuher, expondo os carros à sua revelia. Telefonam a Ferdinand Porsche e dizem-lhe para trazer 3 exemplares, da série 60, fabricados pela Mercedes. Ferdinand assim fez. Organizou uma excursão com três camionetas que partiram de Estugarda, com os trabalhadores do seu gabinete e também eles integraram os 600 convidados VIP que tinham lugar no palanque. Desconhecendo a vontade de Hitler e a desobediência dos Oficiais, os trabalhadores da Porsche colocam os Volkswagens em grande destaque. A chegada de Hitler é absolutamente triunfal e no momento em que caminha pela multidão em direcção ao palanque apercebe-se imediatamente que lhe desobedeceram mal consegue vislumbrar os carros. A comitiva pára junto deles em admiração, mas Hitler pura e simplesmente ignora-os e, propositadamente, passa pelos carros sem sequer olhar para eles. Ley, Lafferentz e Porsche engolem em seco.

Quando Hitler toma a palavra aos microfones vai discursar nestes modos: "Um mundo está em gestação. O punho de um ciclope abateu-se sobre o acolhedor país saxão. Mas é um ciclope moderno que compreende o conceito de beleza do trabalho. É aqui que o Reich alemão vai construir a mais moderna e mais bela das cidades para os trabalhadores. Felizes aqueles que fixarem aqui os seus lares". E a seguir, para espanto e consternação das três personagens desobedientes, exclama: “esta viatura terá o nome da organização que mais duramente trabalhou para proporcionar alegria às massas do nosso povo e, por consequência, a força! Chamar-se-á, pois, o carro KDF!" (com a devida vénia ao Saint Loup e ao MRS).
Este baptismo sem que ninguém estivesse a contar, foi um autêntico castigo e uma dura punição, pois Hitler sabia que quer Lafferentz quer Porsche não queriam por nada ver o carro conotado como um produto do partido nazi. Filosofia com a qual o próprio Hitler tinha concordado. Daí que na fotografia vemos Ferdinand Porsche completamente apanhado de surpresa com o nome “KDF”. Naquela altura todos os envolvidos no Projecto referiam-se ao automóvel como o “Volkswagen”. E pior ainda, o logotipo que está na pedra em que Hitler sentencia a sua escolha, vai ser utilizado também no automóvel “KDF”.
A história, porém vai ser outra e a marca “KDF” utilizada nos primeiros automóveis e tudo o que lhe diz respeito (como por exemplo na caderneta dos selos), não vai ser empregue na linguagem corrente do povo que sempre lhe irá chamar carinhosamente de “Volkswagen”. E tanto assim vai ser que este nome natural acabará por se impôr áquele que foi imposto por um acto autoritário do ditador.





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  #6  
Antigo 29-12-2009, 9:03
K964 K964 está offline
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Obrigado aos dois por esta lição de história. Ainda são nove horas e já aprendi alguma coisa hoje.
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  #7  
Antigo 03-08-2010, 0:14
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Citação:
Tópico Aberto originalmente por zico Ver Mensagem
Francis:
Muito, muito interessante o tema que aqui trouxeste, que desde já te agradeço e ao qual aproveito para dar o meu contributo.
O movimento holístico é sem dúvida alguma um conceito filosoficamente complexo. Complexo até demais para a minha visão mais básica sobre as coisas. Apercebi-me disso aqui há uns anos atrás quando fiz um tratamento à base de electro-acunpuntura para deixar de fumar. É que o local do tratamento tinha precisamente o nome de “Clínica Holística”. E embora eu tenha sido convidado a tentar compreender a ratio daqueles princípios, a verdade é que, importa referir, o tratamento fracassou. Não só não deixei de fumar como ainda por cima agravei o meu vício. Adiante. No que toca à nossa Volkswagen como marca, enraizada naturalmente na figura do Hitler e do Terceiro Reich, vou contar um episódio curioso que se prende exactamente com o baptismo deste automóvel. É que, como se sabe, não foi este o nome que foi escolhido. A primeira marca do carro do povo foi “KDF WAGEN” e não Volkswagen, e ainda hoje muita gente faz confusão entre ambas e até julga que se referem a carros diferentes, o que não é verdade.

Existe uma fotografia que eu desde sempre venerei e que acho magnífica em termos históricos. Alguns de vocês até já viram uma versão adulterada da mesma que eu às vezes utilizei no passado para criticar os carros italianos. Nesta fotografia (na original, claro - que coloco em baixo) vemos Hitler a dar uma marretada numa pedra com um símbolo esquisito (que é o da KDF), ao mesmo tempo que foi captada a figura de Ferdinand Porsche com uma cara completamente aparvalhada. E a cara dele de espanto tem uma razão de ser e é justificada pelo episódio que está por trás desta carismática fotografia.
Robert Ley e Bodo Lafferentz foram dois dos homens fortes de Hitler no que toca à criação e administração do movimento KDF (Kraft Durch Freude – que significa a força pela alegria) que se ocupava de organizar os lazeres do povo. A tal organização que promoveu os cruzeiros na Madeira. Ora, a KDF era na altura considerada como sendo a única detentora de logística capaz de distribuir o carro do povo, que por sua vez deveria ser financiado pela Frente Laboral Alemã (a Deutsche Arbeitsfront), à qual o segundo personagem referido estava ligado. Em termos jurídicos sucintos, para o arranque do projecto, esta Frente do Trabalho vai constituir uma sociedade de responsabilidade limitada, a GEZUVOR, que era nada mais nada menos do que uma empresa destinada a preparar o início da produção do carro do povo. O Estado entrava na qualidade de promotor, mas posteriormente a empresa seria privatizada sobre outra égide: a Volkswagen, AG.
E o que é que isto tem a ver com o nome da marca “Volkswagen”? tem tudo, pois o objectivo que norteou o projecto inicial, era transformar o automóvel num produto comercial de iniciativa privada, sem o ter que sujeitar ao rótulo de produto político propagandístico.

26 de Maio de 1938 – o dia em que foi tirada a fotografia!
O dia da colocação da primeira pedra da fábrica e das instalações da Volkswagen.
O local retratado é Klieversberg, Wolfsburg e a esta cerimónia pública compareceram mais de 70.000 pessoas oriundas de toda a Alemanha. Ora, sucedeu que uns dias antes, Robert Ley tinha abordado Hitler perguntando-lhe se podia colocar na frente do palanque, uns exemplares do Volkswagen para aparecerem exibidos ao público. Hitler no entanto não autorizou. Disse-lhe que enquanto o carro não estivesse em condições de ser produzido não poderia ser exposto em público. No entanto, mal Lafferentz ouve de Ley esta recusa terá tido o seguinte desabafo: “um verdadeiro SS ter-lhe-ia dito que a Igreja anda há séculos a vender uma mercadoria que não existe”.
Acharam a decisão estúpida e decidiram desafiar a autoridade do Fuher, expondo os carros à sua revelia. Telefonam a Ferdinand Porsche e dizem-lhe para trazer 3 exemplares, da série 60, fabricados pela Mercedes. Ferdinand assim fez. Organizou uma excursão com três camionetas que partiram de Estugarda, com os trabalhadores do seu gabinete e também eles integraram os 600 convidados VIP que tinham lugar no palanque. Desconhecendo a vontade de Hitler e a desobediência dos Oficiais, os trabalhadores da Porsche colocam os Volkswagens em grande destaque. A chegada de Hitler é absolutamente triunfal e no momento em que caminha pela multidão em direcção ao palanque apercebe-se imediatamente que lhe desobedeceram mal consegue vislumbrar os carros. A comitiva pára junto deles em admiração, mas Hitler pura e simplesmente ignora-os e, propositadamente, passa pelos carros sem sequer olhar para eles. Ley, Lafferentz e Porsche engolem em seco.

Quando Hitler toma a palavra aos microfones vai discursar nestes modos: "Um mundo está em gestação. O punho de um ciclope abateu-se sobre o acolhedor país saxão. Mas é um ciclope moderno que compreende o conceito de beleza do trabalho. É aqui que o Reich alemão vai construir a mais moderna e mais bela das cidades para os trabalhadores. Felizes aqueles que fixarem aqui os seus lares". E a seguir, para espanto e consternação das três personagens desobedientes, exclama: “esta viatura terá o nome da organização que mais duramente trabalhou para proporcionar alegria às massas do nosso povo e, por consequência, a força! Chamar-se-á, pois, o carro KDF!" (com a devida vénia ao Saint Loup e ao MRS).
Este baptismo sem que ninguém estivesse a contar, foi um autêntico castigo e uma dura punição, pois Hitler sabia que quer Lafferentz quer Porsche não queriam por nada ver o carro conotado como um produto do partido nazi. Filosofia com a qual o próprio Hitler tinha concordado. Daí que na fotografia vemos Ferdinand Porsche completamente apanhado de surpresa com o nome “KDF”. Naquela altura todos os envolvidos no Projecto referiam-se ao automóvel como o “Volkswagen”. E pior ainda, o logotipo que está na pedra em que Hitler sentencia a sua escolha, vai ser utilizado também no automóvel “KDF”.
A história, porém vai ser outra e a marca “KDF” utilizada nos primeiros automóveis e tudo o que lhe diz respeito (como por exemplo na caderneta dos selos), não vai ser empregue na linguagem corrente do povo que sempre lhe irá chamar carinhosamente de “Volkswagen”. E tanto assim vai ser que este nome natural acabará por se impôr áquele que foi imposto por um acto autoritário do ditador.





Para os amantes de miniaturas históricas encontra-se neste momento à venda no ebay itália um conjunto alusivo a esta pequena história. É da RIO e tem uma figura do Hitler a olhar para os VW do Ferdinand Porsche. Não é barato o conjunto, mas é muito raro. Em tempos já o quis comprar e não consegui.

http://cgi.ebay.it/ws/eBayISAPI.dll?...5#ht_500wt_928
Imagens Anexadas
Tipo de Arquivo: jpg 1.jpg (33,7 KB, 35 visitas)
Tipo de Arquivo: jpg 2.jpg (30,4 KB, 35 visitas)
Tipo de Arquivo: jpg 3.jpg (31,9 KB, 35 visitas)
Tipo de Arquivo: jpg 4.jpg (22,1 KB, 34 visitas)
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