Essa é a força do design, tornar pela conceptualidade um objecto banal num objecto de desejo.
Um qualquer objecto tem, normalmente, uma função que lhe dá a razão de ser, mas essa função pode ser tornada mais eficaz se a forma concebida do objecto a favorecer, tornando-o mais eficaz.
Sentimos esse efeito todos os dias nos objectos com que lidamos. No interruptor que usamos para ligar a luz, na torneira que abrimos para ter água, no relógio que nos permite controlar o tempo, no carro que conduzimos, na casa que habitamos ou trabalhamos.
Em qualquer escala uns e outros são objectos do nosso universo de uso ou deleite. Todos foram concebidos, uns melhor outros pior outros excepcionalmente outros mediocremente. Qualquer que seja a sua função, a sua eficácia depende do seu bom desenho, da sua correcta forma, da sua honestidade intelectual.
E sim, pode e deve ser belo! O bom design é também por inerência muito belo. Isso contribui decisivamente para torná-lo em objecto de desejo.
O desejo atende sempre ao design, à sua boa concepção, à eficácia e ao belo!
Um mesmo objecto, com a mesma forma, construído em diferente escala, radicalmente diferente, pode ter funções bem distintas, encantando tanto a miúdos como a graúdos. Se a sua conceptualidade gerou um bom design, atento a uma função, sendo belo, eficaz e util... garante a sua longevidade e o seu fascínio.
Exponho o mesmo, através de uma fotografia bem conhecida de todos...