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Antigo 06-08-2009, 16:04
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Padrão Re: Ayrton Senna e Porsche

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Tópico Aberto originalmente por zico
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Tópico Aberto originalmente por Drake
Uma suprema lição de humildade só ao alcance dos “Grandes” como Senna.
Para os mais novos, até aqueles que nunca viram Senna a correr, ficam comovidos com as lágrimas (para mim) de crocodilo de Schumacher na Conferencia de Imprensa após a qualificação na qual atingiu o anterior record de polés, até então na posse de Ayrton.
Ainda sobre a passagem do piloto Alemão pela F1 (não contando esta fabulosa operação de Marketing com este regresso em 2009), devemos realçar a existência de uma espécie de corrente predatória na Formula 1, com os velhos pilotos sendo “caçados” pelos novos: Prost “caçou” Lauda, Senna “caçou” Prost; Schumacher caçou? NINGUÉM; Alonso “caçou” Schumacher; Lewis “caçou” Alonso…
Há essa terrível “falha” na (sem duvida) fantástica carreira de Schumacher ou seja, ele não entrou para o panteão dos grandes, derrotando um outro grande. Ele estará para sempre à sombra de um “GIGANTE” que seus records nunca conseguirão derrotar.
Ayrton conviveu e lutou com Piquet, Mansell, Prost e Schumacher. Já o Alemão andou com Hill, Hakkinen e Villeneuve. È certo que pôs a Ferrari nos eixos, mas quando ele bateu em Silverstone e o Mika Salo o substituiu, foi por pouco que o Irvine não chegou ao título, (até dizem que não foi Campeão pois em termos de Marketing o escolhido para quebrar o jejum deveria ser o Michael). Sem dúvida que foram décadas diferentes, a meu ver a do Senna bem mais difícil e disputada, logo de maior valor.
Por outro lado Ayrton Senna, em toda a sua carreira perseguiu outro gigante que ele sempre considerou interiormente que jamais derrotaria. Por isso na festa do podium na sua segunda vitória no Brasil, ao receber das mãos de seu ídolo (Juan Manuel Fangio) o troféu de primeiro classificado, Ayrton, visivelmente fez questão de descer do lugar mais alto do podium para o abraçar. Uma suprema lição de humildade.
[justify:85jhr7ac]A paixão irracional que muita gente sente pelo Senna (tu incluído) não pode ser explicada através de factos racionais. É a mesma coisa que se passa comigo, por exemplo, em relação à Porsche. Por muito que a marca e a saga dos Porsche sejam uma coisa bestial, eu não tenho argumentos para explicar a imbecilidade de tanta dedicação. Por isso, não consigo convencer ninguém da razoabilidade do meu fanatismo através de argumentos válidos. Apenas me dou por contente e sinto-me confortável quando encontro outro espécime com a mesma patologia (quem já andou pelos hospitais sabe do que falo). É a (má) natureza de ser fundamentalista. Se tivesse nascido árabe, provavelmente há muito que já tinha vestido o colete de dinamite e já tinha reclamado as minha quota das virgens. E este intróito serve apenas para te dizer que, na minha opinião, o Ayrton Senna teve a sorte e o mérito de virar um mito. E quando se vira mito, ou se atinge o estatuto de uma lenda, a mesma tem que ser necessariamente (para além da verdade) composta por muitos factos irreais, irracionais e fictícios. Ter morrido ao volante, ainda novo, foi determinante para dar início a esse processo. O folclore brasileiro por sua vez, encarregou-se desse trabalho magistralmente. Mas a verdade, e essa é a que vai custar mais a apagar da história, é que o Schumacher alcançou feitos que, provavelmente, o Senna nunca teria alcançado. Chamem-lhe o que quiserem: trapaceiro, anti-desportivo, cínico, antipático, mas a frieza e eficácia germânica (ingredientes que nunca levarão à criação de um mito) iria relegar o Ayrton Senna muitas vezes para o segundo lugar, se ele não tivesse morrido.
Eu vejo o endeusamento do Senna, como um reflexo da frustração dos seus fãns em verem o “mau” a ficar com os louros do “bom”. E eu sou insuspeito para falar do Schumacher porque não nutro por ele qualquer simpatia, mas olho para ele (já olhava na altura, em 94) como um piloto que reunia todas as características para ficar à frente do Senna. É que não basta ser o mais dotado na condução...Em todo o caso, se me preguntarem qual é o piloto de toda a história da F1 que melhor conduzia, eu responderia que era o Gilles Villeneuve.

Desculpa esta filosofia barata...[/justify:85jhr7ac]
Qual filosofia barata !!!! muito bem explicada pelas diversas razões.

As Pessoas nutrem paixões por diversas coisas e muitas das vezes vezes nem sabem como explicar!!! e tu explicas muito bem esta coisa!!!! pois também sofres dessa dedicação (Porsche) como eu sobro p0elo Senna, só que eu tenho uma diferença, não tenho nada dele o que tinha ficou noutro local do qual (por divergencias) nunca mais tive acesso. Mas em memória tenho muito
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